sábado, 30 de novembro de 2013

Já cheira!


E está quase aí!
Agora sim cheira-me a Natal!
Novembro acaba hoje e com ele foram aniversários, o magusto e o Outono no seu pico.
E embora ainda haja muito colorido nas árvores, viro-me para dezembro.

Para os dias frios e curtos.
Para as listas de presentes.
Para as listas de afazeres.
Para uma azafama que adoro!
Pensar nos outros, no que gostariam de receber, em atividades, em calendários de advento, em decoração, em fotografias, em cartas para o pai natal, em visitar presépios, em ir à terra dos sonhos, enfim dezembro é um mês em cheio!! Acho que é para compensar do frio que traz com ele!

Este ano apeteceu-me voltar aos tempos em que tinhamos uma árvore verdadeira, em que cheirava a pinheiro dentro de casa.
Não sei se é muito ecológico, mas há árvores plantadas para este efeito e outras que se retiram à floresta por boas razões, e como tal a de plástico e arame este ano fica na garagem!

E por isso hoje fomos buscar uma verdadeira. Não descobri venda de árvores nem nos bombeiros, nem nos escuteiros, nem no mercado...e por isso fomos ao horto.

Estava a ver que tinha que ser assim.


De repente pareciam todas pequenas mas quando a fomos pôr no carro.....

Não chegamos a precisar de a amarrar no tejadilho, mas foi quase!!
E pronto, estamos prontos para dezembro!


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pois....há horas destas


Pérolas da maternidade que só as mães entendem - Parte III

Ele é o trabalho, a casa, as rotinas, o leva e traz para as atividades, e tudo e mais alguma coisa.

Depois há aqueles dias que decido atirar-me de cabeça à logística da roupa das meninas....a que não serve, a que é para dar, a que já não dá nem para dar, a que se pode guardar da mais crescida para a mais nova, a de verão, a de inverno, etc.....e é um dia nisto. Depois fecham-se gavetas e armários e parece que não estivemos a fazer nada o dia todo!

E por isso, há dias em que apesar do que fica pendente, e que é sempre tanto, mais vale é dormir a sesta! Aliás reformulo: Mais VALIA dormir a sesta, porque nem para isso o tempo chega!

Para quem perdeu as partes I e II das pérolas, aqui fica.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Nem sempre perfeito.....


Há dias assim....

em que parece que a energia delas não acaba quando a minha já expirou...
em que tenho saudades de chegar a casa e dormitar no sofá às horas do jantar.
em que poderia até nem jantar.
em que me apetece deitar antes que a casa sossegue.
em que a gota faz transbordar o copo.
em que suspiro.
em que penso, daqui a nada já vão dormir...

e depois afinal quando dormem, fico eu acordada...
afinal os pendentes podiam esperar,
afinal talvez não estivesse assim tão cansada,
afinal fico a aproveitar os silêncios da casa
e afinal os silêncios também incomodam.
 ....há dias assim....em que nem sempre é perfeito.....aliás, é tudo perfeito, mas custa a ver.


Acordos à parte

Pais e filhos com acordos ortográficos diferentes.....

Sim, somos de outra geração e sei que daqui a nada estou a ouvir:" Oh mãe não percebes nada, tu até nasceste noutro século!"

Não é uma questão de falta de adaptação, ou de resistência à mudança, apesar de achar este novo acordo uma treta....mas quando dou comigo a tentar corrigir TPC´s de escola primária e me sinto doutro mundo o caso muda de figura. Ainda não ouvi a parte de ser doutro século, mas já ouvi "Oh mãe não vês que agora não é assim!" e pronto envelheço 10 anos por cada frase destas!

Há coisas que me fazem confusão:
....ele é os meses em minusculas, as letras que fugiram, os hifens que já não se usam, os hifens que afinal se usam, formas de escrita opcionais, acentos que já não existem.....

Primeiro foi a mais crescida que aprendeu pelo antigo e passou depois para o novo. Era vê-la, no 2º ano, a tapar a lápis as letras que já não se usam. O livro parecia uma caixa de brindes de chocolates Regina toda cheia de bolinhas furadas a caneta, mas neste caso pintado a lápis.

A mais nova cresceu no mundo das letras no Novo acordo.


E agora dou conta que parecemos ainda mais antigos, dou conta do que mudou de facto.....

Ela não reconhece palavras como "Factor"; "Acção", pelo menos da forma como nós as vemos.

Pergunta o que lá está a fazer o "c" a mais.....e não consegue deixar de o ler....então ao domingo à noite olha para a TV e diz "Porque é que escrevem FaCtor X"? Ou "Porque é que se diz filme de aCção?"

Eu só espero que agora não mudem tudo outra vez, ainda me desorientam a miúda!








quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tentações


Juro que estou seriamente tentada a colocar uns cartazes espalhados pela casa!
Não em sinal de protesto, mas para ver se me ouvem!

E eu que nem sou nada dada a extremos de organização mas há coisas que me inquietam para não dizer que me tiram do sério....

Todos os anos, vem o frio e a cena repete-se. As meninas lá andam pela casa de meias, por muitas pantufas de vários tipos e espessuras de aconchego que tenham.... E lá entram na cozinha descalças, onde o chão pela sua natureza é mais frio. E lá começo a apregoar, vai-te calçar, olha que te constipas, não vês que estás com tosse, ficas com os pés gelados, não vos percebo, etc.... isso e mais do género que cai em saco roto, até que  me esgoto e disparo "Ninguém entra na cozinha sem pantufas!"
....e assim lá me ouvem e andam para trás para o ponto de partida, a porta. Chegam até ao ponto de quererem dizer qualquer coisa e ficarem à porta, sem entrar, em vez de se irem calçar.....
Se calhar é só na minha casa, mas ainda agora começou o frio e já disse isto algumas 50 mil vezes....
Não consigo entender como se resiste a um bom par de pantufas...
 
Portanto 1º cartaz na porta da cozinha: "Ninguém entra na cozinha sem pantufas". Correção: "Ninguém entra na cozinha sem pantufas NOS PÉS!", não vá existir alguma confusão quanto a isto.....

Na verdade, se pensar bem ocorrem-me vários "cartazes" que gostaria de colocar em locais estratégicos, mas acho que ía atrapalhar o decor lá de casa!

Mas não vou resistir ao 2º Cartaz:
" A roupa coloca-se DENTRO do cesto da roupa suja! Não em cima da tampa!"
Se soubesse agora tinha logo comprado um cesto sem tampa.....coisas de quem não pensa!

Já adjudiquei a ideia. Vou concretizar os cartazes, a bem da minha sanidade mental!

Na verdade chego a pensar que precisava era de uma parede destas.....


mas vá, se me ficar por 2 cartazes.....nada mau! :)


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Muito à frente



Sabemos que esta geração é diferente quando.....


.....numa tarde de costura um alfinete de cabeça colorida colocado num nariz de um gato de feltro dá rapidamente origem a este comentário:

"Olha parece um gato com um piercing"- R

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Amor


Há uma página no facebook intitulada Eu amo, e gosto, porque AMO é uma palavra que raramente se diz. Facilmente se substitui por "gosto muito" ou "adoro"....

A minha I encontrou por lá várias coisas que ama, Porquinhos da Índia, Crepes, Acampar, Ouvir música, Cães......e por aí fora.....

E mais estes AMO ´s, que publicou na página dela....embora as fotos não sejam nossas.

E não é de uma pessoa se derreter?!!

Obrigada I!

Por seres assim!







domingo, 24 de novembro de 2013

Pequenos grandes tesouros


"Mãe posso ir pintar com tintas e pinceis?"

E assim começou a manhã de sábado para a R.

Fez um rascunho em papel.
Andou a perguntar as cores preferidas de cada um.
Depois avançou para a tela. Ainda vi o início da obra a sair dos pinceis.


Não vi o resultado final.
Foi esconder, enquanto secava e só podíamos ver quando estivessemos todos juntos.
Primeiro faltava o pai, depois estava o pai mas faltava a mana....

....e finalmente ao fim do dia lá estavamos os quatro e chegou o momento de nos mostrar a sua obra prima.


E o que gosto mais é estarmos lá todos juntos!
E aguentou um dia inteiro para desvendar o segredo.
Estes tesouros guardam-se (também) no coração!


sábado, 23 de novembro de 2013

"Gratitude Jar"

Depois do projeto 366 em 2012, era precisa alguma coragem para iniciar outro desta envergadura....

Tropecei noutra ideia, "Gratitude Jar". Trata-se de 1 frasco; pequenos papelinhos; 1 caneta; escrever alguma coisa boa do dia. É fácil!

Ideia adjudicada para 2013.

Frascos já tinhamos, tinha sido uma prenda de Natal da prima Susana.
Dia 1 começamos a escrever nos papelinhos, o que de bom aconteceu nesse dia.
Do que gostamos, do que nos rimos, do que nos fez mais felizes.
E continuamos por aí fora.
Perdão, continuaram elas, eu não….mas devia! Até porque lhes disse que era um desafio a três.
Temos 2 frascos quase cheios! De bons momentos, de recordações, de coisas boas!
(É certo que faltam alguns dias, porque adormeciam cedo, ou porque estavamos de férias, mas atualizamos com memórias)
Comecei por ajudar a mais pequena a escrever, porque ainda estava a dar os primeiros passos no mundo das letras.
A mais velha já os escreve sozinha, e alguns são só para eu ler no fim do projeto!
Ao longo do ano foi giro ver que a R começou a conseguir escrever os seus próprios momentos bons.

E não é que está quase?!?!?



Vamos ler todos os papelinhos dia 1 de janeiro 2014, e sei que vamos sorrir muito!

E já não falta muito para começar a pensar no desafio 2014.....



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Transparências


Entre mães e filhos há um processo de transparência.
Cheguei a pensar que tinha só um sentido. Que elas eram transparentes aos meus olhos. Porque lhes conheço as manias, os sobrolhos franzidos, porque lhes adivinho as perguntas apenas quando dizem "Mãe!", porque lhes conheço as vontades, os receios, o que as faz feliz, porque ainda me escondem pouco...



Mas afinal é de duplo sentido.
Nós também somos transparentes. Mais do que pensamos. 
Não adianta disfarçar, forçar sorrisos, porque entre os nossos suspiros, há olhares muito atentos.
Olhares tipo radar que sabem que há dias que carregamos o mundo nas costas, e que esse peso nos muda para além da expressão facial, o estar e o sentir.
E esse peso por vezes atenua-se porque uma criança é sincera e ama sem reservas.
Quando ouço "Estás triste hoje?"; "Tiveste um mau dia?"; "Estás cansada?", o mundo desaba aos meus pés porque não devia ser transparente....

Mas depois recebo abraços de conforto vindos do nada. E transforma-se de repente no melhor do meu dia. O resto fica para trás, dissipa-se.

Se calhar este processo de transparência é suposto ser assim, retemperador e salutar para ambas as partes...



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

True Colors


E foi daqui que veio o nome...."TRUE COLORS"



Os pequenos grandes pormenores;
Aproveitar coisas boas do dia;
Valorizar momentos que passariam despercebidos;
Olhar com atenção;
Ver o lado bom das coisas,
Focar no que é realmente importante;
Trazer cor a dias cinzentos.

E também veio daqui, por ser das minhas preferidas......True Colors

"But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that's why I love you
So don't be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful,
Like a rainbow"


Depois de um ano com um projeto pessoal muito envolvente, o 366 (2012), uma foto por dia (pelo menos), sinto que mudou para sempre a minha visão de tudo. Foi inspirado numa mãe, que vive a milhares de km de distância e que não conheço pessoalmente, e pensando bem, que não conheço de todo. Mas conheço ideias, projetos, modos de vida, etc.....A ideia é dela e chama-se "Documenting Delight", ou seja encontrar algo de bom em cada dia que valesse a pena um "click". Criou um grupo, "conheci" muitas mães de várias partes do mundo, todas com um objetivo comum. Criar memórias. Ensinar a ver o lado bom.

Não foi fácil. Houve dias dificeís, em que o tempo evaporava e corria....ora sem aparentemente nada para registar, ora porque não tinha máquina à mão....mas depois havia um livro ao deitar, mimos e abraços e isso em certos dias é tanto!  Obrigou-me a ver, a encarar de outra forma, a fotografar momentos que nunca teria guardado em imagens...Confesso que me falharam alguns dias, mas poucos muito poucos. Mas mais para a frente, quando se tornou um hábito já eram as meninas que diziam "Tira uma foto mãe!" ou "Ainda não tiraste a foto de hoje".
E acabou por ser um 366 a dobrar, porque cada uma tinha os seus momentos, e ainda havia os que eu via....

Acabou por se tornar num dos meus melhores projetos!

Que sei vou adorar guardar e elas também, para além da memória.

.....As "verdadeiras cores" da vida!




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nos tempos que correm.....


Ainda em 2012, a I pediu uma PSP perto do Natal.
Decidimos nesse ano não a oferecer no Natal, porque no meio de tantos outros presentes que recebe da família toda poderia não lhe dar o devido valor.
Assim sendo, ela perguntou se podia juntar dinheiro para a comprar.
Face a isto, e mesmo tendo nós pensado que a iríamos comprar mais tarde, decidimos aceitar a proposta dela e fomos esperando. Claro, que várias pessoas da família sabiam da intenção dela e como tal lá íam contribuindo e ela ía amealhando.

E foi em Maio, já para o fim, que anunciou que tinha finalmente o dinheiro que precisava para a tão desejada PSP. E assim foi, trocou o recheio do(s) mealheiro(s), pela caixa com a dita PSP, e não houve cá perdões.....tudo contadinho ao tostão.....
(bem, mais ou menos)


Mas na verdade percebeu algo muito importante. Ficou com a PSP, mas com o(s) mealheiro(s) vazios.....e até lhe saltaram as lágrimas dos olhos.....


Hoje não há como fugir a certos assuntos..... crise, troika, austeridade, desemprego, tudo palavras que desconheciam (algumas até eu) , que passaram a interiorizar, que fazem agora parte desta geração de pequenos que se estão a transformar em graúdos.....
Já nos chegaram a perguntar o que acontece se formos despedidos, tal começa a ser a realidade envolvente de pais de amigos, da possível não colocação dos próprios professores, de colegas que não levam lanche, etc

Esta geração está a crescer com medo que os pais deixem de ter dinheiro, com medo do que possa vir a acontecer num futuro que não sabem bem quando é.

Tentamos passar a mensagem que o que se tem custa dinheiro, que se conquista, que não aparece de mão beijada, mas sem grandes exageros, até porque para isso basta ligar a TV!

Ainda assim, nos tempos que correm dou comigo a sair de casa e as meninas acompanham-me com carteira. Sim, são meninas, carteiras a tiracolo é normal. Mas quando pergunto porque as levam, o que me surpreende é a resposta: "É para pagar qualquer coisa que a gente queira!"

A I já comprou uns doces para ela e para a irmã.
A R numa loja escolheu uma camisola e fez questão de ser ela a pagar (a mãe teve que ajudar com parte....)
A I comprou uma prenda de anos para a R e não quis que eu pagasse porque entendia que assim não era mesmo uma prenda dela.
A I juntou dinheiro para me comprar uma prenda de aniversário e este ano quer contribuir para as prendas de Natal da família.

Eu podia até dizer "Deixa estar a mãe paga" e até digo às vezes, mas não me deixam!

Não sei se isto me assusta se me faz sentir orgulho....

Estas dualidades deixam-me um nó na garganta.....
Palpita-me que será uma geração e tanto!




terça-feira, 19 de novembro de 2013

Segunda casa


O Jardim Infantil dos SASUC foi durante 3 + 3 anos, uma segunda casa.
Fez 40 anos este novembro, tal como eu, e não podíamos deixar passar a oportunidade de festejar num espaço fantástico que é aquele quintal!



Foi dia de comemorações, magusto, venda de garegem mas acima de tudo de reencontros!
Daqueles reencontros que transformam o dia, que trazem sorrisos rasgados, abraços apertados, xi corações sinceros.

As minhas meninas criaram muitos laços, com amigos, educadores, auxiliares....daqueles que ficam para a vida.
Sentem-se aqui como em casa. Afinal, foi lá que passaram tantas horas do dia. Talvez mais horas do que comigo.
Querem sempre voltar.
Quando têm novidades ainda dizem que querem contar às suas Joanas.
Uma tartaruga outra caracol, "apelidos" que herdaram do nome das salas.
E assim tenho também uma I, tartaruga e uma R, caracol.
Têm boas recordações.
Quando as ía buscar queriam sempre brincar mais um bocadinho....

Já não tenho lá nenhuma menina, mas somos sempre bem recebidos.
Eu também criei laços, tenho saudades,e acima de tudo ganhei amigos!

Sei que adoraram andar neste jardim, recheado de pessoas fantásticas, onde as crianças são crianças.

E isso faz-me muito feliz!
Sei que escolhemos o sítio perfeito!
Sei que elas cresceram felizes naquele espaço!
Sei que voltaremos para reencontros que nos fazem bem!

Obrigada e parabéns!


domingo, 17 de novembro de 2013

Tardes de Outono



Em dias que se tornam curtos, em que a noite troca as voltas à luz do dia, e o frio ajuda a recolher...

Gosto de tardes caseiras.
De cheiros que enchem a cozinha.
De tons de outono na mesa.
De sabores que dão conforto.
De tachos que borbulham durante muito tempo deliciosas compotas.
Do frio que começa e traz o apetite pela manta.
Da chávena de chá que fumega.
Da luz do forno acesa.
De castanhas assadas.
De abóboras, cogumelos, nozes, e outros que tais.
De momentos de preguiça.
Das frutas "estranhas" que só eu como cá em casa.
De pantufas.
De estar.
....por casa e com a minha gente!



sábado, 16 de novembro de 2013

E mais não digo...


....e mais não digo porque não me deixam. :)

Mas tantas e tantas vezes uma imagem vale mais que mil palavras.
E estou tão orgulhosa do que representa esta imagem, do que ela me diz.

Que sejam "unha e carne" pela vida fora!



"Boa noite e até amanhã"


Músicas ao deitar


A mais nova nunca precisou de muitas músicas para adormecer. Em bebé até preferia adormecer sozinha e sossegada no cantinho dela. Cheguei a pensar com os meus botões: "Olha afinal há mesmo bebés assim!"

Já a mais velha sempre teve rituais de adormecimento mais complexos, entre os quais estavam presentes a história ao deitar e umas músicas de embalar que me adormeciam primeiro a mim. Costumava acordar com ela a perguntar se eu não ía cantar o resto?!??!

Entretanto a mais nova teve um upgrade e passou a dormir no quarto da irmã.

Ou seja o ritual de cantar teve que se adaptar aos gostos musicais das duas. E ficou decidido que seriam 3 músicas seguidas (isto se a mãe aguentasse!). Sempre as mesmas e sempre pela mesma ordem. Uma que agradava às duas e depois uma para cada uma, que pertenciam aos tempos de bebés de cada uma.
- Vitinho - o clássico
- Boneca de Trapos - o hino da creche
- O vento - nome atribuído por nós e letra adaptada pela mãe. A música na verdade há-de ter outro nome, mas o imporatante é que nós sabemos qual é.

Chegou o timing de novo upgrade. 
Nova mudança. Inauguração de quartos individuais para cada uma.

Instantaneamente a mais nova abdicou das músicas. Talvez o estatuto de ser crescida para ter um quarto só para ela lhe tenha dado a independência às cantorias, e quando me ía preparar para cantar ela anunciou prontamente que não precisava. Caiu-me tudo!
Como?!?!? Não precisas como?!?!??! Quase que reivindiquei os meus direitos pré adquiridos pelo "simples" facto de ser mãe.

Mas foi assim, até hoje......já lá vai 1 ano e meio!

A mais velha abdicou do mesmo, mas uma vez ou outra em dias de complicada gestão, lá relembrava o ritual e pedia as músicas.

"De repente" apercebi-me que já não canto as músicas. Nem aquelas, nem outras. Não ouve upgrade para o repertório musical.

Mais uma das coisas que deixei de fazer, que ficou para trás, que não volta...
Mais das minhas Dores de crescimento.




sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Desejos e sonhos



Pedir desejos parece fácil, e há tantas oportunidades para o fazer....

Trincar a(s) vela(s) de aniversário depois de apagadas. E quantas mais melhor na óptica das minhas meninas! Alargaram por completo esta tradição de pedir um desejo a pedir um desejo por cada vela!

Temos o Jogo da Pestana. Se temos uma pestana a bailar fora do sítio, apanhamos a pestana, colocamos entre o polegar e o dedo indicador, e segue-se o "Pensar num desejo, numa flor,  numa cor e depois escolhe-se o dedo de cima ou o dedo de baixo." Ganha o desejo quem tiver acertado em que dedo fica a pestana, isto quando não a perdemos entretanto....

Quando eu era pequena soprar um dente de leão servia apenas para a pergunta “ O teu pai é careca?!" e ficar a ver se a eficácia do sopro revelava a grande verdade sobre a calvície do pai...Agora as minhas meninas acham que é mais um motivo para enquanto se sopra pedir um desejo e deixar que o vento o leve a rumo certo.



Depois temos os desejos mais famosos do mundo, os da meia noite do dia 31 de dezembro, e são logo 12 de uma vez só! Mas estes passam-lhes ao lado porque era preciso que conseguissem comer as 12 passas.....resta-lhes a outra opção, subir acima de uma cadeira e pedir desejos durante a contagem decrescente, mas estou em crer que nesse momento a contagem é mais divertida....

A mais nova em jeito de vou atirar à minha sorte, até já perguntou se quando uma pinga de chuva nos cai na ponta do nariz, podemos pedir um desejo?

E tivesse eu alguma lâmpada de Aladino em casa, com toda a certeza havia de estar bem polida!

Cedo começaram a perceber que por muito que se peçam desejos, nem sempre se realizam...(Tenho a certeza que na maioria das vezes desejavam coisas estranhas quase impossíveis de concretizar, e daí nasceu a desconfiança!)

 “E os desejos que pedimos porque não se concretizam?!”

Ora aqui está uma boa pergunta?! E ora aí está algo que nem as mães conseguem......fazer com que tudo o que desejam aconteça...

Quem dera fosse assim fácil! Mas pedir não custa. Sonhar também não.
E é bom pedir desejos. Obriga a pensar em coisas boas. No que queremos. No que mais gostamos. E até no que já temos.
Ajuda a perceber que nem sempre ficar parados faz com que os desejos se concretizem e sonhos aconteçam!
Mas sonhar faz bem. Alimenta a alma.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tolerância dos 100 ao 0



"Tolerância" - Muito difícil de gerir...

Por vezes desce dos 100 aos 0 em 3 segundos.....tipo pipoca, prestes a explodir à mais pequena agitação.

Depende de tanta coisa.

Despertares repentinos;
O alvoroço das manhãs;
O "quero levar qualquer coisa para a escola" e faltam 5 minutos para tocar;
Tempo contado;
Afinal chove e não sei do guarda chuva;
Onde estão as chaves de casa;
Afazeres pendentes;
Jantar por fazer;
Respostas de "mas"....
Ter que dizer tudo 3 vezes;
Ninguém ouvir;
.....
....
....

Acho que "Organização" tende a ser diretamente proporcional à "Tolerância".
Tenho tudo organizado logo sou mais tolerante. Organização no sentido de orientação.
Não se trata de uma casa imaculada, onde não se notam vestígios de gente pequena, nem de fogões que brilham, mas de orientar rotinas....
Daí que uma mãe precisa de tempo. Precisa de se orientar e de orientar o que a rodeia.
O tempo faz toda a diferença neste disparo dos 100 aos 0.....
E como gostava de ter mais tempo, para raramente chegar à tolerância 0.....

Bem, talvez tolerância 100 nunca exista....pelo menos para mim.
Detesto barulhinhos irritantes e contínuos, como tilintares, clicks de tampas de canetas, tamborilar de dedos em superficies metálicas ou outras, portas a bater, sons de TV alta, tudo a falar comigo ao mesmo tempo....por isso nestes casos já não parto dos 100....

E depois há dias.....
Há dias que estamos bem connosco e com o mundo, e aí, sou mais tolerante aos sapatos no tapete da sala, ao prato esquecido na mesa, à mochila estendida na entrada de casa....
Provavelmente nestes casos, o nosso comando e ordem até é mais facilmente cumprido.
Não sai um " Vai já tirar daqui os sapatos", mas um "Olha, porque estão os sapatos no tapete?", e resulta sempre melhor...para ambas as partes.

Ter tempo para mim, para fazer o que gosto, para elas, para me orientar, faz-me tanta falta!
Havia com toda a certeza menos dedos apontados....

Precisava de um dia off! Aí um por semana chegava....








terça-feira, 12 de novembro de 2013

Flashback



Hoje recuei no tempo 30 anos....

Descobri um amigo da escola primária. Digam o que disserem do facebook....não fosse "ele" de quantos e quantas não voltaríamos a saber nunca mais....

Tinhamos todos entre 6 a 10 anos (eu entre 5 e 9), não havia telemóveis, nem emails, por isso não nos era possível manter contacto. Alguns continuaram estudos juntos, outros separaram-se logo no ciclo. Descobri que uma amiga desses tempos idos entrou na UC no mesmo ano que eu, tirou o curso na mesma cidade, embora noutra faculdade e nunca nos encontramos...

Certo é que me encheu o dia e eu que hoje estava numa de tradições de S. Martinho, castanhas e jeropiga, não consegui fugir deste reavivar de memórias....

De amigo em amigo, já somos alguns e criamos um grupo dos alunos da Irmã Catarina Falcão Miguel, a minha professora primária.

Estamos aqui de volta do passado, de memórias que estavam tão lá guardadas no sotão, partilhamos fotografias e já me ri tanto! Partilhamos o facto de entrarmos todos nos "enta" este ano. Fantástico como nos lembramos de tantos nomes, tantas caras e histórias. Uns mais mudados que outros, mas facilmente reconhecíveis.
Dou comigo a pensar que me lembro mais destes meus colegas do que muitos do ciclo e até do liceu (vá em terminologia nova, será 2º e 3º ciclo). Hoje chamaram-me Sofia. Já não "ouvia" há muitos anos. Na altura para além dos colegas da escola, e da professora, só o meu pai e avô paterno me chamavam assim também. Depois, fiquei Cláudia.

Algumas recordações ficam para a vida, às vezes estão é arrumadas à espera de voltarem ao de cima.

Fui remexer no baú. Encontrei meia dúzia de fotografias, e o mais giro foi ver as minhas filhas a tentarem identificar a mãe! Acertaram à 1ª em todas as fotos (bom, quase todas!).

"Oh mamã, eras tão fofinha!"
"Olha aqui nesta foto tinhas o meu sorriso!"

Quem se atreve a encontrar-me?!?! :)
E quanto ao assunto turmas grandes?!? Na 1ª classe eramos 31!









segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Best mum?


O que eu duvido disto...

Mas em dias como o de hoje, depois de mais uma festa..... Mais uma festa mas para a mesma menina.
Um bolo (o segundo)
Amigos (muitos)
Parabéns (em casa, na ginástica , na escola, hoje....)
Bowling (um sítio novo)
Algazarra (a do costume)
Animação (como convém).
Confusão (qb)
Sorrisos ( e gargalhadas)
Abraços sinceros (de grandes amigos)
Lembrarem-se de quem faltou.

E estava terminada mais uma festa...




Quando de repente dou comigo com 6 meninas e 1 menino de 11 anos, para jantar, mais as duas internas da casa. 9!
Estou de longe, na cozinha e enquanto imagino quanto comerão estes 9 esfomeados, vá 8, que a minha mais nova quase não conta...? ouço os planos para a brincadeira seguinte: "Quarto escuro". Acho que todos que conheço da minha geração jogaram a isto..... Sorrio.

E pronto, instalam-se risos, gritos, mais alaridos e algazarras, portas a bater, sons de felicidade e amizade.
Jantam. Descubro que sim, que estavam esfomeados, ou então sou uma brilhante cozinheira!!
Comem com tempo contado, já a aproveitar o jantar para decidir a próxima brincadeira.
Descobrem que se atrasaram em 2 minutos e já nem dá tempo para a segunda dose de bolo!
E lá vai tudo em debandada! Mais uma moeda mais uma voltinha!

Depois vão saindo um a um, a casa vai ficando mais silenciosa e suponho que os vizinhos agradecem.

Num destes vai e vem para a porta da entrada cruzei-me com a I no corredor. Recebo um abraço apertadinho, ainda com uns amigos cá por casa e vindo do nada ouço baixinho:
"Obrigada mamã! És a melhor!" e "Obrigada por teres paciência!".

Ocorre-me que no meio das tantas dúvidas que me assaltam, muitos pensamentos sobre o que faço bem, menos bem, sobre quantas vezes perco a cabeça, quantas levanto a voz, quantas respondo mal.....talvez esteja a fazer muito de bem e de bom.

Li uma vez algures que o facto de questiornarmos é meio caminho andado.
Quem não se rala não questiona.

Não sou perfeita. Não sou a melhor mãe. Mas sou "The Best Mum" para estas duas!
Pelo menos elas acham que sim!
Mas eu vou continuar a questionar...de cada vez que bebo um chá.

sábado, 9 de novembro de 2013

Perdas



Perdas são perdas ponto.
Sejam mais perto mais longe, mas sentem-se como uma falha no correr natural das coisas. Quebram rotinas, alteram outras e o nosso mundo fica mais pobre.

Hoje recordo um senhor, que conheço desde os meus 9-10 anos....
Brinquei com os filhos dele, as minhas meninas brincam com os netos dele.
Estranhamente criaram-se laços. Digo estranhamente porque é um senhor do mês de julho. Só estavamos com ele nesse mês, e sempre no mesmo ambiente, férias e praia. Mas foram 30 julhos....

Sempre teve sorrisos e elogios de boas vindas. Sempre me disse que " elas são as meninas mais bonitas da praia". Sempre o via agarrado ao seu jornal, a trautear uma ou outra música.

Hoje uma das minhas meninas disse-me:
"Oh, era tão simpático! E agora com quem vamos ver o outro senhor a jogar as damas?"
É para elas também uma perda, é o pai de alguém, o marido, o avô, de quem elas conhecem bem.

A praia da Póvoa ficou hoje mais pobre.
O próximo julho será diferente.
Até sempre Sr. Armindo.


Estou certa que esta geração continuará com o jogo das damas....





Fins de semana KO


Sexta feira à noite costumava ser o momento mais desejado da semana, aquele que antecede todo um fim de semana e ainda nem é sábado! Significava TEMPO LIVRE!




Quando se tem crianças esta sensação desparece a um ritmo alucinante....
As crianças têm o dom de adivinhar os dias em que não têm escola e parece que se organizam internamente para acordar mais cedo. Em dias de escola é preciso arrancá-las da cama, e aos fins de semana abrem a pestana a horas impróprias para pais e mães.

Depois como se o acordar cedo não bastasse fazem questão de nos acordar a nós, e já de pilhas carregadas, só falta estarem de malas feitas para partir. Ainda estamos a interiorizar que é mais cedo que o costume e já se ouve "Onde vamos hoje?" ou " O que vamos fazer hoje!"

Depois esta fase passa, já dormem um bocadinho mais, mas ainda assim apenas 1 (repito 1 ) dia destes dormiram até horas decentes (depois das 10h), chegando a acordar depois dos pais!!!!

Nos restantes dias, confesso que já regularam o relógio interno para dormir mais do que em dias úteis, mas fazem questão de vir avisar que já acordaram e de perguntar se podem ir para a sala.....5 minutos depois se podem ligar o computador e 6 minutos depois se podem comer mais alguma coisa, e 3 minutos depois se podem trocar de sofá, ou mudar de almofada....enfim, tudo serve para ver se a mãe já se dignou a fazer-lhes companhia!

E os fins de semana deixam de ser nossos, deixam de ter o nosso ritmo, deixam de ter "hoje não faço jantar", deixam de ter "vou dormitar no sofá toda a tarde a fazer zapping", eu diria que deixam de ser descanso e passam a ser alucinantes!

Confesso que por vezes ao domingo à noite quando muita gente pensa "argh, amanhã é segunda feira", eu sorria um bocadinho por dentro, e pensava "amanhã já respiro"!

Mas dentro do alucinante.....tornam-se cheios!!!
Cheios de momentos que nunca existiram antes, de apreciar coisas simples, de me surpreender com o que inventam, de pipocas no sofá....e também de outros que nos fazem perder a cabeça, daqueles que parece que nos viram de pernas para o ar...



Geralmente chego a domingo à noite cansada....mas secretamente feliz!

....mas faz tudo parte do ser uma família de 4!





sexta-feira, 8 de novembro de 2013

De cama em cama



É frequente acordar fora da minha cama.

Isto porque de noite, ouço vozes que me chamam e me transportam para outros quartos, em modo meio off, no lusco fusco das luzes de presença.

Já me aconteceu acordar e estranhar a posição da porta do quarto, de tal forma que até já me escapou que lá estava e acertei-lhe em cheio com a cabeça.Noutras alturas abro os olhos e começo a questionar onde estou, porque vem a luz de outra direção, para onde fugiu a casa de banho, porque a janela mudou de sítio e demoro um bocado a perceber onde fui parar e como? E não sou sonâmbula, mas isto da maternidade se nos dá super poderes por um lado, por outro afeta a capacidade de discernimento às 4 da manhã!

Por vezes nem me lembro bem porque fui parar a outra cama, o que mais estranho acho ainda......será que o meu subconsciente de mãe inventa modos de chamamento que os restantes comuns mortais não ouvem?!?

São 11 anos, com uma percentagem muito pequena de noites dormidas por inteiro. Chegou a haver alturas em que o meu sono não chegava a entrar no modo que me permitia sonhar e estranhei a primeira vez que voltei a sonhar após longos meses.

Passadas as fases de bebés, havia os xixis na cama, os xixis na sanita, as tosses, os vomitados, o aconchegar porque se destapam, o bruxismo (ranger dos dentes), o ressonar, o falar sozinha, os sonhos maus, o "pensar em coisas boas", o "fica aqui só um bocadinho", o "tenho sede", o "queria leite"....e por aí fora....
Chegava a pensar que preferia que acontecesse tudo numa noite só, porque quando a que mais chamava dormia bem, era estranhamente a outra que adotava esse papel...acho que gostam de ver a mãe entretida.

Em 11 anos, ainda acho estranho quando acordo de manhã e penso:
"Hoje não me levantei a meio da noite!"

E eu que gosto tanto de bem dormir, pelo menos um número de horas considerado aceitável!




 Não diria que resolve tudo, mas que me deixa mais retemperada, lá isso deixa!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quem não tem cão caça com gato....


.....e quem não tem gato caça com porquinho da índia!


Cão estava fora de questão. Cão em apartamento implica passeios ao ar livre para satisfazer necessidades biológicas em horas incompatíveis com o meu horário biológico.

Gato. Lutei e votei a favor, mas ganhou o senhor da casa por causa justa: alergia. Umpf!

Restavam outros pequenos seres, mas menos interativos, o que não me fascinava nada e não convencia as meninas.....não se dá colo a peixes, tartarugas, passáros e mais do género. Gosto, mas como complemento.

Hipótese seguinte: Hamster. Confesso que não estava muito convencida mas quase disposta a sujeitar-me a ter cá em casa um ser pequeno e agitado e ver as minhas meninas mais felizes.

Dou a mão à palmatória e à ideia do pai de oferecer então um Porquinho da Índia.....acho que ou era isso ou eu rapidamente enfiava um gato lá em casa e apelava à caridade!

E assim chegou o Nico, à nossa família, que não tem nada de porco, nem veio da Índia.


Ainda estamos em fase de conhecimento mútuo.
Ele terá que se mentalizar que não é uma casa pacata a nossa.....

Mas já recebeu colo(s), já fez xixi no casaco da mais velha, no tapete da entrada, no chão da sala.....
Acho que nesta parte o pai vai perceber que um gato se ensina.....o Nico não sei, não tenho grande esperança....mas confesso que o bicho já conquistou corações.

É oficial, o nosso agregado aumentou. Será que posso requerer abono?

Festa é festa!


Em dia de festa há festa! Se não é um lema, devia ser!

As mães sacam dos seus super poderes, e mesmo sem capa, tentam que um dia se torne memorável.
Afinal as meninas passam tanto tempo a pensar nesse dia, em antevisão como os Óscares, mas com mais antecedência ainda!

Saco da minha lista e só fico satisfeita à medida que avanço em número de vistos nos meus inúmeros afazeres. As mães, além de folga no seu dia de anos deviam ter folga no dia de aniversário dos filhos, dado que é ainda mais trabalhoso.....

O 1º era preparado de véspera! Uma cortina de 11 balões à porta do quarto...com uma esperança que não fosse preciso ela levantar-se da cama antes do amanhecer e ter o efeito surpresa oposto ao pretendido.

E o dia começou animado!! Ela só descobriu de manhã, como eu esperava, e estas pequenas coisas enchem um dia!

(resta acrescentar que só ao fim do dia, quando os íamos retirar é que percebeu que eram 11....).
Continua despistada!


E sabem bem as coisas não pensadas, as que não estavam na lista, as que surgem de repente.
Esta foi a prenda da mana, que estava tristonha pela manhã.....não porque não tinha uma cortina de balões, mas porque ainda não tinha prenda para a irmã! E num instante, preparou-lhe esta surpresa durante o pequeno almoço.


Entre os super poderes estão o das mães se transformarem em pasteleiras e desta vez saiu um bolo "estrelado" e abrilhantado para os 11, feito em intervalos durante parte da tarde e às escondidas.



E depois de um dia em pleno, com muitos momentos felizes, emoções, turbilhões, parabéns, impaciências próprias da idade e a alegria de quem faz anos, chegou ao fim o dia.

Deitei-me com ela, fez um resumo do que gostou, que foi tudo, e do que gostou mais..... e nem sei quem adormeceu primeiro.

Tinham-se esgotado os meus super poderes...por hoje.






11 bem contados

(este era para ter saído ontem, que dia 5 é que é o dia!)


Crescida!
Sensação estranha a de numa loja ouvir “para essa idade já não temos tamanhos”.
E já ouvi isso há uns 3 bons anos. Ela tinha 8. É de facto estranho que em certas lojas já não entro....que já não paro a ver as montras, pelo menos para consumo interno...

O ano passado chegou aos 2 dígitos. Foram os 10! Um número demasiado grande e redondo, ao qual me foi difícil habituar.

Primeiro estranha-se mas depois entranha-se.....que remédio.

Não sei bem por onde passou o tempo, ainda tenho presente como se fosse ontem, o 1º dia de escola, e onde já vai ele.....

Parece que ainda há pouco tempo esperava que passassem rápido os 1ºs 3 meses para as cólicas se irem embora!

Agora está quase do meu tamanho, quase que pode calçar os meus sapatos, e começou a querer usar outros tipos de roupa, o cabelo de modo diferente, lenços, e descobriu que há espelhos em casa.


Quando sai de casa para ir para a escola já quase não olha para trás, para a janela.


Por outro lado, ainda é muito "minha".

Ainda me diz que quer viver sempre comigo, que nunca vai ser como os adolescentes, ainda gosta de me ver à porta da escola, de me dar a mão na rua, de mimos e abraços públicos.

Às vezes já ouço uns "mas", já vejo "uns encolheres de ombro" e já ouço o chamado "bufar" ou "inspirar fundo", afinal é normal, somos mãe e filha.

Apesar da pré adolescência se estar a instalar devagarinho e a dar ares da sua "des"graça....continua Verdadeira; Amiga; Sincera; Companheira; Honesta e com Valores que eu espero se tenham enraizado lá no fundo e não levantem a qualquer "ventania", arrastando consigo tronco e copa. 

Este ano contou 11! PARABÉNS filhota!




Sei que está a crescer para o mundo e a sair um bocadinho do meu.....

Só desejo que seja feliz! E já é tanto!

Já aqui falei nas dores de crescimento, aplicadas às saudades de colo, estas aplicam-se à menina mais velha mas são das mesmas.