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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Fika!

Do outro lado da ponte Ponte de Øresund ou Öresund, fica a Suécia e não podíamos perder a oportunidade de pisar outro País.
O plano era fazer um circuito citadino, a pé, passando em frente ao mar.
Não terá sido o melhor dia para visitar (e fotografar) Malmö. Além do cinzento e da chuva, a proximidade ao mar trouxe uma neblina branca que cobriu a cidade de tal forma que até a Turning Torso quase passava despercebida.


Tivemos a oportunidade de fazer como os suecos, sim porque se os dinamarqueses têm o Hygge os suecos têm o Fika! E não lhe fika nada atrás! Trata-se da maior tradição cultural sueca e passa por café & bolo no interior. Simple as that!

Neste café a curiosidade é que não lidam com dinheiro. Pagamentos só em cartão. Qualquer quantia.


Apesar de se estar muito bem nisto do Fika, não podíamos deixar escapar a beira mar.
Embora envolta no manto branco e sem possibilidade de avistar a ponte que liga a cidade a Copenhaga, seguimos um deck de madeira que dá acesso à sauna e café.
E não é que esta tradição sueca é tão fácil de enraizar?!
Só nos escapou a sauna com mergulho no mar. Fikamos pelo café!



E que bem se está cá dentro.






Percebe-se que é uma cidade com potencial para passeios ao ar livre. Muitos parques e jardins, a proximidade à praia. E tem de certeza vistas incríveis sobre o estreito de Öresund, onde se situam os quase 8km da tal ponte que a certa altura mergulha no mar e desaparece. O nosso dia não foi abençoado de céus azuis e picnics no jardim, mas ainda assim, valeu Malmö!




sexta-feira, 21 de abril de 2017

Foi KØBENHAVN


Temos alguma tendência para escapar para sítios pouco óbvios, talvez onde a maioria das pessoas não iria sem conhecer muitos outros.
Desta vez a escolha recaiu em Copenhaga sem pensar muito. A dois.
Chegamos com altas expectativas quer para com a cidade quer para com o nível de vida e povo.
Estas talvez influenciadas pelo alastrar do conceito Hygge e de notícias recentes sobre o povo Dinamarquês ser o mais feliz da Europa. Não são todos os países que se dão ao luxo de ter um Instituto da Felicidade é um facto, mas à primeira vista não parece tudo assim tão perfeito.
Copenhaga tem recantos sujos, as pessoas fumam e atiram beatas para o chão, há demasiados vestígios de publicidade e cartazes em paredes e semáforos, há caixotes do lixo imundos... e isto não abona muito para as primeiras impressões duma capital com fama. Torna-se fria, cinzenta e rude.

A cidade em si não está virada para o turismo e atrevo-me a dizer que eles não estão preocupados com isso. Falam um perfeito inglês e são disponíveis, mas não vemos muita informação dirigida especificamente a turistas. Raras são as ementas escritas noutra língua, ao contrário do nosso sul algarvio, assim como informações em letras gritantes. Há inglês mas é preciso procurar.

Ocorreu-nos que se estávamos perante um país dos mais desenvolvidos não havia muitas evidências disso. Estaríamos a confundir desenvolvido com evoluído? Ainda não tínhamos estado tempo suficiente para perceber... de facto a percepção inicial vai mudando e a cidade transforma-se ou talvez nós perante ela.

Fomos bem recebidos em todo o lado onde entramos. Falam inglês sem frete e sem demonstrar nariz empinado ou dar a entender que se estamos no país deles temos que nos esforçar. E teríamos e muito! Dinamarquês é difícil!
Diga-se que só depois de ver o nome KØBENHAVN em vários locais, é que percebi que era Copenhaga. Evidentemente estudei pouco a lição antes de ir...


Logo na receção do hotel percebemos o bom humor quando o empregado pediu o número de cartão de crédito e que acrescentou que vindo dos portugueses nunca se sabia se iríamos "Go crazy with the mini bar". Fomos recebidos com um "Obrigada" e nós não sabíamos retribuir na língua dele a mesma palavra, que fez questão de nos ensinar a pronunciar "TAK".

Com os dias fomos percebendo de onde vem a tal felicidade...





Não senti gente apressada a tentar encafuar-se num comboio à pinha.
Não ouvi buzinadelas quando os semáforos mudam de cor. Apenas avisos de campainhas sem laivos de irritação.
Tudo flui sem atropelos.
Ninguém usa guarda chuva. NINGUÉM! Seguem à risca o que dizem sobre não haver mau tempo mas má roupa. Como tal, se chove usam galochas e impermeáveis ou simplesmente vestem-se por camadas e os parques infantis ou recreios das escola têm crianças a brincar. Há troncos, terra e caixas de areia. E são Smokefree! Mães passeiam-se à chuva com os seus carrinhos de bebé e param a falar com o café ou chá na mão, sem pressa em procurar abrigo.
As esplanadas têm mantas e aquecimento. Usam-se velas. A luz nestes países é um bem essencial! As mesas têm flores frescas a relembrar que chegou a primavera. O sol é aproveitado em cadeiras de esplanada.
Num restaurante ofereceram-nos a sobremesa porque a conta demorou.
Pedi desculpa a um senhor porque eu estava a bloquear as escadas rolantes. Ele ainda se voltou para trás para dizer "no problem!".

E o cinzento afinal tem cor.












E é isto que mostra a tal evolução. É aqui que reside a essência da felicidade.

Simpatia
Descomplicar
Adaptar
Aproveitar o simples
Stressfree
Família
Tempo
Tempo para a Família
Bicicletas





e como não podia deixar de ser o HYGGE, um conceito dinamarquês, quase sem definição mais sobre o estar e o sentir do que com algo em concreto e muito menos com tradução.
Acho que é este o grande pilar do bem estar interior.


Não sei se voltarei a Copenhaga, mas sei que o Hygge veio comigo. E como gostava que cá chegassem tantas das formas de estar relativamente a trabalho vs tempo vs família!
Temos muito a aprender quanto ao procurar a felicidade por dentro.
Ah, eles têm mar, o que também ajuda! 

E gaivotas! (já disse que adoro o som das gaivotas?!)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pode haver quem não entenda


Por onde começar??! Talvez pelo antes.

Se o "Com ou Sem" poderia ser polémico por falar de escapadelas a dois....escapadelas mãe e filha deixando outra filha de fora.....não sei não....acho que bate as escapadelas a dois na escala de temas polémicos sobre maternidade!

Mas era promessa. E o prometido é devido!

Quando a viagem se tornou uma realidade fui preparando a R, embora ela soubesse que era uma coisa que se iria concretizar mais tarde ou mais cedo. Já ouvia falar nisso há uns tempos....agora era uma questão de ter dias marcados.
Ainda assim não ficou feliz com a ideia. Também não era de ficar. Estranho era se ficasse.

Conversamos.
Expliquei que era algo combinado há uns 3 anos, quando ela era mais pequenina.
Um dia destes havemos de a compensar. Noutra viagem, a 2, a 3 ou a 4.
Quando sugeri fazer uma viagem um dia só com ela, ela disse que gostava mas que com a irmã seria mais giro. O ano passado estive 17 dias no Peru só com o N. Agora seriam apenas 5 dias.
"Mas tinha comigo a I", dizia ela.

Durante uns dia foi o tema cá da casa. Algumas lágrimas à mistura.
É dado adquirido que a R não me larga nunca. É a minha sombra.
Ouvi que muitas coisas só fazíamos com a I.
A I já tinha ido a Espanha, a França...e ela ainda não tinha ido longe, nem nunca tinha andado de avião. Houve um bocadinho de chantagem psicológica. Algum drama à mistura. Antecipações de muitas saudades. Achava que eram muitos dias sem ouvir a minha voz. O pai achava que seria um feito eu chegar a entrar no avião. Eu própria começava a achar difícil.
Resisti.

Ela foi marinando a ideia. Foi pensando onde um dia gostaria de ir. Foi percebendo que sempre que possível devemos cumprir o que prometemos. E entendeu que ainda não tinha ido connosco noutras saídas porque não iria aproveitar da melhor forma, porque era pequenina, porque nessa altura precisava de mais cuidados, porque nunca gostou de andar muito tempo de carro.

Foram uns dias pré viagem algo estranhos. O meu coração de mãe andava às voltas. Dizia  à I para não se mostrar muito entusiasmada em frente à R. Evitava falar em planos do que íamos fazer, ver ou comer. Não queria que nos visse a fazer as malas. Achava que isso poderia deixá-la ainda mais triste e posta de parte.
Um misto de emoções.
Vontade de viajar e conhecer um sítio novo. Ansiedades. Apertos de coração. Algumas dúvidas. Umas quantas certezas.

Mas a R entendeu.
Ficou bem. Levou-nos ao metro. Deu-nos mil beijinhos.
Ficou prometido que falaria comigo, connosco, sempre que tivesse saudades.
Acima de tudo entendeu que não estava a ficar para trás.
Era um princípio.
Uma porta que se abre para começar a viajar para fora também com elas.

E pronto. Não me sinto a pior mãe do mundo.
Mas pode haver quem me ache doida, insensível ou má mãe.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Hesitação


E eis que ao responder um questionário do Booking sobre a satisfação relativamente à estadia num hotel surgem as seguintes opções:

1.
A - Viagem de Lazer
B - Negócios
C - Outros

Escolho a A.
Fico a pensar que tirando Lazer e Negócios, o Outros aplica-se a quê?

Próxima.
2.
A - Casal Jovem
B - Casal Maduro

Casal jovem ou Casal maduro - ?????? É pá, e agora? Aos 41 seremos um casal jovem ou maduro?
Não é que hesitei?!
Um casal de 20 e picos será jovem. Um na casa dos 60 será maduro.
E na casa dos 40? 

C - Casal com filhos mais novos
D - Casal com filhos mais velhos

Ainda bem que viajei sem filhas que assim elimino logo duas opções!!
É que se tinha que escolher uma destas....a partir de que idade os nossos filhos são "mais velhos"?
E se tivermos um de cada?!?

Estes questionários parecem simples e, dizem eles, demoram apenas uns segundos, mas isto não tem nada de fácil!!!!

Analisando, 2A ou 2B?
Por um lado:
- Viajamos de mochila. Ainda preferimos levar a casa às costas do que arrastá-la com rodinhas pelo empedrado (sei por experiência que esta segunda opção custa bem mais....principalmente se uma das rodinhas se partir!)
- A avaliar por uma resposta de um senhor do balcão de informações do aeroporto em Bruxelas devemos ter ar de jovens...deve ser da mochila.
- Palmilhamos a pé a cidade inteira.
- Ainda não tiramos fotocópias de todos os documentos.

Por outro:
- Levamos a bolsa dos medicamentos.
- Um de nós já tem cartão de saúde internacional.
- O outro de nós pensa que já devia ter.

Ganhou a A, casal jovem.
Para já, nisto da maturação, ficamos pela da cerveja!





quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"Todo o terreno"

Um sábado e um domingo.
Curta escapadela. De volta às montanhas. Por terras de nuestros hermanos.
Lá fui dar chão às botas. E desta vez com "sapatos novos".
Dois dias de Sol. Sem vento. Fresquinho qb.

Gelo
Neve
Rocha colorida pelos líquens
Folhas secas
Pedras junto ao rio

Isto é o que chamo "Todo o terreno!"

Li algures que o segredo de uma vida longa é "Pouca cama, pouco prato e muita sola no sapato!"
Despertares madrugadores, snacks e chá quente, alguns km nas pernas.
Tudo o que precisamos numa mochila.
Não sei se me trará uma vida longa....mas sabe que nem ginjas!
N, podemos repetir!

Gredos, Espanha

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Com ou sem?


Viagens a quatro vs viagens a dois.


Todos os anos gostamos de dar corda às botas.
Costumamos fazer uns dias de caminhadas, geralmente em zona de montanha. 
Não se assemelham a férias debaixo de palmeiras com uns mojitos, mas sabem quase ao mesmo por estranho que pareça, e mais low cost!
Andamos ao nosso ritmo numa espécie de "logo se vê".
A sensação de estar em sítios onde só se chega a pé e depois de algumas horas é do mais anti stress que conheço.

Claro que para as crianças estas caminhadas ainda são duras. Pelos percurso, pelas distâncias percorridas, e neste último caso pela altitude e frio! E por essa razão, vamos a dois.
Já não vou livre, nem despreocupada, apesar de ficarem bem entregues e entretidas.
Fica cá sempre uma parte de mim.
Dou comigo tantas e tantas vezes a pensar "Elas íam gostar disto", mas também a pensar "Isto com elas seria mais complicado".

Tinha a ideia que à medida que elas cresciam ía ser mais fácil fazer estas escapadelas a dois.
Para ambas as partes. Sim e não.

Talvez porque já tenham noção que vamos sair.
Porque já saibam quanto dura uma semana.
Porque já verbalizam as saudades.
Porque já gostam de conhecer sítios novos.
Porque também gostamos de partilhar com elas estas aventuras.

Por outro lado tenho a ideia que estas escapadelas tendem a acabar por um tempo para depois recomeçarem. Aquele pouco tempo em que nos vão querer acompanhar para quase a seguir acharem que vai ser uma seca viajar com os pais.

Confesso que sair do país com elas traz-me outro tipo de inquietações/ preocupações.
Admiro a aparente descontracção dos pais de outros países que andam por cá, com 2 ou 3 crianças pequenas. Fazem com que toda a logística pareça fácil…transportam tudo; as crianças parecem dormir em qualquer lado; a comida não é problema.
Para certos destinos causa-me alguma apreensão...uma das questões é por exemplo básica: a alimentação! Demasiadas especiarias, ingredientes fora do habitual, a juntar a 2 meninas muito pouco dadas a aventuras gastronómicas.

Claro que há sempre a opção das palmeiras....sem os mojitos, claro!
Mas também já começam a gostar de fazer uns trilhos e já têm o "bichinho" das viagens!

Depois temos as férias a 4. Muita agitação e dias preenchidos de sol a sol!
Adoro as férias com elas. Fazer planos de saídas, de passeios, mesmo que cá dentro.
Com elas prefiro saborear a praia, que não dispenso.
Partilhar mergulhos e gelados. Apanhar conchas, ver o pôr do sol e escolher as cores dos teréres.
Penso mais nas refeições, nos lanches. Os horários são outros. O ritmo também.
Caminho menos mas canso-me mais. Leio pouco. Correção: Não leio.
Não é preciso muito para dias como estes ficarem para sempre na memória delas e nas nossas!
Este ano foi assim! E soube-nos a tanto!



Pode não ficar bem dizer que gosto de férias a dois.
De dias em que consigo dizer frases inteiras.
Em que consigo ouvir os meus pensamentos.
Em que leio um livro de seguida se me apetecer.
De silêncios.
É como um carregar de baterias para dar início ao novo ano!

E cá para mim, acho que elas também gostam de fazer férias de pais!!