quinta-feira, 30 de julho de 2015

Diário de Bordo - Veneza - Dia 3

18 julho

A ideia inicial de visitar as ilhas Murano e Burano ficou logo de parte ao constatar que a cidade estava ainda mais caótica que o normal. Filas intermináveis para comprar bilhetes e para entrar no vaporetto (barco que funciona como um autocarro, com as suas várias paragens).
As linhas de barco iriam sofrer alterações mais para a tarde devido à Festa do Redentor, e ninguém sabia muito bem as horas dos últimos barcos.

Estava demasiado calor para enfrentar muitas ruelas e mais pontes.
Depois de trocar de hotel para o outro lado do Canal (Giudecca), largamos as malas e rumamos ao Lido, para experimentar o Mar Adriático. Felizmente tinha comprado os bilhetes para o barco na noite anterior!
E não ter muitos planos foi a melhor ideia que tivemos para hoje.
Mergulhos em água salgada morna e granizados coloridos não alcoólicos foi um bom programa.
Para mim saiu um Tropical Blue, para a I água gelada granizada.









Regressamos Via San Marco, mas ficamos pela zona junto ao canal.
Apenas o tempo suficiente para mudar de vaporetto.
San Marco ainda não seria hoje, mas era mesmo ali ao lado.
Estava capaz de ficar aqui a ver o cenário mudar até ao pôr do sol...


O nosso quarto não podia ser melhor. Uma vista 5* diretamente virada para o palco principal.
(Vale a pena ler umas dicas de italianos locais antes de ir - ainda fui a tempo de mudar de hotel!)
Duas janelas dum 1º andar.
Descobrimos pouco depois que só abriam uns 10cm, talvez por questões de segurança. Paciência....não seria isso a estragar a vista...mas ficamos um bocadinho tristes.




Fomos passear e procurar um sítio para petiscar (em vão!).
Tudo cheio ou reservado. Até as pedras da calçada estavam reservadas!


No terceiro sábado de julho é construída uma ponte, ponte votivo, que liga a Igreja do Redentor na ilha Giudecca à Igreja do Espírito Santo em Dorsoduro. É o único dia do ano em que as margens se unem por ponte e que é possível atravessar a pé.
Vários tipos de barcos vão ocupando o Grande Canal, para esperar pelo fogo de artifício.
O passeio junto ao canal é ocupado por mesas corridas ou por mantas para picnics e petiscos.
É assim como um S. João à moda do Porto, mas sem sardinhas.
Do lado de Giudecca espera-se a abertura da ponte, que se faz às 18h30, do lado de lá.
Depois de aberta toda a população pode atravessar. De lá para cá e de cá para lá. Aí fomos nós, claro! Lá íamos perder uma oportunidade destas?!?!











Ao voltar para o Hotel e dada a noite de festa, perguntaram à entrada para efeitos de controlo se estávamos hospedadas e em que quarto. Ao responder, ouvi o que já suspeitava, que era um dos quartos com melhores vistas. Comentei que era pena que as janelas não abrissem. O senhor disse simpaticamente que ía resolver isso e eu no fundo do meu ser não acreditei. Mais tarde disse-nos que tinha falado com o moço da manutenção, mas para perguntarmos na receção. A pergunta na receção gerou uma certa estranheza...o rapaz achava impossível que alguém nos tivesse dito que íam abrir as janelas, que a dita pessoa não entendia nada e só lá estava naquela noite para controlar as entradas no hotel, que eram medidas obrigatórias....blá blá blá.Desisti. Mas fiquei irritada. Eu nem tinha pedido nada a ninguém.

Posto isto jantamos mesmo no Hotel. Pizza. What else?! Muito boa por sinal!
Voltamos ao quarto com o assunto janelas esquecido.
E não é que ao entrar demos com as janelas abertas de par em par!
Foi o delírio!
Fomos agradecer à receção. Ou melhor, eu fui garantir que não me acusavam de ter forçado as dobradiças! O rapaz nem queria saber nem ouvir falar das janelas. Não sabia de nada.
Percebemos depois que quem nos falou à porta era afinal o manager do hotel! (Não havia o moço da manutenção fazer o que lhe mandaram!)
Fomos agradecer ao senhor manager. Ele disse que normalmente não fazem isso por razões de segurança, mais por causa de "some wild kids", mas que entendia que era uma noite especial e que estava só eu e uma criança já crescida. No dia seguinte voltaria a pôr as janelas como estavam.
(mal sabia ele a wild kid que a minha I pode ser!!)
Obrigada Generator Hotel!

Esperamos pelas 23h30, no conforto do ar condicionado.
Ouvia-se música vinda dos barcos em festa. Um ambiente incrível numa noite muito quente.
Seguiram-se 45 minutos de um fogo de artifício fantástico sobre o canal.

E fotos?!??!
Espero pela salvação do cartão de memória....depois de tanto burburinho por causa das janelas, agora não tenho acesso às fotografias....

Fica uma tirada com o telefone. A I tirou várias, mas depois desistiu só para ficar a ver.
Mesmo que não recupere as fotografias todas....da nossa memória já não sai.



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