Músicas ao
deitar
A mais nova nunca precisou de muitas músicas para adormecer. Em bebé até preferia adormecer sozinha e sossegada no cantinho dela. Cheguei a pensar com os meus botões: "Olha afinal há mesmo bebés assim!"
Já a mais velha sempre teve rituais de adormecimento mais complexos, entre os quais estavam presentes a história ao deitar e umas músicas de embalar que me adormeciam primeiro a mim. Costumava acordar com ela a perguntar se eu não ía cantar o resto?!??!
Entretanto a mais nova teve um upgrade e passou a dormir no quarto da irmã.
Ou seja o ritual de cantar teve que se adaptar aos gostos musicais das duas. E ficou decidido que seriam 3 músicas
seguidas (isto se a mãe aguentasse!). Sempre as mesmas e sempre pela mesma ordem. Uma que agradava às duas e
depois uma para cada uma, que pertenciam aos tempos de bebés de cada uma.
- Vitinho - o clássico
- Boneca de Trapos - o hino da creche
- O vento - nome atribuído por nós e letra adaptada pela mãe. A música na verdade há-de ter outro nome, mas o imporatante é que nós sabemos qual é.
Chegou o timing de novo upgrade.
Nova mudança. Inauguração de quartos individuais para cada uma.
Instantaneamente a mais nova abdicou das músicas. Talvez o estatuto de ser crescida para ter um quarto só para ela lhe tenha dado a independência às cantorias, e quando me ía preparar para cantar ela anunciou prontamente que não precisava. Caiu-me tudo!
Como?!?!? Não precisas como?!?!??! Quase que reivindiquei os meus direitos pré adquiridos pelo "simples" facto de ser mãe.
Mas foi assim, até hoje......já lá vai 1 ano e meio!
A mais velha abdicou do mesmo, mas uma vez
ou outra em dias de complicada gestão, lá relembrava o ritual e pedia as músicas.
"De repente"
apercebi-me que já não canto as músicas. Nem aquelas, nem outras. Não ouve upgrade para o repertório musical.
Mais uma das coisas que deixei de
fazer, que ficou para trás, que não volta...
Mais das minhas Dores de crescimento.
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