segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Outras Lapónias


Todos os anos vamos sonhar....acordadas.
Há sempre muito para ver, tanto para fazer e delícias para provar!
Já conhecemos a Terra dos Sonhos há 3 anos, mas vale sempre a pena!
Para lá dos portões é um mundo à parte, cheio de contos, de magia, de música, de aventuras e de Natal.
Até o senhor das barbas é quase real! (talvez seja o verdadeiro!)


E ainda vimos o Rodolfo, que afinal só fica com o nariz vermelho mais pela noite.


E nao é que fomos à Lapónia! Mais depressa do que pensava!


Já só falta a Lapónia lá longe, a da neve verdadeira!
Mas para já, esta serviu!



domingo, 29 de dezembro de 2013

No rescaldo do Natal


Dezembro é um mês estranho. Frio e cinzento, mas cheio de cor!
Passa a correr! Todos os anos tenho a mesma sensação, vai-se num piscar de olhos.
Começa dia 1 com os primeiros preparativos, a àrvore de Natal, enfeites, luzes. A casa fica mais acolhedora, revestida a sonhos e desejos de meninas ansiosas.
Depois passamos dias a ouvir músicas alusivas à época em qualquer superfície comercial enfeitada desde outubro!
São as listas de compras.
Pensar nas pessoas que gostamos e queremos mimar.
São os muitos afazeres e correrias, que adoro!

E de repente, puf, chega-se a dia 24, à típica agitação do dia, à confusão do desembrulhar, e está quase no fim, o mês, e as natalices!
Dia 25, é dia de regressos.
E pronto, lá entramos naquela semana, rescaldo do Natal, antevisão do ano novo e sabemos que até aos Reis ainda é vindima......e temos na mesma a àrvore de natal, as luzinhas a piscar, e os chocolates para ir comendo, mas já estamos forrados da doçaria do Natal.

Estão as meninas de férias.
É uma semana a meio gás.
Adiam-se os trabalhos de casa.
Alijeira-se o ritmo.

São os brinquedos na sala, à espera de serem descobertos.
São restos de papel de embrulho amassado a colorir o cesto do papel para reciclar.
São as constantes solicitações para brincar e jogar.
São os restos dos doces.
E aquela vontade de ficar por casa, a aboborar, a devorar filmes de natal, aconchegadas em mantinhas.

Começam outras listas, outros preparativos, estes para despedir do ano velho e acolher o ano novo!

Continuo a achar que as mães deviam ter férias natalícias....



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Agora falta a Lapónia!


O Natal tem mais magia quando há crianças.
Também é mais mágico quando elas acreditam no Pai Natal.
E esse reinado de magia está a terminar....

A I soube a verdade este ano. Até há pouco acreditava com muita força.
Nunca dava conta do desaparecimento de ninguém, no entanto os presentes apareciam como por magia.
Os embrulhos e as etiquetas eram sempre diferentes e assinados pelo Pai Natal. Chegou mesmo a ver o nariz vermelho do Rodolfo a piscar à janela, enquanto este e demais supostas renas sobrevoavam os céus para pousar na próxima chaminé (aí até eu quase acreditei!). Para além disso, o Pai Natal aparece com as renas no telejornal, e o telejornal dá notícias verdadeiras, certo?!?

Depois, todos os filmes de Natal, levam a que se acredite e sonhe que é verdade! Terminam quase sempre a convencer os mais céticos de que o senhor das barbas é real e consegue dar mesmo a volta ao mundo numa noite, haja tempestade de neve, avarias no trenó, renas constipadas, rainhas do gelo maléficas e tudo e tudo!

Mas este ano, para ela o mistério terminou.
Embora o Natal seja uma época festiva e de família reunida, para a I este ano perdeu aquele sabor mágico do algo inexplicável.....do "será que o Pai natal me vai trazer o que pedi?!"....

A R suspeita, desconfia e questiona. Mas a I queria que ela acreditasse nem que fosse só mais este ano! Para que fosse ela a ajudar a criar magia para a irmã....então lá engendrou forma de dizer que o Pai natal escolhe um continente por ano onde vai ele próprio e nos restantes continentes são os pais que o substituem. Este ano calhou a Europa, e por isso é mesmo ele a entregar as prendas!

Não estou certa da R ter caído na conversa, mas ficou a magicar....
Ainda assim, enviaram cartas ao Pai Natal, limparam a lareira, a R colocou etiquetas nas meias, uma por cada criança, e esperou....entretida pela irmã, para que não notasse rebuliços estranhos ou embrulhos esvoaçantes pela casa.



E aconteceu tudo como sempre. Os presentes apareceram lá, sem que ninguém tivesse desaparecido.
E o Pai Natal trouxe o que pediram...e os sorrisos esses não falham!

Ao chegar a casa descobrimos um filme natalício na RTP2.
Terminamos a noite, a ver o Fred Claus, irmão do verdadeiro Nicholas Claus!


e a R lá ficou outra vez um bocadinho baralhada.....então afinal, é o Pai Natal?!

Ainda assim creio que este foi o último Natal com a magia do acreditar com toda a força....

Agora falta-me levá-las à Lapónia....
Gostava mesmo de fazer um visto nesse item da minha lista de "TO DO"...

Se calhar vou pedir ao Pai Natal! ;)






segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Dar de nós



Na onda do "Tu estás feliz eu estou feliz", e agora que acabou o 1º período, devo dizer que para além de feliz por estares feliz, estou orgulhosa.....

Estou feliz e orgulhosa pelas minhas duas meninas, claro!

Mas no 6º ano o ritmo é outro, a escola é outra, os professores são muitos, há o fantasma que lhes paira todo o ano dos exames finais e depois de um 5º ano de adaptação e ainda assim muito bom, estou Orgulhosa porque....

 o teu empenho deu frutos, e principalmente os frutos que querias!
 o conseguiste sozinha
 embora diga que és despistada, és responsável e atinada
 já sabes organizar o teu tempo, o teu estudo
 afinal sabes que és capaz
 acreditas em ti
 te manténs tu própria
 
E principalmente porque disseste que o teu objetivo para 2014, é melhorar, mas mais ainda, ajudar uma colega de turma a quem não correu tão bem, a subir as notas para que não chumbe de ano.....e isto sim, faz-me sentir que és especial, muito!

No meio de tantas dúvidas sobre a mãe que sou, do que faço certo ou errado, sinto-me feliz por ver que os valores estão lá plantados. Tenho meninas de coração grande! Talvez esteja a fazer alguma coisa bem...


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tesouros bem guardados

Fomos ao teatro numa viagem especial.

E esta viagem levou-me a outras viagens, às da minha memória, ao meu tempo de menina, numa espécie de máquina do tempo em imagens, sabores e cheiros.


Do lado materno:
O azeiteiro que aparecia à porta da casa a buzinar
A ida à missa primeira com a minha avó Cila, a pé, ainda com o orvalho da manhã
Os bolinhos de arroz com salsicha
O pão torrado no forno a lenha barradinho com planta
A senhora com o peixe à cabeça: "Cila queres sardinha?" e que eu costumava imitar
Tomar banho no tanque
As coleções das caricas do frisumo
Esperar por garrafas vazias de vinagre para ir atirar água aos carros que passavam (ou obrigar a avó Cila a desencantar outro recipiente para pôr o vinagre e libertar as garrafas)
Ir buscar água à fonte
O maravilhoso pão com ovo estrelado e açucar
Fazer comidas com o que havia no quintal, couves e terra dava um ótimo caldo verde imaginário
Aprender a tricotar
As ervilhas de cheiro
Os amores perfeitos
Ficar à janela a ver os mascarados do entrudo a passar.
Dar comida aos coelhos
Brincadeiras e arrufos de primos
As pratas de chocolate que o meu avô Berto comprava, coloridas, com caravelas que eram retiradas meticulosamente para não rasgarem e colocadas dentro de livros lisinhas.
A ida ao quelhas ou à Ti Canda para as compras
Ir apanhar lenha e cada um ter o seu próprio feixe e levá-lo à cabeça
A expressão da minha avó "Muito riso pouco juízo"
A lenga lenga que o meu avô fazia nos dedos das mãos: "Pico pico sarapico...."
A roupa a corar
As peles dos coelhos transformadas em tapetes
Atirar caroços de fruta para o quintal, que deram árvores anos depois!
Adorava ver a minha avó a escovar o cabelo prateado e a fazer o puxo rematado com um gancho.
O meu avô usava chapéu sempre que saía de casa
Vestia sempre roupa quente mesmo sendo verão
Para estes avós era (e sou para a minha avó) a Cláudinha


Do lado paterno:
O cheiro a graxa quando o meu avô Domingos concertava sapatos
O meu avô a fazer a barba no fundo de corredor.
Os assados no forno da avó Lídia.
O arroz na púcara com cebola
A lareira
A minha avó chouriça, porque era assim que o meu avô a chamava
A minha avó a chamar o meu avó para a mesa quando ainda nem tinha posto o arroz a cozer
As conversas dos crescidos à lareira
As anedotas do meu avô
As pinhas a abrir em frente à lareira na noite de Natal e comer os pinhões ainda mornos
O tacho de ferro preto a cozer o bacalhau na lareira
As prendas nas botas na manhã do dia 25
Os pintaínhos em caixas com lâmpadas para terem calor
Depenar codornizes
Lavar roupa no tanque
Ouvir o sino da igreja de quarto em quarto de hora
Os meus tios quase da minha idade
As compras no Tomás
Brincar pendurada na cobertura que havia no quintal
O Datsun azul claro do meu avô
As calças com furinhos do cigarro que mantinha no canto da boca e do qual lá ía caindo a cinza.
Os apertos de mão especiais do meu avô, porque tinha 2 dedos dobrados
Para este avô era a Sofia
A minha avó e as suas gargalhadas de rir até chorar

Durante anos não tiveram telefone, muito menos telemóvel.
Só havia 1 canal, depois 2 e bem mais tarde TV a cores.
A vida tinha outro ritmo. Outro sabor.

Nada disto, ou quase nada ficou registado em fotografias. Mas enquanto me lembrar serão sempre os meus tesouros.

Tenho a sorte de ainda ter as minhas avós e de recordar com muito carinho o meu avô Berto e o meu avô Domingos.

E não fui a única a viajar no tempo hoje....

A I também viajou ao deitar.
Lembrou a Bisavó Jú, o Bisavô Berto.
Disse que gostava de ter conhecido mais bisavós...
Concluímos que é bom recordar, mesmo que tenham partido.
Acabamos por rir de memórias. É bom relembrar, ainda que seja com saudade....

E sentiu-se sortuda por ter 4 avós e 2 bisavós!
E já tem as suas próprias memórias e desta vez, mais fotografias a acompanhá-las!




sábado, 14 de dezembro de 2013

No place like home



"Vocês são a coisa mais importante que eu tenho na vida"

Esta miúda não pára de me surpreender...e derreter....
R, 7 anos, ao deitar, referindo-se à nossa família.





sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Estou aqui



Ao fim do dia, estão as meninas ávidas por contar o dia, e eu ávida por descanso.
Uma coisa não combina efetivamente com a outra.

Talvez seja a hora em que a nossa disponibilidade devia estar nos níveis máximos para ouvir, para estar ali de corpo e alma, mas no meu caso coincide com o momento em que a minha cabeça não consegue gerir muita informação...

Ainda assim, é quando sou mais solicitada, e geralmente quando uma abre a boca logo a outra se lembra de mais alguma coisa que ainda não contou.

E começam a contar o dia, e as peripécias, e as suas histórias que têm pouco de princípio, meio e fim, acompanhadas de mudanças bruscas de tema que me baralham e já nem sei quem contou o quê, entre o veste e despe dos casacos e o entra e sai do carro.

Às vezes ao terceiro "Mãe!" dou comigo a responder " Ãh?!" com ar de deixa-me em paz, ou a responder "Espera, já dizes deixa-me só fazer isto".....não consigo evitar....mas afinal tantas vezes estiveram demasiadas horas sem me ver.....tanto tempo à espera para contar uma novidade, uma angústia, uma alegria....tanto tempo à espera de partilhar.....

E sei que por vezes não as ouço verdadeiramente. Sei que estão a falar mas tenho a cabeça longe noutros pensamentos e vou apanhando pontas da história. Talvez apanhe o inicio e o fim, e o meio não faça assim tanta falta, tal é o detalhe da descrição. Mas sei que quando assim é, elas me sentem o olhar vago e sabem que não estou ali. Não devia ser assim.

Tenho o Grande privilégio de me contarem tanto. De me confiarem segredos. Ainda.
Queria fazer melhor no "estar aqui". A Estar aqui mesmo! De olhos nos olhos.
Quero continuar a ter o que ouvir, antes que sinta que deixaram de me contar...
Quero continuar com este privilégio.

Afinal, não sou a melhor amiga, nem é esse o meu papel, mas ainda sou a mãe para os desabafos. Ainda.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mariana


A R conheceu hoje a Mariana, de 8 anos.
Vive num lar.
Achou-a muito simpática porque até lhe foi buscar um copo de água.
Conheceu a cozinha, a sala, e referiu que o lar tinha 25 quartos e muitos meninos e meninas de várias idades.
Mas foi a Mariana que a fascinou, talvez pela idade, próxima da dela.

Contou várias coisas, sobre o lanche que ofereceram aos meninos da turma da R, sobre uma menina que fazia anos, mas a Mariana vinha sempre à baila.....e de repente disse com ar de entusiasmo, como quem tem uma grande ideia...

"Eu queria que ela fosse minha irmã!
Podes trazê-la cá para casa?"
Vá lá. Vai lá buscá-la....."

Podia ser assim.....fácil, como aos olhos da R.

Falamos de lares, dos motivos pelos quais alguns meninos estão em instituições dessas mesmo tendo pais, consultamos o site do mesmo, vimos um vídeo curto sobre famílias de acolhimento, fotografias, e ela só queria lá ver a menina que tanto a fascinou.

- "Podíamos ser uma família dessas e trazer a Mariana?"
- Mas depois não ficavas triste quando ela fosse embora?
- "Mas ela assim tinha sido feliz esse tempo....."

E fiquei sem resposta, de lágrima escondida.
As crianças ensinam-nos tanto! Talvez devessemos analisar os assuntos aos olhos deles. Com mais coração.

Até se ir deitar foi o assunto mais falado. Volta e meia lá dizia mais uma frase....

"Se ela viesse ía ser a irmã do meio"

E mesmo mesmo ao adormecer: "Esta noite vou dormir a pensar na Mariana",

Ao que lhe respondi que se calhar a Mariana ía dormir a pensar nela.
E sugeri ir lá visitá-la um dia destes, e talvez dar-lhe um presente de Natal!
Sorriu com os olhos a minha R e adormeceu no quentinho, com companhia, em família, a pensar que a Mariana também tem quem a aconchegue.....

Agora sou eu que penso na Mariana....e no grande coração da R.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Vidas com V do tamanho do Mundo

Há histórias de Vidas que lhes devemos contar.

A I já conhece parte desta. Hoje reconheceu o nome. Ficou triste.
Também, como a mim, lhe custa entender como alguém preso tantos anos, consegue ter a capacidade de ser tão Grande! Talvez nos custe, porque é realmente dificil, porque se fossemos nós será que o faríamos......! Só um grande ser humano teria essa capacidade.

Acho que as nossas crianças merecem ouvir esta História.

Talvez venham a existir mais pessoas assim, que não aprendem a odiar!
Tenho esperança que na geração delas existam mudanças de mentalidades, perdões, compaixão....e que isso seja visto com naturalidade e não quase como exceção...

Ainda nos é permitido sonhar....


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Inverno, mas pouco!


Gosto do inverno. Mas pouco.
Não fosse o Natal estar nesta estação, não seria eleita a minha preferida.
Não gosto de dias curtos, em que escurece muito cedo.
Ainda me lembro da confusão que era explicar às miúdas que não era eu que ía buscá-las mais tarde à escola. Ficava de coração apertadinho quando ouvia " Oh mamã mas porque não me vens buscar de dia?!" ou " Agora vens sempre só de noite!". E quando eu dizia que eu estava na hora certa, mas era a hora que tinha mudado olhavam para mim com um ar de desconfiança, já que embora soubessem que nunca lhes mentia, o que ouviam parecia saído de um documentário de ET´s.

Acho até que estes dias curtos explicavam algumas birras associadas a desconforto, a frio, a sono, afinal já é de noite! Até a mim me tira energia e me dá vontade de fazer birras volta e meia.
Não dá para aproveitar a rua, os passeios ao fim da tarde no parque, as brincadeiras nas traseiras, ou se dá, é tudo acompanhado de várias camadas de vestimentas, tipo cebola.

O trio Dezembro-Fevereiro complica tudo. Ainda bem que encaixaram neste trio o Natal e o Carnaval, para bem dos sorrisos dos mais pequenos. E a parte da neve, que torna o inverno romântico, mas que a cada ano que passa me vai deixando frustada, já que neva em todo o lado menos por cá.....

Até as manhãs são difíceis. Aquele saltar da cama para enfrentar o frio desanima até os mais afoitos.
Bem, pelo menos está um inverno ao meu gosto.....até agora....frio e sol!

E o ano passado foi tão invernoso que eu ainda nem saudades tinha da roupa de inverno. Gostava de a deixar fechadinha nos gavetões. Este ano apetecia-me saltar uma estação.

Passava o Natal e depois "Plim!" acordava na primavera! (Dispensava bem o Carnaval!)



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Último instante


E depois das habituais correrias matinais, de minutos contados ao segundo, e o tempo gerido em função da preparação dos lanches, o constatar que a mochila está fechada, o vestir dos casacos, acrescido de acessórios típicos desta altura como o pack gorro, luvas e cachecois, eis que no último dos instantes, quando a porta está prestes a abrir,  a criança desaparece do corredor......

Afinal faltava-lhe qualquer coisa....
No último instante, é quando se lembra que gostaria de levar um diário, um livro, um boneco, uma carteira com ganchos, um bloco e uma caneta, sei lá eu mais o quê?!?!?!? E não, não é para levar na mochila, é para levar na mão, junto com a lancheira. E claro que está, que na nossa ida a pé até á escola o acessório extra há-de cair meia dúzia de vezes, e ela há-de olhar para mim de lado para ver se não me apercebo ou se não digo, eu não te avisei!

Ainda hoje foi assim. Quando desapareceu, tinha ido ao quarto. Então R?
"Vim só buscar uma coisa!" e pronto lá estão os meus segundos esgotados em conjunto com a minha paciência! Quando se despacha lá a deixo trazer as traquitanas, mas outras vezes ela deve perceber que o melhor é abandonar essa ideia rapidamente.....
E hoje abandou a ideia, ao meu "Hoje não há tempo para isso", mas ela até queria levar "a minha primeira enciclopédia em imagens". Sinto-me má.
Afinal a criança queria aprender e ficar culta e eu travei o interesse natural em aprender.

E pronto lá fomos nós em modo corrida, e sem a enciclopédia!


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

UFA!

O dia 1 de dezembro é sempre um dia em cheio, ainda que seja passado quase sempre por casa!

Logo de manhã começamos por arranjar espaço para a nossa árvore verdadeira!
Ainda tentei convencê-las a colocá-la na outra ponta da sala, mas as meninas acharam que não era a nossa tradição ter a árvore ali....e que no outro lado não tinha tanta luz, e mais mil e uns argumentos possivelmente questionáveis..... Convenceram-me logo com o 1º: "Não é a nossa tradição!"......Yeah! Já temos as nossas tradições, as da nossa casa, as da nossa família!

Depois, dia 1 é dia de tanta coisa! Quase precisava de uma lista só para o dia 1!

Dia 1 de dezembro, dia 1 do Advento.

Implica:
1 - Calendário - e por muito que existam calendários giríssimos mais saudáveis e amigos da dentição infantil, recheados de atividades, chocolate é chocolate e nós temos logo 2!
(e estou mesmo a pensar adquirir um para mim no próximo advento)

2 - Calendário em histórias. Lê-se uma por dia e depois penduram-se na árvore! Já o temos há uns anos, mas é sempre novo. No 1º ano fui eu que li, depois a I já lia sozinha, o ano passado lia a meias com a I, e este ano ficou acordado que lia a R, porque este ano já sabe ler.
O pendurar na árvore é que tem que ser vez à vez, entre as duas......há coisas que não mudam....


3 - Este ano temos uma novidade, o "Merry reading". Fizemos uma seleção de livros de Natal e outros, num total de 23. Embrulharam, decoraram o papel e para isto descobrimos novo uso para as formas das bolachas e ficaram a secar à espera da hora certa, para serem colocados debaixo da árvore de Natal. Todos os dias, e começou já hoje, tiramos 1 à sorte, e vamos ler no quentinho.


E de Advento para já chega.

E vem então a árvore natural e a natural agitação até estar pronta! Custa-me a entrar no esquema de que é natural esta excitação, que dá sempre lugar a uns atritos para resolver, e que vêm no seguimento dos que começam logo cedo....se os livros escolhidos servem ou não, quem embrulha mais, quem escolhe o livro para embrulhar, quem pões as tintas no papel, quem usa primeiro uma certa cor, quem pendura uma bola, quem põe uma fita, pendurar os chocolates (que não falham na nossa árvore) ou comer já alguns, a hora de abrir o calendário dos chocolates, quem põe a Maria no presépio, e por aí fora.....e dou comigo a suspirar, e a não conseguir contar até 10 antes de abrir a boca, e a pensar UFA, isto do dezembro cansa!

A nossa decoração foi mudando muito ao longo dos anos, e foi crescendo. Tenho uma árvore cada vez mais colorida, cada vez mais cheia de histórias e recordações. Talvez não seja de capa de revista, mas é muito nossa, elas gostam e eu também!
Os nossos frutos de jacarandá ficaram giros, mas tiveram que ter a companhia de mais enfeites.


E se há enfeite que não pode faltar são os chocolates de pendurar!

Também já tentei colocar uma estrela normal, mas a nossa é uma estrela cadente, o que também se tornou já tradição. Que lhes traga muitos desejos realizados!



Esteve um belo dia de sol, mas as meninas não arredaram pé de casa, em pijama.
E para terminar até nevou!



(confesso que não foi a melhor das minhas ideias...mas para elas foi das melhores!)
Nota para resto do inverno e 2014: Nevões são sempre melhores fora de casa!

É um dia esgotante! Mas feliz! UFA!!

E para o ano não é feriado, e não calha ao fim de semana.....teremos que fazer o 1 de dezembro noutro dia qualquer......

domingo, 1 de dezembro de 2013

Promete!

Todos os anos gosto de ter alguma coisa nova na Árvore de natal!

Ou as meninas traziam da escola e cheias de orgulho lá íam enfeitando com os seus tesouros, ou eu não resistia à tentação de comprar mais uma bola, ou mais uma fita, ou mais um boneco....

Como este ano a árvore é natural, merece umas decorações a condizer!
E, depois de uma temporada em recolha de jacarandás, hoje foi o dia de pôr mãos à obra.
Avancemos sem medos!




As decorações deste ano prometem! E todos da casa contribuiram!
Devíamos ter começado a parte da pintura mais cedo....já que a àrvore é grande.....acho que vamos fazer um 2 em 1, versão clássica com pintura moderna!