quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Para (me) lembrar....



"Lembra-te que é nos momentos em que o teu filho te desafia mais que ele precisa mais do teu amor incondicional." (li aqui)


Para me lembrar ...
Já que por vezes o comportamento menos adequado é o dos mais dos crescidos.
De quem se espera o exemplo, de quem serve de modelo, de quem deve manter a calma.

Para (me) lembrar....
...A frase é curta e parece simples e evidente....mas tem tanto!!

Talvez fosse uma frase boa para um cartaz. Este para mães e pais.
Daqueles lindos em vinil, numa parede lá de casa....para não esquecer.

Já agora, acho que esta frase do Bill Cosby, diz o resto.

Para lembrar.....

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Respeitinho meninas!


Trabalhos de grupo, individuais, o que fosse, implicava procurar informação.
Íamos para a biblioteca pesquisar e vasculhar prateleiras de livros.
Na maioria das vezes não tirávamos fotocópias.
Copiávamos à mão, tirando frases daqui outras dali, para depois passar direitinho a limpo.
Tudo sem copy paste!
Qual powerpoint, qual trabalho em word?!
Quem sabe, com sorte, um ou outro escrito numa máquina de escrever!!!
Não se imprimia nada em casa, e muito menos a cores.
Os trabalhos eram mais de texto, sensaborões por falta de cor e imagens.

Pois é, respeitinho minhas meninas, qua agora para se saber tudo nem é preciso calçar os sapatos para sair de casa!

Está tudo à distância de um retângulo no google e de carregar no pesquisar...
Vem daqui a expressão Google it!
Não tarda temos aí no novo acordo o estrangeirismo Googlar.
Eu googlo
Tu googlas
....

Não percebo certas coisas na sociedade atual....

As crianças não se devem juntar numa biblioteca para fazer um trabalho de grupo porque....fazem barulho. (??)
Fico com a sensação que me estão a dizer "Os pais que as aturem!"...
Parece haver uma certa intolerância à infância.....as crianças não podem ser crianças....incomodam, não estão quietas, falam, riem, saltam, correm...aos olhos da atualidade são uns pequenos seres insuportáveis....

Dito isto, hoje há trabalho de grupo com google, na minha casa.
O mais estranho, é que "googlam" mas depois é suposto apresentarem trabalhos em cartolina, escritos à mão, com colagens e montagens, para que não sejam considerados copy paste...

Ele há coisas!
Ando mesmo desatualizada....


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

7 em 7


Quem inventou o "snooze" dos despertadores merecia um beijo!
Não consigo sair da cama de manhã, sem usar o "snooze" pelo menos uma vez.
Sou dependente assumida!
Tenho mais 7 minutos! E naquele momento parece uma eternidade. Uma lufada de ar fresco!
Ainda posso ficar mais um bocadinho!

E do que gosto mesmo é conseguir fazer 7x2, e quem sabe 7x3...
Ideal ideal era passar uma manhã a adiar de 7 em 7 minutos o levantar.
Bem, ideal ideal era dormir sem despertador ou despertadores. Mas com isso já nem sonho...

Estranho é que nesses 7 minutos, volto a dormir, chego até a sonhar!
Não sei porque são 7, nem se são 7 em todos os depertadores...julgo haver uma teoria que diz que mais de 9 minutos cairíamos novamente em sono profundo e que menos de 5 minutos não tinha o efeito desejado de preparar para o acordar.

A parte científica disto não me dei ao trabalho de pesquisar, mas que mais 7 minutos sabem bem, lá disso tenho a certeza!


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Domingos não obrigada!

Não sou amiga de domingos.
Não nos damos bem. E não é de agora.

É tipo uma intolerância. Há qualquer coisa nos domingos que me tira do sério.
Irrita-me.
Arrisco-me a dizer que prefiro as segundas feiras......sim, isto chega ao ponto de ser patológico!



Os domingos trazem-me à lembrança documentários de vida selvagem, sons de relato, o vruuuuuum da fórmula 1, filmes repetidos que variavam conforme a época do ano.
Não que tenha nada de mal, mas eram iguais.
Sabia sempre o que esperar de um domingo.

Têm algum gosto a descanso.
Mas sabem a fim.

Ainda hoje assim que ouço a voz do senhor (acho que ainda é o mesmo!) dos documentários de vida animal, selvagem ou não, troco de canal. É muito educativo e tal, mas é mais forte do que eu!
Agora a variedade de canais fez mudar os sons e as imagens.
Não há o vruuummmm da fórmula 1 em período pós pandrial, nem futebol vespertino.
As meninas não ficam a conhecer os craques da bola e demais desportos, nem passam horas a ver partidas de ténis e a conhecer os rankings mundiais. Se calhar faz-lhes falta...

Verdade verdadinha gosto mais de domingos ocupados.
De não os desperdiçar.
Dos que cansam.

De pensar quando me deito: "Estou de rastos mas feliz!"
Amanhã é segunda feira mas não faz mal!

Sou mais de sábados. E não há nada a fazer....
Palpita-me que com a idade tende a piorar.
Por isso ou os ocupo ou fico de neura!

Se calhar o melhor é (re)aprender tricot....

Mas o que eu queria mesmo mesmo era conhecer um sítio novo a cada domingo.....era capaz de passar a gostar mais deles!




domingo, 23 de fevereiro de 2014

8-52 - Sol. Praia. Mar .....em fevereiro

Sol
Praia
Mar

....e em pleno fevereiro, até deu para descalçar!

Fazer corridas. Jogar à apanhada. Fazer letras e números com o corpo, à Vale Tudo. Rir. Estar.
Tirar o mofo aos pensamentos.
Sem vento. Sem casaco.
Molhar os pés (e as calças).

Ainda não tem ar de bonança. A cor não o favorece. Mas é mar.

Mais uma escapadela com a mais velha, num MFU (Momento Filha Única), para matar as saudades.
Para recarregar baterias.

enquanto houver mar estou bem. E escaparei sempre (sempre que puder).
Sozinha ou com todos.



sábado, 22 de fevereiro de 2014

7-52 Flores de fevereiro

Recebo muitos mimos.
Desenhos
Papelinhos dobrados
Papelinhos recortados
Uns pintados
Uns desenhados
Outros com mensagens
Leio tantas vezes "Adoro-te Mãe"; "És a melhor mãe do mundo".
E sabe tão bem!

Há dias recebi estas flores pela mão da minha R. Não era um dia em especial. Nem tinha que ser.
Surpresas!



E retribuir?!
Aliás, porque não retribuo "na mesma moeda"?! Normalmente  digo.
Não escrevo, não recorto, não desenho, não pinto.

Sempre tive a ideia de colocar papelinhos com mensagens nas lancheiras para a escola.
Mas o tempo passa e o pensamento ficou-se pela ideia....

A I já não usa lancheira.
A R não sabia ler.

Trocamos vários corações informáticos via chats (modernices). Mas não é bem o mesmo.

Talvez ainda vá a tempo de fazer mais do que dizer.

Também lhes deve saber bem!
Enquanto ainda lhes souber bem.....

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mini (Master) Chef!


Ontem tivemos direito a um jantar especial, preparado pela I.
Hoje decidiu-se por uma sobremesa.
Aprovados ambos!



Estou capaz de me habituar a estes mimos!

(e apenas estou autorizada a entrar na cozinha para tirar as fotografias, e apontar alguns cuidados a ter com as partes perigosas destes processos culinários)



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Lições


As crianças tornam tudo simples.

A minha R e a amiga M criaram laços de amizade desde que se conheceram.
"Amizade à primeira vista".
Como se conhecessem desde sempre.
Partilharam dias e dias de aventuras de infância no jardim infantil.
Partilham o gosto pela ginástica mas pertencem a clubes diferentes.
Separaram-se quando entraram na escola.
Não se encontram muitas vezes.

Mas não se esquecem.
A R assim que viu o nome da amiga na folha da prova de acrobática, disse logo que queria ir ver.
Nem que isso implicasse acordar mais cedo. Para ver a irmã bastava ir mais tarde, mas saltou da cama para ver a prova da amiga.


Quando se encontram é como se não se tivessem separado nunca.
Viram a prova juntas. Abraçadas, viram esquemas de acrobática dos vários clubes, dos delas e de outros. Quando se fartaram, brincaram, riram, disparataram.
Fizeram ginástica nos bastidores como se fossem um par. Conhecem-se bem.

A M. subiu ao podium em 1º lugar por equipas. Ganhou o clube dela.
A I, irmã da R, ficou em 2º lugar por equipas, para a AAC.
A R aplaudiu as duas. Ficou feliz. Eu também.

Ficaram promessas de futuras tardes de fim de semana para estarem juntas.

Os crescidos complicam tudo.
Temos tanto para aprender....

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Enquanto houver mar....


Foi num passeio pela praia que encontrei este "Enquanto houver mar".
Numa praia do norte.
Das que ficam conhecidas pela nortada, pela água fria, pelo cheiro a maresia, pelas algas que pintam o areal, pela areia que não cola, pelos rochedos onde o tempo e a força do mar moldaram poças.
Numa praia que me conhece.

Sei que só quem viveu e cresceu junto ao mar, sabe o que é sentir-lhe saudades.

O inverno torna-se mais comprido quando o mar não fica ao virar da esquina. Quando as férias estão longe. Quando a chuva e os alertas para a costa não nos motivam a fazer tanto km para o ver.

Ultrapassei o facto de não o ter sempre ali. Ou talvez não.
Sempre o tive por perto.
Depois passou a ser presença de fins de semana, de breves visitas, de curtas férias.

Quando adotei para morar uma cidade que não tem mar, rendi-me ao facto de as esplanadas serem de rua e de rio. De não passear à beira mar. De não sentir o cheiro a maresia. Das visitas ao mar diminuirem.
Penso nas possibilidades perdidas de, mesmo em dias de semana, ir com as meninas à praia em fins de tarde de verão.
De andarmos de bicicleta juntas, já que de patins não as acompanho...
Das cores de um pôr do sol.

Talvez não o fizesse. Mas sabia que podia.
Dou-lhe agora mais valor que nunca.


E em dias como o de hoje, em que a cidade cheira a azeite.....
Isso, azeite, azeitonas eu sei lá....só sei que me deixa agoniada.
Hoje li que se produziram 627 mil toneladas de azeitonas, a maior produção dos últimos 50 anos....
.....palpita-me que isto está para durar, pelo menos enquanto houver vento....

Trocava-o pelo cheiro a maresia. Já.
Não me habituo.
Não dá para respirar fundo.
Reaviva as saudades.

"Enquanto houver mar" estou bem.
Perto dele estou melhor.
Respiro fundo.
Espero visitá-lo em breve.











segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Love Gymnastics

Dois dias seguidos a madrugar, dedicados à ginástica.
A mais velha participava. A mais nova não podia deixar de a ver. Nem eu!

E como se não bastasse ainda quiseram passar a tarde de domingo a ver os amigos da ginástica no Campeonato Distrital de Acrobática. Almoço a correr. Muitos esquemas para ver.

A paixão das meninas, deu-me uma tarde livre.
Num dia de sol tão desejado, elas encafuaram-se num pavilhão desportivo, e o meu sofá chamou mais alto.

Sentar-me à tarde no sofá. Raro.
Alugar um filme na TV. Muito raro.
Adormecer após 10 minutos de filme. Raríssimo.
E nem sei se chegou a 10 minutos, entre o adormecer e o tempo de sono. Mas acordei outra.
Acho que me habituava a estas mini sestas.
Quanto ao filme, apanhei parte da história. Isso já habitual.

Eu também adoro a ginástica!



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Despertares


Despertar às 6.30.

Não deixo de pensar que na minha vida talvez tenham sido mais as vezes que fiquei acordada até esta hora do que as que tive que acordar a esta hora....não contando claro, com os frequentes acordares associados aos 11 anos de maternidade, esses sem hora marcada.

Despertar às 6.30 de um sábado então não me lembro sequer!! (repito, não contando com os "mamããããã")
É preciso coragem para pôr o nariz fora da cama.
Mas mais que isso é preciso coragem para tirar da cama meninas que dormem tão bem (finalmente), e que já permitem que não se madrugue em dias ditos de efetivo descanso.


Este despertar de hoje trouxe-me de volta sons esquecidos.
Sons do bairro, que os vidros duplos e os anos de habituação foram dissipando.

O arrastar das cadeiras para montar a esplanada do café;
O despejar da vidraria das minis no caixote do lixo (este som proporcional à importância de algum jogo de futebol de véspera), logo seguido dum estrondoso fechar da tampa.
Os camiões pesados que fazem marcha atrás depois de abastecer a mercearia;
As carrinhas refrigeradas que estacionam debaixo da minha janela.
Os madrugadores que conversam nas esquinas.
Os que esperam pelo jornal.
Os que passeiam o cão.
O homem do talho e as machadadas certeiras nas costeletas.
O vento nas árvores.
A vizinha madrugadora que estende a roupa a secar (esta talvez não se ouça ultimamente graças à meteorologia)
Os cães que esperam na rua, com impaciência, que a dona acabe as compras.

Amanhã, novo despertar "que não se faz a ninguém"...7.15.
Domingo.
Também disso (quase) não tenho memória.
Trocam-se os sons de bairro de um sábado agitado por um silêncio de domingo de inverno.

E segue-se a saga dos penteados!!

Puxo de acrobática com elástico rococó e brilhantes. A pentear cabelos às 7.15 da manhã!
E para estes afazeres até saltam da cama!
Cá vamos nós outra vez!









sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Feriiiiiaaaaaaado!!!!!!!!!

Digam-me qual é o problema dos feriados!?
Não dos feriados de calendário, mas dos feriados que tinhamos na escola quando faltava um professor.

Aguardavamos ansiosamente o 2º toque de campainha.
E quando o professor não vinha lá no fundo do corredor gritavamos FERIAAAAADO!!!!!!!
E lá ficavamos entregues a nós.

A minha filha I não sabe o que é um feriado destes.
Nunca ouviu o 2º toque da campainha da escola.
Não há.
Estranhou quando lhe perguntei uma vez em que não teve aula "Então tiveste feriado?"
"O que é isso?"

Sempre que falta um professor, há aula de substituição.
Ou como já ouvi chamar-lhe "(J)aula de substituição"
....talvez seja tão mau para alunos como para os professores.....


Só me ocorre. Que seca!

Será que nos fez assim tão mal ficar entregues a nós, à solta pela escola, num feriado de 60 minutos ou mais?!?
E a bem da verdade, até podíamos sair da escola se quisessemos.
Lá íamos gastar umas economias nos doces que a Clarinha vendia à porta da escola num cesto.
Cheguei até a ir à papelaria em frente à escola para comprar a Bravo.
Loucuras!!

Pesquisei informação sobre estes feriados do meu tempo.
Não encontei nada.
Mas eu vivi esses feriados! Tenho a certeza que não são um mito urbano!
Posso até garantir que em alguns aproveitavanos para estudar e chegavamos a ir para a biblioteca!
E quando eram no último tempo até podíamos ir para casa mais cedo.
Eramos mesmo inconscientes!

Talvez isso nos ensinasse a gerir o nosso tempo, a distinguir o certo do errado, a tomar decisões...

                                                          
Não me parece que isso nos tenha tornado em cidadãos rebeldes, ou selvagens com falta de educação e maus hábitos.
Compreendo a questão da segurança no entrar e sair da escola, mas esta mentalidade de termos que manter as crianças ocupadas e debaixo de 7 olhos mesmo dentro das escolas, faz-me alguma comichão....

Se calhar é um problema meu.

Mas continuo a achar que deixá-los usar a cabeça para pensar é bom!
Talvez alguns, nesse processo de usar a cabeça, até se tornem responsáveis!




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

12 minutos de "só mãe mesmo!"


11:52 Chamada da I: "Mãe esqueci-me da flauta!"

1ª Tentativa: E não podes pedir emprestado a alguém ?
- "Oh mãe, achas?!?"
Pois, de facto eu sabia no fundo que não....

2ª tentativa: Então mas se vais ter aula agora não dá tempo.....
-"A professora demora sempre 10 ou 15 minutos...e eu estou mesmo perto do portão...."

Dava tempo.
Pronto Ok, eu vou buscar a flauta....
(podia aqui ser uma boa altura para dizer agora vais mesmo sem flauta e tal, a ver se aprendes a ter a mochila pronta com tudo na véspera e tal.....mas na verdade raramente acontecem estas situações...e a única coisa que ía acontecer era mesmo ela ter falta de material)

Ficou combinado no tal portão.
Saio apressada. Chove.
O carro anda passado. Não abre a porta quando me aproximo. Procuro o cartão na carteira (que ainda demora o seu tempo).
Arranco.
(Não deixo de pensar pelo caminho no estranho que poderá parecer uma adulta estar a entregar alguma coisa a uma miúda através de um portão fechado de uma escola....Coisas de sociedade moderna....)
Estaciono.
Entro em casa. Procuro a flauta (que nunca está no sítio certo, ou melhor num sítio qualquer lógico).
Encontro a flauta.
Saio a correr.
Chove.
Desta vez levo o cartão do carro na mão.
Arranco.

12:04 Nova chamada. Não atendo. Estou já na rua da escola. Olho para o portão onde combinamos e ela está a desligar o telefone e a entrar na sala. Páro o carro. Penso, pronto, não cheguei a tempo.....

De repente ela olha para a rua.
Vem a correr até ao portão.
Chove.
Vou ter com ela.
Entrego a flauta.
Recebo um beijo e um "Obrigada Mãe"
Volto para o carro. Ela entra na sala.
Chove.

Respiro fundo.
Olho para o relógio.
Foram 12 minutos!


13:25 Estou novamente à porta da escola.Toca para sair.
Chove.
Lá vem ela sem guarda chuva.
Eu tenho dois.
Desta vez vamos a pé.
Diz-me:

"Olha sabes uma coisa, afinal não tive aula de música....."

E assim como que para remediar o meu esforço:

"Mas usamos um bocadinho a flauta na aula de susbtituição!"





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

6-52 - Um bolo especial para a avó M


Cá por casa a inspiração para cozinhar vem dos vários programas culinários mas mais recentemente do Mini Masterchef.
Sempre conseguimos fugir às séries do Disney Channel por breves instantes...

Um destes dias a I decidiu fazer um bolo de chocolate sozinha. E fez! E ficou delicioso!
Mas o que mais gosta é do detalhe do empratamento!


A avó M fez anos.
A I achou que era uma boa altura para repetir a receita.
A avó não podia ter melhor prenda de aniversário.
Consigo antever as encomendas para os próximos aniversários na família.


Já me falta pouco para dizer "Vai adiantando o jantar" ou "Não te apetece ir fazer um bolinho para a mamã?".
Espero é que a inspiração não lhe passe depressa!

Até a R já pede para eu a inscrever num programa, caso haja uma edição de mini chefs em Portugal.
Diz que já sabe fazer ovos mexidos!

Tenho umas cozinheiras de mão cheia!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A saga!!

Mãe para toda a obra!

Isto das meninas serem ginastas....
Ninguém me avisou que era preciso ter um curso de penteados!

Em vésperas de provas e exibições lá chegam as instruções para o cabelo, que vão sofrendo algumas variações:

Puxos simples (vulgo rabo de cavalo)
Puxos com trança
Totós
Totós a terminar em tranças
Puxo de acrobática alto (como os de bailarina)
Ora com fitas, ora com elásticos simples coloridos, ora com elásticos mais rococós, ora só com ganchos...

A sério!
Ninguém me preparou para alisar cabelos com gel antes das 8 da manhã de um domingo!

Confesso que até já tive que ver filmes no youtube para aprender certos penteados! Uma mãe tenta mas não nasce ensinada e isto não vem incluído no instinto maternal!

Um dia destes já em cima da hora faltava-me um acessório, o donuts de esponja, com quem me familiarizei recentemente. (Apesar de tentar ter tudo num sítio só, não sei como desaparecem as coisas, e nunca foi ninguém que tirou - outro mistério!)
Lá improvisei com a técnica de fazer um donut a partir de uma meia de vidro (mas dá com qualquer meia)!!

Uma mãe esforça-se e ainda ouve "Oh mãe a sério!!!! Uma meia na cabeça!?"

Como se não bastasse ainda levo com as críticas das ginastas.
Ora está muito em baixo; ora muito em cima; ora ficou um cabelito de fora; ora não está bem liso; ora faz aqui um alto;

E tudo a terminar com sprays fixadores e brilhantes!

Mas mãe consegue tudo!
E aí vem mais um fim de semana desportivo, a pentear cabelos a partir das 7 da manhã!



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

5-52 - Esforço e dedicação recompensados

Perder ou ganhar é tudo jogar.
Toda a verdade nesta frase.
Mas sabe bem ganhar?

Sabe pois. A graúdos e miúdos.

É verdade que nas idades da mais nova não se deve fomentar a competição, e as medalhas são apenas por equipas e não individuais, mas para ela basta.....
Uma medalha de participação sabe ao mesmo.
Havendo medalhas de 1º, 2º e 3º às vezes ouço, falta-me uma de 3º, ou de 2º.....para ter uma de cada cor....

Há muita dedicação. Quase não falham um treino. Mesmo com lesões é para lá que querem ir. Treinam para dar o seu melhor. Vão superando medos. Ultrapassam obstáculos físicos e psicológicos. Esforçam-se. Cansam-se. O nosso calendário familiar inclui vários fins de semana de provas. Frequentam classes de pré competição. Adoram a ginástica.

E por tudo isto a recompensa sabe bem.
Aquele brilhozinho no olhar que nos procura na bancada....inexplicável!
Pela conquista delas. Sentem-se orgulhosas. Nós também.
Estão felizes. Nós também.

Mas o mais importante é praticar um desporto que adoram e onde são felizes!


Em dia de Stephanie.....

O dia não convidava a saídas.
Domingo de chuva. Alerta vermelho. Tempestade de nome Stephanie.
R acorda irritada de nariz entupido.
Eu acordo irritada porque podíamos dormir mais e porque não consigo resolver o problema do nariz à velocidade da luz!
Adivinhava-se um dia em pijama.

Mas não. A R conseguiu arrastar-me para a piscina.
Eu andava a adiar e a inventar desculpas.
No inverno custa mais um bocadinho.
E desta vez foi mesmo com nariz entupido e tudo! Nem a Stephanie me salvou....
Quase nos voavam os guarda chuvas mas lá fomos. Mais decidida ela que eu....

29ºC na água do mar em pleno verão é quente, mas na piscina em fevereiro é assim para o fresco.
Nada que umas braçadas e mergulhos não resolvam.

Uma R corajosa e decidida a melhorar a técnica.

Como a técnica ainda está algo baralhada entre estilos incluindo o nadar à cão, e ainda se cansa muito por respirar mal disse-lhe:
- Agora tens que aprender a respirar também.
- "Mas eu já sei respirar mãe! Há muito tempo!" (Tá engraçadinha a miúda)

Na parte dos mergulhos está destemida, mas costuma ter as braçadeiras como bengala.
Então quis ver se ela conseguia desembaraçar-se caso ficasse numa zona sem pé.

- Mergulha lá sem braçadeiras. Quero ver se já consegues mergulhar e nadar até à escada!
Depois de um mergulho assim tipo meia pirueta e pernas a abanar, disse-lhe que era melhor mergulhar direitinho (sim, as mães são de facto uma seca).

E com a sua brilhante lógica argumentou: "Mas se eu cair por acaso é assim direitinho?"

É um facto. E tirando a parte de vir ao de cima de olhos fechados e não ver para que lado nada, sim já se safa... com vigilância...

E tenho que agradecer ter-me arrastado.
Soube-nos bem!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Mensagem subliminar


Há uns tempos ocorreu-me colocar uns cartazes pela casa.
E após ponderação de que afinal não, não é preciso e tal...
Tomei uma decisão.
É este o cartaz para a porta da casa de banho.
(Traduzido para português e mais colorido para não existir desculpa!)

Talvez desta forma subtil não precise de dizer o mesmo todos os dias.
Aliás duas vezes por dia!

Certas rotinas são mais difíceis de enraizar....ou então dá um certo jeito esquecer...



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Meias sem par procuram companheira

Palpita-me que está no top ten dos maiores mistérios da humanidade.
Quiça o mais frequente e transversal a várias culturas.
Bem, pelo menos aos que têm máquina de lavar roupa.
A avaliar pelas meias desemparelhadas que existem na minha casa, julgo que as do mundo todas juntas dariam a volta à muralha da China....mais do que uma vez!

Sei que se optar por a solução desta imagem, não me chegava uma parede!


Não entendo como este fenómeno inexplicável não foi ainda alvo de um estudo científico.
Sim porque diga-se há estudos para tudo e com interesse questionável: o segundo filho é o mais bonito; a inteligência vem das mães; as vacas que têm nome próprios produzem mais leite porque se sentem mais acarinhadas (!!!); Carteiras roubadas que tenham fotos de bebés têm mais possibilidades de serem devolvidas aos donos....

Acho que perante os exemplos se justifica um estudo para o caso das meias sem par!

Algumas ainda posso considerar que fiquem esquecidas no ginásio, ou nas férias, mas na sua maioria vão para onde?!??!!?

A máquina não tem buracos. Não fica entupida. O cesto da roupa fica vazio. Não estão nas gavetas.

Devo dizer que decidi dar uma volta ao saco das tristes desemparelhadas que foi crescendo tal como as meninas cá de casa. A avaliar pelo tamanho das meias que por lá encontrei....parece-me que não preciso de esperar mais tempo para que apareça o par de algumas....

Mas deu uns bons momentos de risota, com as meninas a tentarem calçar meias tamanho 6 meses!


Mais estranho é que há meias que não reconheço como sendo pertences diretos dos membros do agregado, o que me leva a ponderar que tenho em casa meias dos vizinhos.
Sim, porque sempre que alguém vê uma meia caída nas traseiras, tem o hábito de a atar nas portas do prédio ou das garagens e acabam por dar entrada em casa alheia por esta via.

Talvez faça qualquer coisa gira com elas. Já andei a pesquisar!
Pelo menos para ver se o saco fica atualizado!







(fotos retiradas da net)






sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Outras listas



Ao deitar a R disse-me que se tivesse que fazer duas listas, uma das pessoas que "adora mais" e outra das pessoas que "adora menos", colocaria no 1º lugar da lista das pessoas que adora mais....a mãe!

Eu acho que é só porque mãe é mãe. E mãe resolve tudo (ou parece).
E mãe conserta tudo (ou tenta ....e quando as tampas dos frascos estão muito apertadas chama o pai).



Fiquei curiosa. Perguntei-lhe quem colocaria no topo da lista das pessoas que "adora menos".
Pensou um bocadinho e respondeu "os ladrões". Sorri. Que bom que é ela não conhecer ninguém que caiba na lista dos que adora menos. Talvez por isso não lhe tenha chamado a lista dos que não gosta...
Fora uns arrufos de recreio com amigas, não chegou à fase das desilusões, de perceber que há pessoas que se vão revelando, embora já se tenha apecebido que não somos amigos de todos por igual.

Quanto ao 1º lugar da lista dos que adora mais, lá decidiu que afinal mais pessoas ocupavam esse lugar tão importante, a mana, o papá, e pronto a família!
Voltei a sorrir.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

"Imaginação" precisa-se!


Na última reunião escolar da turma da mais nova, fiquei surpreendida com uma constatação da professora. A turma no seu geral tem:

"Falta de imaginação."

Nunca em 16 anos de trabalho lhe aconteceu ter uma turma assim.
Em que quase ninguém levanta o dedo para continuar uma história que ela começou.
Que tenha que ser ela a levá-los a pensar o que aconteceria a seguir.
Que escreve textos muito curtos.

Ao chegar a casa comentei com a mais velha, já que foi aluna da mesma professora.
E ela de facto disse que na turma dela até se atropelavam para ver quem dizia primeiro a sua versão da história. Tudo de dedo no ar ansioso por contribuir com a sua frase.
Só há aqui 4 anos de diferença. O que terá acontecido de tão diferente em 4 anos? 

Uma mãe comentou "já se sabe do que é"...fiquei curiosa mas não lhe perguntei do que era então.
Outra mãe perguntou o que se poderia fazer em casa, para estimular a imaginação.
Não obteve respostas.
Alguém achava que a origem disto era o ensino pré escolar.... (no caso das minhas meninas) tenho a certeza que não está aqui o problema. Ambas frequentaram o mesmo jardim infantil, e sei que estímulos à imaginação não faltaram com toda a certeza!!!
E também não pode ser apenas timidez.

Olhando à nossa volta, talvez não me surpreenda assim tanto esta "Falta de imaginação"...
Estarão treinados para pensar fora da caixa?
Estarão formatados para não pensarem e só empinarem conhecimentos?
O importante é cumprir programas extensos?
O que conta é brilhar nos exames intermédios e contribuir para as estatísticas?
Será que os deixam fazer perguntas? Questionarem-se?
Lêm menos?
Carregam em muitos On/Off?



O raciocínio lógico é uma vantagem. Não tenho dúvida disso. Mas falta aqui qualquer coisa.

O que sei é que não precisam de inventar brinquedos - não transformam caixotes de cartão em casas de bonecas; nem fazem carrinhos com peças soltas; nem fazem sopas de terra com couves do quintal; não precisam de pensar no que hão-de fazer enquanto dá o telejornal. No fundo não sabem o que é apanhar seca. Raramente estão sozinhos. Quase não brincam ao "faz de conta".

Quase nem vão à janela, só para ver a chuva a cair.
Falta aqui alguma coisa.






quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estabelecimento comercial sueco

Tenho uma relação amor-ódio, com um determinado estabelecimento comercial sueco, famoso por sinal.

Nunca tenho a certeza se quero mesmo lá ir. E com crianças a decisão pende mais para o não.

Fui lá uma vez sozinha, confesso. E aí sim, apercebi-me do suplício que é para certos acompanhantes a quem foi submetida a ideia que era giro lá ir dar uma volta. Ouvia vários "Mas isto é para ficar aqui muito tempo"; " Mas não viste já esta parte?"; " Eu acho que isso não cabe lá em casa"; " Mas tu já tens isso!" ....e por aí fora....

E por isso não me parece um programa familiar livre de stress.

Mas rendi-me a um pedido da mais velha e fomos, os quatro!

Aquilo segue o princípio da marcha em frente. Andar para trás é difícil. E quando a mais nova depois de subir as primeiras escadas rolantes se lembra que afinal quer ir à zona dedicada às crianças?!?!? Pronto e agora? É muito lindo mas como se marcha ao contrário?!
Lá consegui e a R alcançou um desejado lugar no Bosque Encantado. É nestas alturas que é uma alegria ter menos que 1,25m de altura! A I já não teve essa sorte....
Disseram-me que o máximo eram 2 horas, ao que respondi que estaria lá muito antes disso.
Só iria demorar uma meia-hora....
É incrível como o tempo passa.....e não é que a fomos buscar depois de 1h50!??!
Ela até agradeceu a demora. Adorou, claro!

A I partilha do meu estado.
Há um certo fascínio naqueles corredores aparentemente labirinticos mas que nos vão conduzindo tipo jogo de tabuleiro.

São as ideias para arrumação.
São os quartos que fascinam as crianças.
É a funcionalidade das coisas.
São as cores diferentes.
São os closets.
É o design.
Pronto, é um turbilhão de novidades.

Ela ficou na onda do "Quando tiver uma casa venho aqui!".
(Nota: Aqui  notei a diferença de quando ouvia - ainda há bem pouco tempo - "Eu nunca vou sair desta casa!" Quero viver sempre contigo!" e ela estranhava quando lhe dizia que mais tarde ela iria mudar de ideias....)


Eu fico na onda do "Levava isto, mas o que faço ao que tenho lá em casa e que por sinal foi bem mais caro?!"
Fico com vontade de redecorar, mas nunca sei bem o que casa com quê...a decoração não é o meu forte. Baralha-me tanta opção. Invejo um bocadinho as pessoas que com ar decidido vão enchendo o carrinho, e engendram as mais variadas opções e cortam tecidos e tudo e tudo. Quase me apetece perguntar "Olhe por favor o que vai fazer com isso?".

E depois cansa.
É preciso andar; decidir; apontar códigos; pensar; medir; imaginar. Secção após secção.
E no fundo no fundo sei que saio de lá com acessórios de cozinha e pouco mais.

A I pelo menos andou de carrinho nos corredores da zona de cais de embarque de mercadoria.
Ainda bem que esta zona é para maiores de 1,25m....Não é um Bosque Encantado, mas serviu.

Depois tem aquele sistema de tudo empacotado numa caixa de fácil transporte para construir em casa.
Tipo Legos!
Ainda bem que o único com cromossoma Y cá de casa se ajeita com a bricolage.
Facilita confesso. Não sei se esta parte dos parafusos me convence....

Finalmente tenho um descascador de alhos como deve ser! Dos que descascam e picam o dente de alho antes de se desmantelarem, tipo à Masterchef!



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Considerações em dia de chuva


Afinal lá chegou hoje conforme o previsto. E em força. E esta chuva chegou acompanhada de frio, o que piora o cenário. Mal por mal que nevasse um bocadinho, assim só por um dia. Apenas o suficiente para achar que o inverno tem um ar bonito dentro do gélido.

Estou cansada de chuva.


Na rua onde trabalho, andam uns vendedores de guarda chuvas para ver se ganham o dia caso apanhem turistas desprevenidos que vinham a contar com sol neste cantinho à beira mar plantado.

Olho para eles e não compreendo porque andam eles também à chuva. Será a demonstração prática do provérbio: "Quem anda à chuva molha-se"?! Assim o turista desprevenido vê exatamente como ficará caso não compre o guarda chuva...estratégia pura de marketing!

Relativamente a questões da meteorologia assaltam-me outras considerações:

- As crianças adoram usar guarda chuva em pequenitas e mesmo que não chova, mas facilmente, com o passar dos anos passam a preferir apanhar uma molha a ter que transportar um.

- Está sol quando não tenho roupa para estender, porque julgava que ía chover, ou porque confiei demais nas previsões.... Nesses dias afinal não chove. E nesse caso lá vai a roupa a lavar em pleno dia, desperdiçando o benefício da tarifa bi-horária. Caso eu decida arriscar e lavar a roupa durante a noite, seguem-se 3 dias de chuva.

- Pode estar um frio de rachar, mas assim que vem sol, lá andam uns corajosos de t´shirt ou manga de camisa. Avarias de termostato ou saudades do verão? Talvez saudades de uma gripe?

- Os amoladores, aliás um amolador costuma, passar na minha rua.
Bem, na verdade passa talvez umas 2 vezes no ano. Reconheço a típica música da flauta de pã, mas a bicicleta foi trocada por uma versão mais motorizada. Lembro-me dos guarda chuvas de varetas partidas. Mas geralmente ele passa em dias de sol. E nesses dias não me apetece pensar em chuva.

- Esta cidade tem um fenómeno estranho. Assim que chove aumenta exponencialmente o trânsito. Talvez seja em todas....ou talvez seja só na minha rua ou se calhar só eu é que acho...

- Gosto do cheiro a terra molhada, mas isso significa que não chovia há muito tempo....

Eu cá tenho a dizer da chuva, que gosto.
Mas só quando estou dentro de casa e não tenho perspetivas de sair.

E hoje nem é dia de chuva molha tolos. De chuvinha. Lembro-me de uma frase premiada a rebuçados que li em voz alta sobre a chuvinha, para os meus colegas de escola primária:  "A chuvinha é uma chuva miudinha."

Mas hoje não é dia dela.

É mesmo da que molha todos! Com vento e frio...
E não estou em casa....e ainda tenho muitas voltas a dar.

Não está um bom dia para dançar à chuva...mas pelo menos vai haver bolo de chocolate!