quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Boas colheitas!


Anda por aí tudo a apregoar programas de Reveillon.
Grande noitada. Indoor e/ou outdoor.
A mim soa-me a demasiado glamour e muita produção para apanhar frio.
Já não aguento grandes incursões pela madrugada, até porque, quem tem crianças sabe que o acordar do dia seguinte é igual a todos os outros, e a recuperação de horas de sono perdidas é bem mais lenta que há uns vinte anos....
Este talvez seja um dos dias do ano em que mais vontade tenho de ficar por casa.
 Na minha ou na de amigos que nos aturam, com uma mesa mais composta.

Parece que é uma noite em que somos obrigados a estar eufóricos e bem dispostos.
Muitos planos não correspondem a maior diversão.
 
 Passo bem sem o fogo de artifício, o champanhe, as músicas de sambinha para fazer os comboios, os sapatos finos e as lantejoulas
Prefiro o conforto de caras conhecidas.

Mas não sou esquisita. Também podia passar de chinelos de dedo numa praia.
Quem sabe um ano destes faço uma escapadela para um sítio aquecido pelo sol e não por aquecedores e lareiras, onde faça sentido vestir peças de roupa fluidas e frescas.

Desejos para 2015?
É suposto serem 12.
Mas vou ser poupada no pedir.

Colhemos o que semeamos.
Não há aqui nada de novo.

"Quem semeia ventos colhe tempestades"
 "Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos." 

Espero conseguir lembrar-me todos os dias de semear o que quero colher.

É esse o meu desejo.
Boas colheitas em 2015!
 


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cecília

Chama-se Cecília.
Nunca tinha ouvido a história dela contada na 1ª pessoa.
Na verdade talvez nunca tivesse ouvido a história toda sequer.
A minha Avó Cila tem quase 93 anos.
Só neste Natal, é que a ouvi contar que aos 2 anos, quase 3, perdeu a mãe.
Passaram então quase 90 anos...
Era a mais nova de 3 irmãos. A madrinha de Baptismo (para ela ainda é com P) com quem foi criada não chegou a vê-la casar. E a pena que ela tem disso.
O pai casou segunda vez. Os irmãos cresceram noutra casa.
Lembra-se de um brinquedo pequenino de lata que lhe deixaram no sapatinho há muitos natais atrás.
Talvez sem papel de embrulho colorido.
Um conjuntinho de panelas miniatura. Estimado. As filhas mais velhas ainda brincaram com ele.

Sempre trabalhou de manga arregaçada, alheia ao frio e à geada.
Lembro-me dela apressada, a chinelar de um lado para o outro da cozinha, escada acima escada abaixo, quintal acima quintal abaixo, a responder a todos os "Cila!" e todos os "Avó!".

Sempre usou a palavra "Amor" na sua forma abreviada para "´mor" para se dirigir às filhas e aos netos. Ainda o mantém e expandiu aos bisnetos.

Viu partir muitos.
Sentiu a pior das dores para uma mãe. Perdeu uma filha.
Despediu-se do meu avô com um beijo. Para sempre.

É normal que chore.
É natural que a saudade lhe aperte o coração, que as memórias lhe inundem os olhos.
Disse-me que costumava dizer "Mais amor e menos confiança."
É, para ela, o princípio da educação.
Amor nunca faltou e com a confiança referia-se à falta de respeito, que há tanta hoje em dia.

Fica com os olhos pequeninos quando chora.
Não gosta de estar parada.
Corre menos quintal acima quintal abaixo. Já não precisa de responder apressadamente aos "Cila!" e aos "Avó!".
Ainda faz malha, sentada no mesmo canto.
Agora a respiração acusa o subir das escadas.
O sono prega-lhe partidas de noite.

Neste dia 25 estavam 4 gerações à mesa.
Lembro-me de poucos Natais com ela.
Vi-a rir como há muito não via.
Vi-a chorar. Das saudades, das lembranças, das histórias, das tristezas, das alegrias.
Vi-a chorar de tanto rir. Da felicidade, da companhia, dos embrulhos de papel colorido, da festa que fazem as crianças.
Assim de olhos pequeninos.




domingo, 21 de dezembro de 2014

Querido Pai Natal

Bem, acho que também posso escrever uma carta ao senhor das barbas.

"Querido Pai Natal,



Pode ser de cor violeta por favor.

Obrigada!
Uma mãe.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

50-52 Agora sim é Natal!


Estava a ver que este ano lá se ía dezembro e nós sem decorações natalícias....
Finalmente a árvore!
Um pinheirinho português de ramos verdinhos (até ver!) 
Lá cabem os chocolates, as decorações que trazem histórias e recordações dos tempos passados no jardim infantil, em aulas de expressão plástica, em ateliers natalícios, bonecos dos que nem se seguram porque escorregam pela caruma, meia dúzia de bolas e umas quantas fitas pouco farfalhudas.
Está feita!
 Já temos o tradicional canto da sala ocupado.
Tentei mudar de canto mas as meninas não deixam. 
É ali e pronto. É tradição!

Agora sim já pode ser Natal!

Quanto a restantes decorações ....lá tenho que ir outra vez à garagem.
E espero que o pinheirinho se segure, que uma destas noites eram 2 e tal da manhã e eu andava a ver que teria acontecido...lá estava tudo espalhado no chão da sala, uma rena a abalroar o presépio e metade da terra fora do vaso..
Só precisa que se aguente até aos Reis!




segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mãe babada


Há dias em que tenho pouco que dizer....
Gosto tanto de as ver empenhadas, entusiasmadas, a fazer algo que adoram!
Em suma, é tão bom sentir que estão Felizes!
Hoje, depois de um domingo dedicado à festa de natal da ginástica da AAC, estou assim...em modo Mãe babada!
Coração a transbordar!

  






sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

49-52 ❤


As cenas entre irmãs que me vão deixando louca, as tais irmazices, são mais ou menos constantes.
Depende dos dias, das horas, do que dá na TV e quem sabe até do clima!
Elas na verdade só se inquietam uma à outra por duas razões....por tudo e por nada!

Mas na hora do consolo, em dias em que é preciso um mimo extra...lá no fundo é assim....
Da R para a I.
Num dia em que a mana teve um dia menos bom..

E eu sei que é sincero.
 ❤


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Montanhas


Hoje é Dia Internacional das Montanhas, instituido pelas nações unidas.
Não sabia que existia este dia.
E apesar de desde pequenita me fascinar pelas altas montanhas onde vivia a Heidi com o avô, e o Pedro e as ovelinhas e a Clara que me intrigava na sua cadeira de rodas.... talvez nunca tenha sequer imaginado o bem que me fariam.

Assim como não passo um verão sem mar, também o bichinho da montanha foi crescendo.
Se conseguir uma semana anual para cada um destes opostos sou uma mulher feliz!

A imponência da paisagem de montanha e o seu silêncio faz-nos minúsculos.
Pôr as botas ao caminho.
Dar-lhes pó.
Ter um trilho pela frente.
Um objetivo.
Chegar.
Sentir que não precisamos de muito.
Assistir a mudanças de vegetação, de clima.
Aprende-se o respeito pela natureza.

Por vezes em caminhadas mais longas, dou comigo a pensar e até a dizer bem alto (sim que também me queixo!)
"Porque não somos pessoas normais que passam uma semana de papo para o ar debaixo de palmeiras a beber coktails?!?"
Mas lá no fundo nem preciso que me respondam....eu sei a resposta.
Apesar de adorar mar, e palmeiras e cocktails, e de saber bem o descanso físico.....prefiro ter os pés doridos ao fim do dia mas ter chegado onde só eles nos levam. Ter visto o que poucos chegam a ver. Ter pisado chão onde muitos nunca irão. Canso-me fisicamente. Mas paz de espírito igual não há!






Dezembro onde vais tu com tanta pressa?!?!?!?


Andamos atarefadas.
Este dezembro corre que sa farta!
O feriado do dia 1 fez-me falta.
As semanas ainda são de trabalhos, escurece cedo, está frio e pronto é semana. Não dá para muito.
O fim de semana até foi dos prolongados mas tivemos afazeres, compromissos dos que tem que ser e dos bons, que sabem bem, e também, diga-se, a preguiça tomou conta de alguns bocadinhos.
Houve um feriado mas foi passado em Perlim! Até fomos notícia de capa de jornal!

Não, ainda não fizemos a árvore de natal. A 11 de dezembro!?! Pois. Nunca tal se viu na minha casa!
Pelo menos já temos o pinheiro. Não é nórdico, mas é potuguês! 
E já lá está no cantinho à espera. Pode ser que seja hoje!
♪♬"Amanhã é Natal e nós lá lá lá....temos tudo por fazer!" ♩♫


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

São pérolas!


A R é perita em saídas espirituosas e repentinas, chegando até a ter palavras inventadas por ela.
Aqui ficam algumas das suas pérolas mais recentes.

❄ R queima (ligeiramente) o dedo no aquecedor. Agarra no caderno da escola para ver como se procede em caso de queimadura. Antes que eu abra a boca diz "Mãe, tens que me colocar o dedo em água fria, pôr gelo e aplicar creme gordo!".

❄ R acorda e diz "Há tanto tempo que não tenho uma hemorrogia nasal".
Palpita-me que queria usar outra vez o caderno. "Sabes, tinha que pressionar ligeiramente e colocar um tampão embebido."

E é assim que ela estuda Estudo do Meio. Muita aula prática! Estou para ver quando arranja uma hemorrogia nasal de tanto se assoar, só para aplicar os conhecimentos adquiridos!

❄R na mercearia. A meu pedido foi buscar uma embalagem de cogumelos brancos. Reparei que pegou exatamente na que eu não queria....notava-se que os outros estavam mais branquinhos. Mas eu não podia dizer "Essa não!"....Então, sem que eu dissesse o que quer que fosse, e sem ela olhar para mim, pousou a que tinha e trocou por outra. Pensei inundada daquele orgulho próprio de mães babadas pelas suas crias, "Que crescida que está....já sabe escolher cogumelos....e tal....". Ela chega ao pé de mim munida do ar triunfante de quem realiza uma tarefa com sucesso e sussurra "Trouxe antes esta porque ao agarrar a outra fiz um buraco no plástico"....

❄ R pede para comprar algodão doce cor de rosa, já embalado. Um para ela, outro para a irmã. Digo-lhe que se calhar não vale a pena porque a irmã pode não gostar. "Não faz mal, se ela não gostar como eu!"

❄ Nem sei como porque nem sou grande fã, desato a cantar "Quis saber quem sou..." e a R continua para meu espanto e com voz grossa "O que faço aqui! Quem me abandonou...." . Pelos vistos, a música andava a dar numa novela....

Palpita-me que mais pérolas virão!










sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Tempo de paz e harmonia familiar

Ao 4º dia ía desistindo do calendário do advento...
Que é como quem diz, estava prestes a arrancar tudo da parede!

Isto por cá não é um mar de rosas e estamos loooonge de ser a família modelo.
Há sempre o lado da "tragédia, o drama, o horror!", como em qualquer novela mexicana!
Discutimos, temos pressas, salta-me a tampa, ando esbaforida, berro (aqui que ninguém nos ouve e não me orgulho nada desta parte), as miúdas respondem mal, eu também....
Isso! Tal e qual. Afinal somos uma família normal.
Isto do calendário de atividades não tarda dá-me cabo dos nervos!

"Mãe já escreveste no papelinho!??!" 
 
"Mãe já escreveste no papelinho!??!"

"Mãe já escreveste no papelinho!??!" 

Assim sem exagero, mal vou buscar a mais nova à escola.
Quase esquece a ginástica, os TPC´s e demais afazeres.....

Depois ainda ouço mais uns  

"Mãe já escreveste no papelinho!??!"

"Mãe já escreveste no papelinho!??!" , da mais velha.

E isto ainda é o menos!

Porque às vezes, antes de escrever no papelinho é preciso SABER o que vou lá escrever!

E depois de decidido, conforme for possível encaixar em dias já de si preenchidos, lá vou escrever o papelinho.

Se acabasse por aqui até podia dizer que corria tudo às mil maravilhas.
Mas não.
Veio a parte do "Quem tira o papelinho da mola"; "Quem lê hoje que tu leste ontem e afinal era eu!". E pronto! Ontem depois de uma sessão destas em que a mais nova acabou deitada no tapete a chorar porque a irmã a acusou de estar a mentir sobre quem tinha lido ontem.....
.....lá tivemos que ter uma conversa!
Afinal isto era suposto ser para criar harmonia e tal e coiso.
Hoje é dia 5. Não escrevi o papelinho. Mas "Stress less" é boa ideia!

Acho que no ano que vem faço um calendário de advento só de fins de semana!
Ou isso ou ficamos pelo de chocolate.
Cacau, por favor mantém-te na natureza!


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ai advento advento!


O ano passado fizemos um Merry reading para o advento. E cumprimos a preceito (mais ou menos vá).

Este ano a ideia até veio das meninas e consistia num calendário advento com fator surpresa.
No que as mães se metem.....
Aqui está o nosso calendário advento 2014.

24 dias.
24 molas.
24 papelinhos. (não arranjei envelopes pequeninos, mas cheguei à conclusão que nem é preciso)
Esta parte foi fácil! (Isto é, depois de uma querer as fitas na diagonal outra na horizontal. O normal.)
Falta agora escrever nos papelinhos....
Ainda estão todos em branco, à excepção do dia 1 e 2.
Não apenas devido ao fator surpresa....é mesmo porque aqui a mãe ainda não teve tempo para tudo!



Eu cá bem que gostava de ser a mãe Top que faz cenas fofinhas em crochet, trabalhos manuais com botões e todos os jogos de tabuleiro cá da casa numa só noite! Esta mãe bem que gostava de ter tudo mega organizado e planeado mas também chega ao fim do dia cansada e sei que nestes 24 dias que se avizinham vai haver dias de menor vontade inspiração...
Há dias curtos. Há dias com TPC´s maiores. Há dias com ginástica. Há dias sem jantar adiantado.
E outros em que jantam à hora de ir dormir.
E férias só chegam dia 18 e só mesmo para elas!
Então, dentro do que pode estar por trás de cada papelinho, aqui ficam alguns truques de mim para mim.

- Escrever coisas realmente fazíveis!
- Não elevar as expectativas (pode ser só ler um livro de natal aconchegadas em mantinhas!)
- Mais vale pouco e cumprir.
- Guardar atividades prolongadas (como fazer bolachas natalícias) para o fim de semana.
- Incluir saídas simples. (ver o que há nos programas de Natal da cidade)

E hoje já é dia 3!
Ainda não tenho nada escrito no papelinho!
Ai advento advento!

Natalices

Dia 1 já não é feriado.
Mãe trabalha, miúdas têm escola.
A mais velha tem teste no dia seguinte.
Os caixotes das decorações ficaram na garagem, enquanto se estudam os eclipses e as penumbras.

Ainda assim, sobrou algum tempinho para abrir o mês das festividades natalícias.
É sempre aguardada com grande entusiasmo a abertura dos calendários de chocolate.

Mas o dia 1, que costuma ser o de fazer a árvore de natal, não podia ficar só com um minúsculo chocolate!
Este ano temos uma árvore especial.
E para esta nem foi preciso ir à garagem. Mas foi preciso ir ao baú....aos albuns antigos, às pastas no computador, aos backups da memória....e juntar os nossos Natais. E, já são 16!

Dia 1 foram as colagens.
Dia 2 acabamos a decoração. Pelo menos uma parte....


Ainda não temos a tradicional árvore com bolinhas e demais enfeites, iluminada no canto da sala.
Esta faz-lhe as vezes enquanto esperamos!
Temos a árvore fotográfica, com memórias de todos os Natais, desde que formamos a nossa própria família. Há lá "coisa mai linda"!!!?!?! (Nem sei se vou conseguir tirá-la da parede!)
E tem as minhas estrelas preferidas no topo!



Por várias razões era bom que dia 1 voltasse a ser feriado, quanto mais não seja porque é preciso tempos para todas as natalices!


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Palavra do ano

A concurso para "Palavra do Ano 2014" estão:

Banco
Basqueiro
Cibervadiagem
Corrupção
Ébola
Legionella
Gamificação
Jihadismo
Selfie
Xurdir

?????
Quem escolhe?
Não haverá por ai palavrinhas melhores?!
Porque se caracteriza sempre o que marcou um ano pela negativa?
Eu bem sei que não são tudo rosas. Que há muita coisa que vai mal por cá e por esse mundo fora, mas também já cansa que os balanços do ano sejam na onda degradé cinza-preto!
Eu posso arranjar meia dúzia de palavras mais jeitosas, coloridas, animadoras....enfim...."look on the brigth side of life!"

Turismo
Porto
Vinho
Sucesso
Cante
Coração
Grammy
Voluntários
Cinema
Inovação

E estas até são só para acontecimentos nacionais!
E aposto que se arranjavam mais....
Pelo menos podiam tentar pôr qualquer coisa de mais positivo nas que vão a votação...
Quem sabe até ganhava!




domingo, 30 de novembro de 2014

48-52 - 10 minutos de Sol

É verdade que a chuva faz falta.
Mas não me faz falta quando entro e saio do carro ou quando as miúdas vão para a escola.
Nessas alturas peço sol!
Dá jeito que chova quando preciso de adiantar coisas por casa. Assim não sinto tempo desperdiçado.
E também pode chover de noite!

E lá que o sol muda o nosso humor disso não há dúvida!
Há quem não goste do Outono.
Das árvores despidas. Do pré anúncio do Inverno.
E eu gosto tanto das cores com que se vão vestindo antes de se despirem.
Há quem varra as folhas secas.
E eu gosto tanto de as ver no chão.
Os dias ficam mais curtos.
E eu gosto tanto da luz de um dia de sol de outono.
Num destes dias fui passear.
Foram só 10 minutos de sol.
E ainda havia folhas no chão!


sábado, 29 de novembro de 2014

Ainda é Novembro...

Estou em modo de começar a fazer listas. Muitas listas.
Muitas ideias a precisar de papel para assentar.
Muitas outras que sei que não passarão do papel.

As árvores de natal naturais só chegam ao horto dia 9....inundações em Itália!
(Mas o que aconteceu à venda feita pelos bombeiros!?)

Este ano tenho em vista uma árvore diferente, para além da tradicional, que desta não escapo.
Também estamos a pensar num calendário do advento diferente, mas o de chocolate ninguém dispensa, e antes que o cacau esgote na natureza, lá mantemos a tradição.

Começo a ter coisas fora de sítios óbvios para que sejam surpresa para as meninas....umas aqui, outras por ali....
Chego a escondê-las tão bem que já me aconteceu só as encontrar no Natal seguinte.

Hoje apetecia aproveitar o sol.
Saí a pé para comprar pizza e pipocas para jantar de sofá e filmes com as meninas.
Reparei nas cores do céu.
Comprei envelopes, um livro natalício e sei lá.

Vim para casa a comer o novo Swirl Natal, com arroz doce e canela.
Mudança de planos. Esqueci-me das compras. Já não há pizza para jantar. Em vez de pipocas serão castanhas!

Desejaram-me um "Feliz Natal". Às 17h30 do dia 29 Novembro.
Não estou preparada! Não respondi.

Diz que o Pai Natal chega amanhã às 16h.
Acho que passo.







sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PPC 2014 - Bora lá trocar postais de Natal?


Ando cansada de a minha caixa de correio, aquela a sério, não a do email, estar sempre cheia de panfletos das mais variadas promoções de supermercados, de publicidade a clínicas dentárias e de estética, a canalizadores e serviços de adivinhação, de contas para pagar e de envelopes impessoais.

Tenho saudades daquelas cartas que vinham dentro de envelopes manuscritos, com selos a sério.
Falta-me aquela sensação de receber um postal de Natal e pendurá-lo perto da árvore. Fazíamos isso em casa dos meus pais, e a quantidade recebida foi diminuindo consideravelmente. Aqui na minha casa são raríssimos os que recebo. Tradições que se perderam....é mais fácil o postal virtual, o sms....

Então vi esta  ideia de trocar Postais de Natal por este País fora, e arredores neste blog Quadripolaridades.
A ideia tem nome. É o Polar Postcard Crossing - PPC, que já ultrapassou os 1000 inscritos!

As regras do PPC 2014 estão aqui.
Se clicarem no selo na barra lateral vão direitinhos à página da inscrição. Fácil! O prazo é dia 30 novembro!

Bora lá trocar Postais de Natal este ano e mudar a correspondência que entope as caixas de correio?
Também vale para as crianças!
As minhas já estão inscritas!



Estupidificar

Quando olho para as minhas meninas a ver os mesmos episódios de séries vezes sem conta, ao ponto de saberem algumas falas de cor (bem, algumas cenas até eu já sei!), costumo dizer que qualquer dia estupidificam a olhar para a TV.
Não tenho nada contra verem TV (com conta peso de medida), mas faz-me confusão serem sempre os mesmos episódios.

No nosso tempo tinhamos que esperar pelo fim da tarde da RTP2 ou pelas manhãs dos fins de semana, e mesmo nestas tinhamos que aguardar pacientemente que acabassem os desenhos animados que não gostavamos para ver o que vinha a seguir. À noite então só mesmo o Topo Gigio antes de ir dormir. Cassetes VHS com filmes infantis era quase um luxo.

Agora está tudo ali à distância de um click no comando, ou do DVD de tudo e mais alguma coisa.
A oferta é do mais variado que há, e a toda a hora. E talvez por serem tantas as opções ainda me faça mais confusão verem o mesmo.

Quando chegamos do Peru contava à I partes da viagem, já que ela gosta de saber como eram os sítios que visitamos, o que vimos, o que fizemos. Falei de Machu Picchu, da civilização Inca, de Cusco....
De repente ela diz, há já ouvi falar disso, numa série do Disney Channel, sobre um imperador Inca de nome Kuzco.... Na verdade até já tinha visto parte desta série, ou filme, mas nunca me ocorreria fazer esta associação....

Depois falei da Alpaca, animal típico da região dos Andes, semelhante ao Lama, mas que tinha uma lã mais macia.
E mais uma vez, ela dispara que já tinha ouvido falar nisso na série do Austin & Ally.
Aqui pensei que ela me estava a dar tanga. É uma série de uns miúdos que cantam, não tem nada a ver com o Peru, nem com mamíferos de pelagem longa e macia....
Mas ela lá explicou, e então tinha a ver com um casaco fofinho feito de lã de Alpaca!

E lá levei com o ricoxete:

"Estás a ver mãe como as séries não estupidificam!?"


Aqui temos a Alpaca, a de franja mais comprida. 
Vale Sagrado.







quinta-feira, 27 de novembro de 2014

47-52 Livros especiais

Todas as semanas a R traz um livro da Biblioteca da escola.
Lá vai escolhendo dos que estão disponíveis e indicados para o 3º ano.
Os critérios dela para a escolha vão variando: ora é pelo título, ora pela ilustração, ou porque algum amigo gostou, ou apenas porque tem poucas páginas...
Esta semana foi o "Tio Lobo".

Nunca a vi tão entusiasmada com um livro.
Adorou ler a história. Sim, que agora o objetivo não é lermos para ela, é ela ler para nós.
Leu a mim, leu ao pai, à irmã.
E repetiu! Para nós e para ela!
Se calhar porque havia um Lobo que era Tio, que estava de cuecas. Porque gostou do nome da menina, a Carmela, que até fez uns bolinhos de excremento de burro, para enganar o Tio Lobo.

Diria que foi o primeiro livro que leu de facto com vontade!
E é assim que os livros e o seu fascínio vão entrando na nossa vida.
E é assim que lhe tomamos o gosto e percebemos a companhia que fazem.

Benvinda R ao mundo mágico das histórias escritas.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Alerta!


Um destes dias numa superfície comercial não muito longe de mim deparei-me com 3 limas a pesarem 600g e 2 pepinos uns jeitosos 1100g!!!!

Bem, das duas três, ou é a fruta/legumes que pesa muito ou as balanças têm o prato mal calibrado....
Ou, como diria a minha avó "Isso é ladroagem que aí anda!"

Lá comentei com a menina da caixa, ela encolheu os ombros em sinal de "não sei de nada", mas acabou por pesar tudo outra vez, tal era a estranheza da situação.... Então não é que afinal pesava tudo exatamente metade?????
Ela disse que se calhar era alguma coisa encostada ao prato...não sabia bem o que tinha acontecido.
Pedi desculpa à senhora atrás de mim na fila, pelo tempo de espera, mas ela estava como eu, misto de indiganção com espanto, e até me agradeceu!

Estranhei é que em ambos os casos o peso que aparecia para eu pagar fosse o dobro, assim certinho, nem grama a mais nem a menos.
Dá para desconfiar não?!
Não costumo reparar bem nisto, talvez já tenha acontecido até mais vezes, mas desta vez foi demasiado evidente...3 limas, 600g?!? 2 pepinos, 1kilo e 100g?!??!?!
Tinham que ser umas grandes limas e uns grandes pepinos!

Pode ter sido só azar meu, ou uma mera coincidência, ou um problema pontual da balança....mas a sério que não me pareceu nada assim de causa natural.
Não lhe queria chamar roubalheira, mas não vejo outro nome....
É de ficar definitivamente mais atenta!




sábado, 22 de novembro de 2014

Trocas e baldrocas

A I, depois de 47 dias de aulas, foi informada que entram em vigor na próxima semana alterações ao horário e à lista de professores da turma.
Felizmente troca apenas 1 professor.
Felizmente a mudança no horário é apenas de ordem das disciplinas.

"Felizmente"...

Fico a pensar o que acontecerá à professora que sai.
Fico a pensar que ainda bem que as alterações para a turma da I nem são assim tantas.
Fico a pensar que estou  no leque dos sortudos porque ainda assim tem aulas a tudo desde o dia 16 setembro e apesar das alterações continuará com aulas.

Será suposto começarmos a aceitar que o que corre menos mal no ensino já é muito bom?

Mudanças de horários e professores quase no fim do 1º período?
Nunca vi!
Ninguém entende estas trocas e baldrocas!


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Factos - 3


Sempre que adianto o jantar afinal não era preciso.

As crianças tentam fazer sozinhas o que não é suposto, tipo pegar em facas com serrilhas gigantes para cortar pão, mas as coisas simples, como calçar as meias, dizem "não consigo!"

Há pessoas que vêm na nossa direção e temos a sensação que se não formos nós a desviar da rota prevista, nos darão mesmo un encontrão.

A torneira com sensor a que nos dirigimos nas casas de banho públicas nunca funciona.
(mas há dias pousei a carteira num lavatório e zás.....era logo uma torneira sensível e a carteira estava aberta!)

No meu tempo Plutão era um planeta, não um anão.

Tenho saudades de me pedirem para pôr no carro o CD do Coro de Stº Amaro de Oeiras, e cantar em conjunto "A todos um bom Nataaaaaaal!"

Os pais de meninas são sortudos. Nunca precisam de se levantar num restaurante para ir com elas à casa de banho.

Os 50% de desconto em brinquedos já me passa ao lado.

As minhas crianças nunca tiveram dia do pijama. (Só mesmo em casa!).








quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Magia


Se eu tivesse uma bola de cristal...
Não sei se queria adivinhar o futuro.
Talvez não.
Mas queria poupar-me a medos.
Deixar de pensar nos "E se?..."
Ou de imaginar as respostas.
Gostava de parar algumas ansiedades.
De ter certezas.
De saber que nunca teria certas dores.
Daquelas que nem se imaginam. Nem se quer.
Das que tenho medo de saber mais, de perguntar.

Talvez não precise de adivinhações.
Mas há dias em que os medos me assaltam.
 Tomam conta dos meus pensamentos.
Há dias em que trago apertos.
Não compreendo. Não entendo os porquês.
Dias em que certas perguntas não me saem da cabeça.
Em que precisava de respostas.
Dias em que espero boas notícias.
Dias em que já não quero ouvir mais.

Eu não queria conhecer o futuro.

Só precisava de um bocadinho de magia.
E acreditar!


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Cruzadas


TPC, 3º ano, R

Num cruzadex:

Masculino de profetiza  
(Profetiza?!??! Não haverá palavritas mais usuais? Eu manifesto a minha ignorância mas só ouvi falar em profetas. Até achei que ela estava a ler mal e queria dizer profecia....já me estava a preparar para dizer que não existia masculino disso!)

Maculino de cabra
 (Ora bem....a 1ª palavra que lhe ocorreu foi uma que não tem 4 letras...a ela e não só!)

Digamos que nunca me ocorreria cruzar estas duas palavras, ou seus masculinos, no mesmo cruzadex.
Estranhezas da Língua Portuguesa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Motivos e Pretextos


Umas vezes precisamos de motivos. Ou procuramos.
Outras arranjamos pretextos. Entraves. Só nossos.
E depois há horas de certezas. As que sentimos.
Sento-me numa mesa onde os motivos e pretextos se juntam á minha frente.
Ficam ali especados. E eu a olhar para eles.
Se dúvidas havia, esfumam-se em segundos.
Continuo a gostar deste sítio, onde estranhamente vou pouco.
Da última vez fui beber um café com tempo que sobrava. A mesa era outra.
Desta, o tempo escasseava para o tema que dominava a conversa.
Quando os motivos nos fazem sentido, os pretextos acabam-se.


domingo, 16 de novembro de 2014

46-52 S. Martinho

Desde que me lembro que é assim na casa dos meus pais.
Sempre que havia castanhas assadas, eu e a minha mãe descascávamos todas e só no final desse processo escaldadiço é que se podiam comer.
O meu pai lá ía roubando uma ou outra, e nós também...

Agora repetimos. Elas preferem descascar todas primeiro.
E o pai lá vai roubando, uma ou outra, e nós também...



sábado, 15 de novembro de 2014

Um sábado

Hoje

Sismo em Lima. Cai-me a unha do pé, aquela que magoei no Perú. Já passaram quase 3 meses. Prometo não mostrar, mas só digo que ainda bem que não é verão para andar de chinelo. Feio. Muito feio. Ainda assim preferia calorzinho e abandonava facilmente botas e meias. Prometia esconder o dedo.


Manhã lenta e pachorrenta. Não há café. Umpf!
Meninas pedem panquecas. Faço.
Almoço.
Faço um bolo.
Depois da saga de não ter máquina de lavar roupa, ponho roupa a lavar.
Arrisco. Espero que o vento a seque antes que chegue a chuva. Não! Umpf!
Andei a brincar ao esconde esconde com o S. Pedro, ou melhor ele comigo. Eu estendia a roupa, lá era o dilúvio, tirava a roupa da corda vinha o sol. Dada a timidez deste astro, desisti da brincadeira e lá fui brincar aos filmes americanos das lavandarias automáticas. Não sabia que isto tem horas de ponta. Cheguei mesmo a tempo. Logo depois de mim fez-se fila!
Cada ciclo de secagem 14 minutos, 1,40 euros.
Não tenho nada para fazer. 14 minutos.
Faço contas. Dá 10 cent por minuto de ar quente.
Compensa. Em vez disto era o estendal dentro de casa mais de 3 dias, a roupa espalhada em aquecedores, e depois geralmente ter que lavar tudo outra vez porque fica a cheirar a mofo.
Começo a ler os avisos de utilização e estou capaz de jurar que tenho lá peças de poliéster....
Mas pronto, fica tudo à minha responsabilidade.
Leio o jornal. Ouço rádio. Dobro cuecas.
Lá me entretenho. Desejava ter um dos tais livro dos adolescentes. Já tinha dado jeito....Umpf!
Saio, com uns belos kilos de roupa seca, 3 ciclos de secagem depois!
Pelo caminho ainda vou comprar fruta. Só fruta!Saio de lá com 3 sacos. Pesados. Como é que isto acontece sempre?!?!?!?
Estaciono. Agradeço viver no 1º andar de um prédio sem elevador.
Carrego os sacos em duas levas.
Pelo menos tenho quem me traga as miúdas da ginástica.
Devoro um diospiro.
De repente, é hora de jantar. Sugiro pizza. Porque gostam. Porque pedem muitas vezes. Afinal hoje preferiam outra coisa..... Como é que isto acontece sempre?!?!?!?
Não gosto das notícias de tempestades de neve. Nem das de lá de fora nem das de cá dentro.

Sentei-me agora no computador.
Afinal, vamos ver o Chef´s Academy.
E lá foi um sábado...Como é que isto acontece sempre?!?!?!?

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Serei a única?

Anda por aí um anúncio de que não gosto nada....
Talvez não me apeteça dizer o nome da empresa mas o conteúdo tem a ver com umas crianças que guincham pelo progenitor porque aparentemente disputam tudo entre elas sem chegarem a um entendimento. A solução apresentada é adquirir o mesmo objeto para cada uma das meninas acabando-se assim a confusão e reinando a harmonia na família. Final feliz!

Ora eu acho que está tudo mal aqui....
Para começar acho que chamam o progenitor errado. As minhas chamariam a "Mãe!!!!!"E acho que não é só na minha casa....
Também tenho miúdas que disputam as coisas, mas ai delas que me fizessem uma cena daquelas em público ou sequer em casa. Bem tentam às vezes, e raramente resulta.
Depois acho-as já crescidinhas para aquele tipo de birra.
Onde está o aprender a partilhar?
O comprar apenas uma coisa para as duas?
O jogar vez à vez?
O emprestar uma à outra?

Sempre ouvi dizer que o pior é ceder nas birras.
O que acontece no anúncio?! Compram-se 2 coisas, uma para cada uma, para ficarem caladinhas.
Pois, assim não há birras. Ambiente tranquilo.
Mas terão as crianças aprendido alguma coisa com aquilo!?
Sim. Aprenderam que para a próxima guincham novamente pelo progenitor.

Bem, até as minhas crianças acham estranho e pouco educativo!
Sim, tudo bem, é apenas um anúncio ao produto, não pretende passar nenhuma mensagem subliminar de comportamentos.... nem ser um exemplo de psicologia de educação parental....digo eu.

Mas irrita-me pronto.
Coisas de mãe.

O que me espera...


Falta-lhe um ano em idade mas sinto que já lá estou, nesse mundo estranho que é o da adolescência...
Sinto-me desorientada porque nem sei como aqui cheguei tão depressa....
Noutras idades delas lia várias coisas sobre desenvolvimento das crianças, etapas da vida do bebé, e mais matéria nessa onda ...mas nunca me tinha ocorrido folhear o tema da adolescência...achava talvez que andava longe disso.

Sem planear dei por mim a espreitar o que havia por aí, sem compromisso.
Saltaram-me à  vista estes:
"O grande livro do adolescente" por Mário Cordeiro e "Psicologia do adolescente" editado pela Gulbenkian.

Foto a uma prateleira na área da Psicologia, numa FNAC por aí.

Pela espessura das lombadas presumo que deva ser mesmo a fase mais complicada...
Desanimei. Desisti de os abrir.

Lembro-me agora que já  nos 11 notei alguns sinais invasivos da pré adolescência.
Isto vai chegando devagarinho.
Se a adolescência começa aos 13, a pré não sei bem quando será, mas ela anda aí.

Pensando bem, identifico bem os sinais. Também por lá passei.
Reconheço aqueles revirares de olhos, o voltar costas a "bufar", o emburrar, o encolher os ombros como se ninguém no mundo nos entendesse.
Talvez por isso me assuste tanto.
Porque sei que é um território movediço.

Tenho medo de não lhe chegar. De não entender os dramas e as mudanças de humor. Ou de nem saber deles.
Alguém disse que era apenas uma fase em que aparentemente os perdíamos por uns anos, para voltarem depois.
Tenho medo.
Medo de passar a ser a mãe cota. Chata. Cheia de opiniões às quais ela fará "ouvidos moucos".
Medo de deixar de a conhecer. De a estranhar.
Não estou preparada para a perder por uns anos. 
Tenho medo que ela se feche em copas no tal armário tipíco da idade, por detrás da porta.
Medo de deixar de ser a confidente. De passar a outro plano.
Mas sei que haverá sempre um mundo só dela. O da privacidade, onde as portas se fecham mas ela está lá.
Sei que não é suposto ser a amiga.
Sei que serei sempre a mãe.
E ela sabe que é esse o meu papel, conflitos de gerações à parte.
Mas não queria errar.
Ou confio no instinto maternal ou desato a ler. Tenho é que começar já!!!!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

45-52 - Só para mim


Se é raro estar por casa sozinha, mais raro é não ter companhia à hora de jantar.
Estava quase para resolver isto com uma tosta ou uma taça de cereais.
De repente fez-se luz!
Sashimi!
Eu, que dizia que não era fã disto do peixe crú, dei comigo a pensar em sashimi!
Num ano e picos passei de descrente a sushi lover!
Encaixa aqui bem o famoso "Primeiro estranha-se depois entranha-se".

Receita:
Salmão crú fateado
Cebolinho fresco
Molho de soja
Pauzinhos (imprescindível!)

Jantar pronto em 5 minutos.
Não será o mesmo que ir a um restaurante japonês com amigos, mas é bem melhor que uma tosta!

Quem me dera que cá em casa fossem todos adeptos. Facilitava bastante a logística de algumas refeições.
(Sushi já não, que demora muuiiiito tempo a enrolar tudo direitinho no arroz e tal)

Soube-me pela vida!
Só faltou mesmo um bocadinho de gengibre.


"Ter amigos é tão bom"

Começa assim uma música que as minhas meninas cantavam no Jardim Infantil.

"Ter amigos é tão bom, é tão bom!
Eles são tudo para mim, para mim!
A amizade é tão bela
A amizade é um mundo sem fim"

E é verdade.
É bom ter amigos.
Que nos conhecem bem.
Que "perdem tempo" connosco.
Que estão lá.

Cheguei a casa e tinha um mimo que chegou pelo correio.















Um cinto?



Podia ser. Mas não.















Uma fita para a máquina fotográfica!!
Diferente. Colorida. Padrões hiper giros!
Mesmo a minha cara.


















Ter amigos é tão bom!
Não porque nos dão coisas....mas porque nos conhecem e nos mimam.
(Caras amigas adorei!!!)



terça-feira, 11 de novembro de 2014

TPC para mãe


Calha a todos.
Volta e meia lá tenho este TPC. A isto chama-se mãe solidária. A criança tem TPC a mãe também.
Felizmente a verificação tem-se revelado infrutífera nos últimos tempos.

A primeira vez que vi um papel destes, talvez há uns 4 anos, só falava em "casos de pediculose".
Como não sugeria verificar cabeças tive que ir ver à net, estranhando o nome de tal doença que já tinha feito alguns casos....

Parecerá mal chamar-lhe "piolhos"?

Depois de uma saga em que nem eu escapei e tive que verificar a minha própria cabeça e de um ano em que a minha maior despesa em farmácia foi em shampôs, sprays e afins para combater esta praga, o couro cabeludo deve ter criado alguma resistência e temos andado longe destes seres.

Inchalá assim continue!
Lá vou eu verificar a cabeça da aluna.
(Estou em crer que muitos não saberão ao que vão à procura neste processo...)

Quem conhece a R e os seus vastos caracoís sabe bem que isto não é tarefa fácil.
Bem que mereço algum descanso e a cabeça da miúda também!



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

44-52 Pequeno almoço

01.11.2014

Este é o 1º depois de entrar nos enta! 41.

Dizem que a vida começa aos 40. Eu não acho.
Gosto da idade que tenho. Gosto muito muito do que vivi até aqui.
Não estou em jeito de balanços, mas ando com sistema de filtros ativado.
Dos 40 só me chegam à memória momentos bons.

Concretizei sonhos.
Reencontrei velhos amigos.
Estive em lugares onde nunca tinha estado.
Aconcheguei.
Abracei.
Conversei.
Escrevi.
Ri.
Amei.
Tive saudades. E ter saudades pode ser bom.

Decidi começar o dia com um pequeno almoço quase à hotel.
Para me mimar. Para dar mimos.
Faltaram flores na minha mesa.
Por estes dias esgotam. Por estes dias não gosto de as comprar.
Acho que os meus mortos me perdoam não lhas levar no dia que passou a ser também meu, apesar de ser de todos os santos.

Estou em paz com os meus cabelos brancos e pés de galinha.
Estaria mais em paz se fosse feriado como sempre foi, porque imagino que isto de mimos destes em dia de trabalho é mais difícil!

Estou de bem com a vida.
E esta, não pára de me surpreender.

Aos 40, descobri muito.
Muito até no que é simples.
Afinal, até gosto de abacate.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

43-52 O meu mar


Preciso de mar quase como do ar que respiro.
Este é o mar que esteve sempre lá, por perto.
Que trazia barulho de fundo, cheiro a maresia e um vento gelado. Quase todo o ano.

Um destes dias de outubro, ainda de horário de verão, esteve assim.
26ºC. Sem ponta de vento.
Pôr do sol ameno. Sem casaco.
30  minutos de pausa. A sós comigo. 
Um conjunto de coisas raras.
E enquanto houver mar estará sempre na minha lista de coisas simples.
O mesmo barulho de fundo. O mesmo cheiro a maresia.

Há 12 anos que fui mãe.

05.11.2014

Há 12 anos que fui mãe.

Eram 20h15 mais minuto menos minuto. Não sei ao certo.
Não me lembro se chovia nem se tinha sido um dia de sol.
Mas sei que era um dia claro.
Sei que chorou logo, e pesava 3.460Kg.
Sei que a vida mudou naquele instante.
Sei que quando a levamos para casa estava sol.

Tantas palavras ganharam novo sentido.
Mãe - Pai - Filha - Família - Casa

Há 12 anos que sou mãe.
Não os trocava por nada.
Ontem esteve sol!
Tenho um imenso orgulho na minha miúda de 12 anos.

Sinto que cresce em cada dia que passa.
Gira por fora, e LINDA por dentro!
Parabéns I pelo tanto que és!



terça-feira, 4 de novembro de 2014

42-52 A walk on the wild side


Decidimos ir a pé.
No regresso seguimos por um atalho.
A R quis prolongar o passeio. 
Em vez de um atalho transformou-se numa volta maior.
Mesmo no centro da cidade ainda há lugares assim.
Mini trilhos escondidos por entre os prédios.
Bocadinhos de verde.

Obrigada R por me convenceres a passear!
(Ela que ainda há pouco só pedia colo sempre que punha um pé fora da porta!)
Valeu bem a pena! 
20 minutos de rua; céu a ameaçar chuva; terra nos pés.
Baterias recarregadas


Bolinhos bolinhós... a dobrar!

A minha I nunca gostou de se vestir de bruxa.
Sempre preferiu outros seres que povoam esta noite assustadora, como fantasmas, o gato preto da bruxa, roupa preta com alguns acessórios.
Mas ainda assim todos os anos tenho a mesma dificuldade: Por mais que tente pô-las feias, o raça das miúdas ficam sempre giras!!!

A R podia ir vestida de ser assustador para a escola, dia 31 outubro.
Lá foi ela, de bruxa, como habitual. Este ano de manga curta e sem collants!!!




Mais à noitinha, ainda houve tempo para cumprir a tradição e cantar pela vizinhança os bolinhos bolinhós.
"Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À porta da bela cruz
Truz, Truz!
A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de vir cá fora
Para dar um tostãozinho ou um docinho"
Quando abrem a porta:


"Esta casa cheira a broa,
 Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho."
Quando não abrem a porta:

"Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto"

E no final da 1ª volta, dividiu-se o tesouro irmamente!



Ainda me convenceram a convidar umas amigas para repetir as cantorias no dia seguinte.
"Oh mãe a sério que não te importas?!? Mas são os teus anos!!"
Eu sou fácil de convencer. Elas sabem! Sendo o dia dos meus anos ou não.

A cozinha teve direito a ambiente próprio da noite. Surpresa!

O bolo com a forma emprestada de uma amiga!
(Esta abóbora ficou meia sardenta)


A abóbora menina tranformada em carantonha iluminada.
(este ano esgotaram na mercearia do bairro!)



O esqueleto que serviu para estudar os ossos ao qual já falta o maxilar inferior e tem uma clavícula que não encaixa bem....ossos do ofício!
Uns sacos pretos do lixo, teias de aranha e aranhas de plástico completaram o cenário.


Sobremesas que outras mães levaram para ajudar ao ambiente!
(Talvez porque me acharam louca corajosa...)
Este cemitério com ratos é fabuloso!



E pronto, as bruxas grandes e pequenas, os vampiros, as bonecas zombies, gatos pretos, e outros que tais num total de 15 (!!!) (divididos em 2 grupos conforme faixa etária), sairam à rua numa noite assim.