domingo, 26 de julho de 2015

26 julho

Este dia não existia há uns anos.
O 26 de julho era só o 26 julho. Um dia de verão no hemisfério norte.
Não sei bem se importamos a ideia doutro país ou mesmo de quando começou a ser celebrado.
E por isso, passa-me ao lado.
Esqueço-me de mandar beijinhos por um dia especial, de telefonar, ou de lembrar as meninas de fazer o mesmo.

Hoje é dia dos avós.
Não é que os avós não mereçam um dia. Há o da criança, o do pai, o da mãe...
Os avós merecem!
Só não me apetece arranjar mais um dia comercial.
Tenho a impressão que não tarda enchem-se montras de aventais, almofadas, babetes, canecas e postais. Passa mais despercebido porque é período de férias escolares e não se preparam trabalhinhos especiais.

Não imagino a minha infância sem os meus. Guardo as minhas recordações de infância como tesouros. Sou uma sortuda. Lembro-me de ser sempre quase das únicas no liceu ou até já na faculdade que tinha ainda os 4 avós. Conheci duas bisavós, sobre quem fui ouvindo muitas histórias.

Lembro-me exatamente do momento em que me disseram que tinha perdido o meu avô.
O meu 1º avô a partir.
Nunca tinha pensado nisso assim. Habituei-me à ideia de serem sempre os quatro.

Tenho as avós. Recordo os avôs.

Hoje fui levar as minhas meninas aos avós maternos.
Elas não se lembraram que era dia dos avós. Eu também não.
Dei um abraço à minha Avó Cila.
Sem combinar. Sem prendas.

Ainda me sinto sortuda.



Sem comentários :

Enviar um comentário