sábado, 16 de novembro de 2013

"Boa noite e até amanhã"


Músicas ao deitar


A mais nova nunca precisou de muitas músicas para adormecer. Em bebé até preferia adormecer sozinha e sossegada no cantinho dela. Cheguei a pensar com os meus botões: "Olha afinal há mesmo bebés assim!"

Já a mais velha sempre teve rituais de adormecimento mais complexos, entre os quais estavam presentes a história ao deitar e umas músicas de embalar que me adormeciam primeiro a mim. Costumava acordar com ela a perguntar se eu não ía cantar o resto?!??!

Entretanto a mais nova teve um upgrade e passou a dormir no quarto da irmã.

Ou seja o ritual de cantar teve que se adaptar aos gostos musicais das duas. E ficou decidido que seriam 3 músicas seguidas (isto se a mãe aguentasse!). Sempre as mesmas e sempre pela mesma ordem. Uma que agradava às duas e depois uma para cada uma, que pertenciam aos tempos de bebés de cada uma.
- Vitinho - o clássico
- Boneca de Trapos - o hino da creche
- O vento - nome atribuído por nós e letra adaptada pela mãe. A música na verdade há-de ter outro nome, mas o imporatante é que nós sabemos qual é.

Chegou o timing de novo upgrade. 
Nova mudança. Inauguração de quartos individuais para cada uma.

Instantaneamente a mais nova abdicou das músicas. Talvez o estatuto de ser crescida para ter um quarto só para ela lhe tenha dado a independência às cantorias, e quando me ía preparar para cantar ela anunciou prontamente que não precisava. Caiu-me tudo!
Como?!?!? Não precisas como?!?!??! Quase que reivindiquei os meus direitos pré adquiridos pelo "simples" facto de ser mãe.

Mas foi assim, até hoje......já lá vai 1 ano e meio!

A mais velha abdicou do mesmo, mas uma vez ou outra em dias de complicada gestão, lá relembrava o ritual e pedia as músicas.

"De repente" apercebi-me que já não canto as músicas. Nem aquelas, nem outras. Não ouve upgrade para o repertório musical.

Mais uma das coisas que deixei de fazer, que ficou para trás, que não volta...
Mais das minhas Dores de crescimento.




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