terça-feira, 21 de outubro de 2014

Desacelerar


Sou moça de dores de cabeça.
Daquelas que quando começam já não arrepiam caminho.
Chegam geralmente com aviso prévio e mais ou menos à mesma hora.
Foi assim a semana passada. Associei-as ao clima tipo capacete.

Ontem foi diferente.
Chegaram já tarde, sem aviso prévio. Ao início da noite. Ao entrar em casa.
E estamos praticamente no verão! Do efeito capacete não será.

Comentei em jeito de desabafo com as meninas: "Doí-me tanto a cabeça. Nem sei bem porquê..."
E a minha I diz-me assim: "Porque és uma grande mãe!"
- Não sou nada.
- "Ai és és! Só as grandes mães é que são assim."

Decidi não teimar mais.
E as minhas duas meninas iniciaram uma sessão de massagens numa tentativa de me livrarem das malditas. Não sei se foram aqueles mãozinhas mágicas, o abraço de grupo ou o comprimido, mas melhorou.

Eu podia ser uma grande mãe sem as dores de cabeça. Não dá?!
O truque talvez esteja no abrandar.
Se não for possível abrandar, pelo menos vale a pena desacelerar.

O poema não é meu. Mas vai bem contra as dores de cabeça.



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