terça-feira, 14 de julho de 2015

À la longue....

Ao meu lado numa sala de espera estavam duas amigas. Uma trazia um bebé no ovo. A outra dava-lhe os parabéns e elogiava-a pela coragem de ter ido ao 4º filho, já depois dos 40.
Uma conversa mais do que normal. Até aqui.
A recente mamã começa então a dizer que há que pensar no futuro.
Que assim teria mais filhos por onde distribuir os cuidados quando ela e o marido envelhecessem. Acrescentou que ela própria tinha mais irmãos e assim tornava-se mais fácil cuidar dos pais entre todos.

Estarreci.
No processo de decisão de ter mais um filho ou não (no nosso caso o 2º), nunca me ocorreu como fator de peso para o SIM, que seria mais alguém para tratar de nós à la longue....ou quando precisássemos por outro motivo qualquer. E eu sou comedida no uso da palavra Nunca!
Não estou a criticar os porquês de cada um. Se são mais ou menos válidos. Se têm lógica. Se pendem mais para a razão ou para o coração. Ou até se nem existem porquês.
Mas esta razão não me ocorreria e apanhou-me de surpresa.

Acho que se estivessem a olhar para mim, iriam reparar que até tirei os olhos das páginas da revista...
Olhei para o miúdo ali no ovo, com os seus 2 meses no máximo...e voltei-me rapidamente para a revista para não revelar a minha cara que devia estar entre o puro espanto e o assustado...

Num relance pareceu-me que a amiga da recente mamã também estava assim como eu.
Embrenhada em pensamentos à la longue....trés trés longue!













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