quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sonhar a dormir


Já me deixam sonhar. Coisa que só as mães percebem.
Durante alguns anos, logo após ter sido atingida pela maternidade, deixei de sonhar.
De sonhar a dormir.
As horas de sono contavam-se pelos dedos.
Eram frequentes os acordares, por isto ou por aquilo, ou por tudo e por nada. Havia bebés por casa.

Cientificamente falando, talvez o meu sono não chegasse a completar ciclos.
Saltava a fase 5, a do REM, em que nos é permitido sonhar.

Durante algum tempo parecia mais fácil sonhar acordada.
Engraçado que não me apercebia que não sonhava, até ao dia em que acordei com as lembranças do sonho. E pensei "hoje sonhei" e só aí me apercebi desse lado que estava apagado. E a falta que me fazia.


Vão-me acordando menos.
Não por ter deixado de ter ouvido tísico de mãe, mas porque estão mais crescidas.
Já não acordo por tudo e por nada, talvez só por isto ou por aquilo.
Vou sonhando mais.

Adormeço muitas vezes fora da minha almofada mas sempre virada para o mesmo lado.
(Como compreendo os bebés e a necessidade de os deitarmos ora para um lado ora para o outro).
Deixo tudo acesso e o computador em standby a pensar que volto rapidamente...
Lá por volta das 2, 3 da manhã, rendo-me à evidência de ter adormecido fora de sítio, vou apagar tudo e deitar-me para o lado oposto, para equilibrar as costas e o pescoço, antes que a minha cabeça acuse o lado para onde adormeço.

Mas ainda assim, vou sonhando.

Sonhar faz-me falta! Acordada ou a dormir!



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