sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cartões há muitos....

E a qualquer lado que vá:
"Tem cartão cliente?"

Olhe nem sei que lhe diga? Devo ter...
É virtual? É mesmo um cartão? De que cor é?
Tenho um monte deles.
Quase me apetece fazer como aqueles idosos que já não vêem bem e deixam, à confiança, que lhes tirem as moedas do porta moedas, para facilitar os trocos. Tome, esta é a minha bolsinha de cartões, escolha.

Depois em alguns casos basta dar o número de telemóvel, outros já é pelo BI, outros pela morada....
Outros, e apesar dos avanços tecnológicos, sem cartão nada feito.

Salvo raras exceções, aquilo lá acumula uns cêntimos volta e meia que talvez nunca venham a ser utilizados.... ou então nunca chego a acumular em compras o exigido para ver algum desconto no prazo estipulado.

E há os cartões que acumulam realmente qualquer coisa e sabemos que estão lá meia dúzia de tostões. Um dia decidimos usar. "Ah, expirou. Lamento. Não foi informada da alteração das condições para utilização?"

E até numa loja chinesa já fui albarroada com a pergunta "Tem cartão cliente?".!!!! E tumba, leva mais um retângulo de plástico Super China poupa mais, para a carteira.

Há também os chamados provisórios, em papel mais fino, que nunca sobem de estatuto para definitivos.

Associados aos cartões chegam estranhos sms´s, mesmo tendo a certeza que fiz uma cruzinha na parte do não pretendo receber publicidade. Um destes dias recebi um SMS do REI! Até parei para ver bem....era o dos frangos....

Tenho cartões que nem sei porquê nem para quê, e na verdade apesar de os usar sempre nunca percebi a vantagem. Há lojas onde já nem entro mas mantenho o cartão e chego a ter duas versões do mesmo cartão.

São 17 os cartões de lojas numa bolsinha, sem contar com os repetidos e excluindo supermercados!

Só me safo de cartões de cliente na mercearia do bairro, onde ainda podemos deixar na nossa conta a despesa, com o nome "vizinha", onde as meninas podem ir fazer uns recados e pôr na conta da mãe. Isto sim, é ser cliente.

E já nem falo daqueles dos carimbos das refeições, dos gelados ou dos frangos de churrasco!!!

Realmente cartões há muitos...

Chego a sentir-me palerma...















quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Dias de hoje

O jantar ocupa 3 bicos do fogão.
Tocam à campainha enquanto corto legumes para o porquinho da Índia.
O N trouxe o recado de quem era.
 - "Há muitos anos que não ouvia isto", disse quando entrou na cozinha.
-  "O quê", perguntei?
- "São pobres a pedir".

Ele disse assim porque foi também assim que se anunciaram quando ele perguntou quem era.
"São pobres a pedir"

E a nossa casa cheirava a aconchego. A sopa acabada de fazer. A mesa posta.
E eu a cortar legumes para o porquinho da índia.
E a R a perguntar o que era o jantar....a dizer que não gostava lá muito daquele tipo de arroz...

Geralmente a campainha perto da hora de jantar é sinal de representantes das várias operadoras de telemóvel, e querem saber qual temos, quantos telemóveis há, quanto pagamos, se temos internet no pack e telefone fixo.
Já passou também a fase dos que tocavam para perguntar se acreditavamos no fim do Mundo e no seu Salvador...ou se queríamos ser sócios do Círculo de Leitores.

Não me lembro de alguma vez nesta casa terem tocado à campainha para pedir.
Não sei o que lhes disse o N. Talvez que agora não era boa altura.

Fiquei a pensar. Quem seria. Quantos. Podia ter dado comida. Roupa. Calçado. Cobertores.
Mas depois....Seriam honestos? Poderíamos abrir a porta e acreditar no "somos pobres a pedir" e nas boas intenções que desperta esta frase?
Estava muito frio lá fora.

Lembrei-me logo do conto que mais me impressionava em criança (logo a seguir ao desenho animado do Marco e do abandono da mãe que foi num barco para a Argentina)...a Menina dos fósforos.
Ainda hoje o acho demasiado triste, talvez por ser tão posível, por não conter o mundo imaginário das fadas e duendes ou animais que falam e principalmente porque não se transforma num final feliz no último instante. No conto original de Hans Christian Andersen, de 1845, ninguém convida a menina a entrar na casa iluminada, aquecida e com uma família em redor de uma mesa posta, que ela vê da rua.

Nestes dias, os de hoje, quantas meninas dos fósforos existirão por aí?


Hoje, enquanto reli este conto encontrei uma versão com este final, quase original, como lhe chamaram.

"Foi por isso que não viu dois braços energéticos, mas carinhosos, correrem na sua direção. Quando acordou, estava numa cama bem quentinha. Todos olhavam para ela com muito amor. Agora tinha uma nova família que a adotara. Naquele lar, o amor tinha acendido uma nova chama, que nunca mais se iria apagar"

Apeteceu-me acreditar que a história acaba assim. Esta e tantas outras.





terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Então e ninguém avisa?!

Aos domingos de manhã faço uns minutos de companhia à R no sofá. Uma preguicite conjunta.
Ela aproveita os acordares mais tardios da irmã para ver os canais mais infantis júnior.
Assim de repente levanto o sobrolho e qual o meu espanto está o CALIMERO no ecrã!!!!!!

Saco do telemóvel para registar o momento. (modernices)
A R fica a olhar para mim com o tal ar "A minha mãe não está bem...."

- R, tu sabes quem é o Calimero?!

- "Sim, eu costumo ver..."
"Queres que faça pausa para tirares melhor a foto?" (outra modernice)
"Não sabia que gostavas assim tanto de desenhos animados!"

Não é bem um gostar.....é uma parte da minha infância ali à minha frente!
Então o CALIMERO dá na TV e ninguém me avisa!??!?!
Serei a única a não saber disto?

Claro que agora está mais produzido, as cores mais vivas, a música já não é o que era, já não fala italiano e nem o ouvi dizer com beicinho que é uma injustiça....mas era o Calimero, versão melhorada e dobrada.

Na verdade, não me lembro de nada a não ser da música, do seu capacete de casca de ovo e do ar infeliz. Na minha memória a música é em francês mas a frase da injustiça é em italiano...
Já lá vão uns anitos...

Se alguém souber que dá o Topo Gigio avisem-me!!!!



domingo, 22 de fevereiro de 2015

E sei que vou ter saudades!


Segue-me como uma sombra.
Dizem que os rapazes são muito agarrados às mães.
Bem, se fosse esse o caso, então nem sei como seria.
O pai diz que ela se calhar quer voltar para donde veio.

Enquanto faço o jantar senta-se à mesa, na cozinha.
Faz os TPC, canta e trauteia músicas, umas conhecidas, outras inventadas.
Desconcentro-me a medir as mãos de arroz, enquanto respondo aos tempos dos verbos.
Começo a pensar que ando a perder a capacidade de fazer mais do que duas coisas em simultâneo.

Tende a perguntar para que divisão da casa vou para saber onde há-de ir, estar e ficar.
Gosta que alguém vá com ela à casa de banho. Talvez por isso ache que eu também gosto.
Prefere companhia no sofá. TV significa aconchego e mimos.
Quer ajudar na cozinha, mas geralmente naquilo que me dá menos jeito. Coisas banais como pôr a mesa não a cativam. Arrasta as cadeiras para chegar aos armários.

E do meio do nada, qualquer papelito serve para escrever coisas deliciosas.
Daquelas que de repente me calam quando perco a paciência por achar que não me larga um segundo.


(Enquanto escrevo isto - e só me sentei agora no computador!!!!!! -  estou em simultâneo a responder a enigmas do jogo do tablet que ela está a fazer ao meu lado. Já parei, li e reli isto mil vezes e de vez em quando ouço assim. "Quando puderes olhar....". Já estive a ver se alguma coisa lhe tinha entrado para o olho porque arde, respondi se pode comer cereais, mostrei como se escrevem meia dúzia de palavras em inglês noutro jogo...e ainda vamos deitando olhos e ouvidos ao programas de domingo à noite)


E as saudades que vou ter disto?!?!?
R, mereces tantos papelinhos destes... e todo o meu tempo!
Prometes que ficas por aí?
Eu fico.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Cenas que me intrigam e não são intrigas


Porque ando a receber emails para ganhar 300 euros em relva natural?!??!
Não sei quanta relva dá 300 euros, mas às tantas mudo o piso cá de casa.

Condutores que atravessam as rotundas em linha reta em hora de ponta. Terão elas espelhos retrovisores ou é só para o pico da adrenalina?

Estão 10 graus na rua (ou menos!). Uns usam cachecol e casaco apertado, inserindo-me eu neste grupo e nem me considero muito friorenta, outros andam de manga curta.

Para quê programas para discutir os resultados e os casos dos jogos de futebol ??! O jogo já foi. Não há nada a fazer. Ganha quem marcou golos. Basta, não?! Não vejo programas para discutir casos do golf, ou ténis, hóquei, andebol.....e podia encher mais duas linhas só a enumerar desportos!

Acumulo trinta mil talões no porta moedas/notas e/ou carteira. Quando preciso de fazer uma troca ou pôr gasóleo, esses são sempre os que me faltam!! Apre!

Intrigam-me pessoas (mães) tão inventivas que até engendram esquemas para lavar as peças de Lego. Isto não são mães...isto é o Macgyver! E sim, isto é real! Colocam as peças de Lego naquelas redes para as meias não se perderem e lavam na máquina de lavar roupa!!!!!!

Ao grupo junto as donas de casa que põe despertador para ligar a máquina de lavar às 6 da manhã para estenderem a roupa antes de sair de casa.

Ele há tantas cenas que me intrigam!





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Coração de irmã


A R escolheu "O livro dos Corações" na Ludoteca.
Em casa começou a folhear e a descobrir os diversos corações, antes de se dedicar à leitura.
Primeiro vem o coração do pai, depois o da mãe.
E a seguir o de irmã, pensava ela.
Mas o livro enganou-a.
Era o do Avô. Seguiu-se o da Avó.
"É agora", dizia ela. "Agora é que vem o da irmã!"
Mais uma vez foi enganada.
Era o do irmão.
Ela, ainda esperançada virou a página. Era a última.

E não é que termina com o coração de irmão!?!!

"Falta o de irmã!" 
"Oh, agora não me apetece ler este livro!

Reclamação: Senhores autores, então não há coração de irmã?!?!?


Mais tarde, contei à I esta desilusão da R, pela falta de um coração de irmã no Livro dos Corações!
Que para a R, ele tinha que estar ali, logo a seguir ao do Pai e da Mãe!

A I resolveu isso em 10 segundos, e ao deitar mostramos à R que afinal ela tinha visto mal...
Ela folheou todas as páginas até chegar à última.
Sempre havia um coração de irmã!



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

As asas servem p´ra voar

E aos 16 do mês de fevereiro de 2015, nesta altura em que os meses do ano já não merecem maiúsculas, o pai foi buscar a I a uma festa de anos.

Não ao fim da tarde, não num espaço com insufláveis ou pinturas faciais, não em casa de amigas com balões a indicar o local, nem a uma festa de pijama.

Foi buscá-la a um restaurante, às 22h30, depois de um cinema de fim de tarde, em que o filme era "demasiado infantil".

(Desta vez ainda com os pais da aniversariante)

Lembrei-me logo do meu pai a sair de casa às 4 da manhã para me ir buscar à discoteca...e depois ainda tinha que dar boleia a mais 2 ou 3 amigas minhas. E do pai de uma amiga que, a contar, que lhe calhava só a filha, até ía de pijama.

Pensava que estávamos tão longe disso, mas palpita-me que não tarda estamos lá...não porque ela fale nisso, mas porque ainda ontem a deixei no 1º dia de infantário e não me lembro o que almocei mas sei que a comida nem me passava na garganta...

Ela nasceu num Novembro, ainda com maiúscula. Eu também.
No Novembro dela, nasci outra vez, como mãe.

E vou nascendo um bocadinho todos os dias...








segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

São 3 dias

E o Carnaval são 3 dias.
Depois da primeira manhã, ainda veio o desfile e lá saiu a pintura que faltava.


E em Domingo gordo chuvoso e com pouca vontade para ver moças a sambar ao frio, decidi fazer um lanche caseiro à moda da Alice com mais umas personagens.
Tivemos o Chapeleiro, a Rainha de Copas e um Ás de Copas.
"We´re all mad here". Ou talvez seja só eu...



E, finalmente usei o bule de café, que tenho há 15 anos!
Quem estiver para se casar, aqui fica a dica: Serviço de café sem bule serve bem!
A não ser que precisem dele para pôr o coelho num chá de Alice. Nunca se sabe...


E amanhã é Carnaval! Dizem.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

É ou não é amor!


O Dia dos namorados é mais um do calendário dos que parece obrigatório comemorar, celebrar.
Está perto de ser uma Passagem de Ano. Há packs especiais para saídas românticas, jantares com menus xpto, montras inundadas de corações em postais, almofadas, balões, chocolates e tudo e tudo!
As floristas agradecem o dia ao S. Valentim, que morreu num longínquo 14 de fevereiro.

Nós os dois somos estranhos.
Sim, já fomos como os outros casais e, em tempos idos, fomos jantar fora e trocamos postais, prendinhas e caixas de bombons.
Rapidamente percebemos que jantar fora nesse dia não tem nada de romântico...
Só o decidir onde jantar pode logo ali acabar com um relacionamento!
Depois os restaurantes estão à pinha e o mais normal é passar a noite a ouvir as declarações de amor do casal da mesa ao lado.
Há reservas e listas de espera e começam os nervos de nunca mais chega a nossa vez de sentar.
Imagino que os hoteís tenham os jacuzzis repletos, o que eu pessoalmente, na minha pele de microbiologista, acho uma nojeira.

Dito isto, não gosto de dias obrigatórios.

Felizmente, como diz o moço cá da casa, deixou de ter namorada porque casou com ela!
Lá está! O dia dos namorados não é para nós.
Só há pouco é que percebi porque é que a minha mãe disse que se quiséssemos hoje ficava com as meninas para nós sairmos.

Nós, as mulheres temos uma certa tendência para apregoar que eles não são românticos.
Sei que estou a generalizar, mas acho que neste assunto posso.
Dizemos que eles não reparam se fomos ao cabeleireiro, que se esquecem de uma data ou outra, que não enviam mensagens carinhosas, que não oferecem flores...
Mas eu cá confesso que na minha história de vida terão sido mais as vezes que ele me surpreendeu do que eu a ele. Assumo.

Hoje ainda não o vi.
Mas a meio da manhã recebo um sms "Queres uma morcela?"

É ou não é amor?!





sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sexta, 13...e outras coisas mais coloridas.


Sexta, 13.
Dia de colorir a escola e as ruas, apesar do cinzento que ameaça chuva.

A R sonhou que hoje chegava 1 hora atrasada à escola...
Talvez influência do Coelho e dos seus atrasos, apesar de não ser por falta de relógio.
(Ou talvez por antever que a mãe quer sempre tirar fotografias....)

Faltou a pintura que ela queria. Acordou a falar nisso. Aliás, deitou-se a falar nisso.
Mas depois esqueceu-se e eu também, claro.
Não foi ao cabeleireiro fazer as unhas e eu nem me atrevi a isso!

Lá foi contente e apressada.
A minha Alice! A que faz as minhas maravilhas. 

Muitas das amigas não conhecem a história da Alice no País das Maravilhas.
Já não dá nos desenhos animados, nem é uma série do Disney Channel, nem é um livro que tenha grande destaque na livrarias. Ela acha estranho porque até já viram o filme na escola.  
"Aquele com pessoas verdadeiras, sabes mãe?!"
Mal chegou à escola um amigo julgou que ela ía mascarada de Padeira!
Nem a de Aljubarrota tinha tanto tule!

Logo há desfile, serpentinas e confetis!
(e mais meia dúzia de fotografias!)

E, quem sabe....um chá?!







quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Não fui eu!


Não, não sou assim tão boa mãe! ;)

Até gosto do Harry Potter.
Até gosto de Legos.
Até acredito que os filhos desta senhora se sintam uns felizardos.

Mas 400 mil peças!?
Eu já nem espaço tenho para umas casitas da Lego Friends....quanto mais um castelo Hogwarts!
Mas lá que está giro está!






quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

É impressão minha?


O Natal não foi ontem????
Ainda nem tirei a árvore fotográfica da parede! Habituei-me a ela ali e agora parece que faz parte da sala. E depois se a tiro dali não sei onde a pôr e não tenho coragem de a deitar fora....

Janeiro já foi. Teve dias bons e passou depressa.
Segui o conselho do Dalai Lama "Uma vez por ano vá a um sítio onde nunca esteve antes" e fui.

Fevereiro teve provas de ginástiva das meninas. Elas é que treinam mas eu também me canso.
Foi preciso costurar o símbolo do clube nos fatos novos. Ver se há gel, laca, ganchos, donuts (sim, iso!)maquilhagem e brilhante para os olhos.
Acompanho as ansiedades.
Preparo máquina para filmar e para fotografar. Tento não tremer ou desfocar.
Passo do nervoso miudinho para o desejar que lhes corra bem, e finalmente para o mãe babada.

E assim vai andando Fevereiro a caminho dos seus meados.

Comecei a receber os habituais emails para aviso de atividades extra para ocupar as crianças nas férias do Carnaval...mas pensei que estávamos ainda a vários dias desse acontecimento.

De repente acordei para a vida quando a R me falou num mágico que ía à escola....estranhei de facto.
Um mágico, porquê?!?
 "Mãe, sexta tenho que ir mascarada para a escola. É o dia do desfile!".

Quando?!??!?!
Carnaval?!??!
Ah, ok, daí o mágico!

Ela bem que já andava a falar no que gostava de se mascarar. Acho que o meu ouvido seletivo ignorou essa informação.
Não bastava a proximidade deste evento vivido com tanta intenssidade pela pequena, ainda fui eu que sugeri outra possibilidade de disfarce...daqueles que não há em lado nenhum.....só mãe mesmo!

Ontem fui ver o que havia de fantasias carnavalescas, e lá ouvi "Pois, já está tudo muito escolhido...."
Onde é que eu andei que pensei que ainda tinha tanto tempo para isto?!...

Já corri ceca e meca.
Já percorri o pinterest, ele há gente muito criativa, cheia de ideias e de........ tempo!
Nota: Não é boa ideia partilhar o que viram no pinterest com as crianças...

"Mãe, podemos ir um cabeleireiro fazer estas unhas?!?!?!? É que tu não consegues....."




Hoje continuo o processo. E palpita-me que ainda vai haver muita costura até sexta.

Mais umas semanas e lá chegam os ovos da Páscoa!
















sábado, 7 de fevereiro de 2015

Todos os dias





.

 em "Eu, Ming" de Clotilde Bernos 
Plano Nacional de Leitura
A partir dos 6 anos.


Eu, Cláudia, gostava de muitos dias assim.
Ricos.

A R não percebeu a mensagem do livro.
Aos 8 anos ainda não sabemos que de tudo o que poderíamos ser na vida, podemos ser Ming.
E que isso pode bastar de tanto que é.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mimos surpresa!


Há dias com muitos momentos para esquecer, para respirar fundo e seguir.
Nem sempre é fácil deitar tudo para trás das costas e acumulam-se pequenos nadas que num instante fazem um todo.
Ainda assim, faço um esforço para que não me tirem do caminho de um bom dia.
Esta luta dá cabo de qualquer um.
Atinge-me em cheio e em geral o alvo é a cabeça.

Recebo um sms. Inevitavelmente penso, o que será agora!?
A I pergunta se vou buscar a irmã mais cedo.
Uma tosse e um nariz entupido têm dado folga às AEC´s.
Mas desta vez não. Seria à hora habitual.

Cheguei a casa com vontade de largar os sacos e ir direta para a cama, de preferência sem ter que dar muitas respostas, já que às perguntas raramente escapo. A capacidade de assimilar fosse o que fosse estava esgotada e nem as histórias do dia estava capaz de ouvir.

Fui recebida com uma mesa posta para quatro.
Um lanche.
A I fez panquecas.
Sumo de laranja natural.
Chá de limão e gengibre (telefonou ao pai para saber o sabor que eu gostava mais e para saber se contava com ele)
E a cereja no topo do bolo:
Tirou a louça da máquina. Lavou a que estava suja. Deixou tudo arrumado.

E mal entrei em casa, um grande abraço.
E há momentos que nos transformam.
E são esses que afinal ficam na memória. Tudo o resto já lá vai...
De repente mais nada interessa.
Nada como coração cheio! Vá, e o estômago também!

Adoro-te I.
És uma miúda TOP!
Sou mesmo uma mãe sortuda!




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sim, eu fui! E então?

Reportagens de TV da treta.
Perguntavam às crianças quanto custou isto ou quanto custou aquilo.
Perguntavam aos pais em quanto ficou esta "aventura".
A que horas saíram de casa. Desde que horas estavam ali.
E que tal perguntarem, "Estás feliz?"

Será que perguntam o mesmo a quem vai ver um jogo de futebol quando a sua equipa joga fora de casa, ou até noutro país? Em quanto ficou o voo? O bilhete? O cachecol? A camisola do clube?

E afinal, nós os crescidos não vamos a concertos? Não há festivais de verão de semanas inteiras?
Não me lembro de ver entrevistas a fãs a perguntar quanto custou o bilhete, a viagem ou as t´shirts que levam a condizer!

Depois ouve-se o " Para isto já há dinheiro!"; "Se calhar para comer não têm...."!
Não compreendo.Cada um saberá de si, não?
Este espírito português de criticar a vida dos outros desgasta.
Se foram é porque podiam, ou porque achavam que tinham possibilidades para ir, com mais ou menos sacrifício.

Tomara eu que todas as mães tivessem tido a oportunidade de ver um sonho dos filhos realizado.
Por mais fútil que possa parecer ir a um concerto da Violetta, de certeza que muitas mães abdicaram de outras coisas que poderiam ter comprado só para ver os filhos felizes.
Não se compram ipads, playstations, legos, telemóveis, etc?!?!?
E se for um jogo da Seleção?
Ocorreu a alguém que os que passaram horas na fila terão sido os que compraram os bilhetes mais baratos que não davam direito a lugar marcado?

Sim, eu comprei 3 bilhetes, paguei a pintura facial e mais uma lanterna luminosa.
Ela vestiu uma camisola Violetta que recebeu de prenda de Natal.
Fomos de comboio. Comemos pipocas.
E então?

Haverá tantos sonhos delas que não estarão nas minhas mãos.
Este, esteve felizmente ao meu alcance.

Há uns anos fui ao Rock in Rio ver uma Hannah Montana que já tinha mais ares de Miley Cirus. Ainda hoje a I se lembra. Eu ainda me lembro daquele abraço apertado e do "Obrigada Mãe, foi o dia mais feliz da minha vida!".

Já passamos pelo Ruca, o Noddy, O Festival do Panda, O Cirque du Soleil, As princesas On Ice, etc.... E então?

Agora fui ver a Violetta, o sonho da R.
E vê-la cantar, dançar, levantar o cartaz de purpurinas bem alto até lhe doerem os braços.
Valeu a pena??
Faria tudo outra vez, só por aquele brilhozinho nos olhos!
E há que admitir que foi um bom espetáculo. Até eu gostei (e cantei!)!
Luz, cor, coreografias, o elenco da série quase completo, músicas que conhecem de cor e salteado, 2 encores e gritaria. O pack completo!
Eu sei que ela nunca se vai esquecer!
E sorte a minha de lá estar com ela!
Pena pena tenho de não conhecer a Violetta ou a Camila para as apresentar à R!
Uma mãe não consegue tudo.






quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro


Ela perdeu a luta.
Uma luta que quase nem começou.

Ao telefone ouvi "Olha já sei o que tenho. É um cancro"
Respondi o que me veio à cabeça "Tás a gozar?!"
Não, não estava. Ninguém goza com isto.
Mas como qualquer outro telefonema dela, veio assim de chofre, sem qualquer introdução.
Não pude sair do sítio onde estava. Não fui a correr ter com ela.
Ela só queria abraçar-se a alguém, chorar e dizer que tinha medo de morrer.
E eu não fui.

Era junho. Foi internada.
Estava um bocadinho com ela sempre que conseguia.

Já tínhamos falado muitas vezes de sonhos. Dos que se adiam porque há outras prioridades. Dos que lá no fundo sabemos que nunca se vão realizar. Dos que ainda esperamos que se realizem.
Ouvi outra vez. Agora outros.
"Comprar uma mota.";" Pensar mais em mim"...
Concordei com tudo. Eu sei, tal como ela sabia, que pomos os outros sempre em primeiro.

Havia medos, incertezas, dores, desânimos.
Um dia falei dos meus problemas. Calei-me quando pensei para mim, o que é isto comparado com o que ela está a passar...Pedi-lhe desculpa. Respondeu: "Não faz mal, é para isso que servem os amigos."

Era verão. Tempo de férias. Ela só queria sair dali, como se quando saísse o cancro ficasse na cama do hospital sozinho a definhar.

Alguém disse que no meio do azar é preciso ter sorte.
Mas houve demasiados azares para que a sorte tivesse alguma oportunidade.

Veio mais uma cirurgia.
Queria dar-lhe um beijo antes de ir uma semana de férias.
Estava a dormir. Não a quis acordar.

Era setembro.
E foi a última vez que a vi.
Já passaram 3 anos inteiros.

Que todos os que lutam deixem o cancro a definhar sozinho.
Estou farta que ele ganhe.




Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

Hesitação


E eis que ao responder um questionário do Booking sobre a satisfação relativamente à estadia num hotel surgem as seguintes opções:

1.
A - Viagem de Lazer
B - Negócios
C - Outros

Escolho a A.
Fico a pensar que tirando Lazer e Negócios, o Outros aplica-se a quê?

Próxima.
2.
A - Casal Jovem
B - Casal Maduro

Casal jovem ou Casal maduro - ?????? É pá, e agora? Aos 41 seremos um casal jovem ou maduro?
Não é que hesitei?!
Um casal de 20 e picos será jovem. Um na casa dos 60 será maduro.
E na casa dos 40? 

C - Casal com filhos mais novos
D - Casal com filhos mais velhos

Ainda bem que viajei sem filhas que assim elimino logo duas opções!!
É que se tinha que escolher uma destas....a partir de que idade os nossos filhos são "mais velhos"?
E se tivermos um de cada?!?

Estes questionários parecem simples e, dizem eles, demoram apenas uns segundos, mas isto não tem nada de fácil!!!!

Analisando, 2A ou 2B?
Por um lado:
- Viajamos de mochila. Ainda preferimos levar a casa às costas do que arrastá-la com rodinhas pelo empedrado (sei por experiência que esta segunda opção custa bem mais....principalmente se uma das rodinhas se partir!)
- A avaliar por uma resposta de um senhor do balcão de informações do aeroporto em Bruxelas devemos ter ar de jovens...deve ser da mochila.
- Palmilhamos a pé a cidade inteira.
- Ainda não tiramos fotocópias de todos os documentos.

Por outro:
- Levamos a bolsa dos medicamentos.
- Um de nós já tem cartão de saúde internacional.
- O outro de nós pensa que já devia ter.

Ganhou a A, casal jovem.
Para já, nisto da maturação, ficamos pela da cerveja!