sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Dia 1 - Para baixo

Um breve diário de uns dias de férias.
21.07.2014 - Dia 1

A caminho de algures na costa vicentina de casa às costas.
Tudo sobre rodas.
Devagar como o caracol e a tartaruga.
Estrada Nacional como se fazia antes.
Lembrei-me das viagens de 10h até ao Algarve na minha infância.
Atravessamos estradas ladeadas de pinheiros mansos, dos melões de Almeirim, dos cafés com fitinhas coloridas nas portas para manter as moscas do lado de fora, dos ninhos de cegonhas, dos arrozais, dos sobreiros descascados, das praças de touros.
Os cartazes com letras gordas "Há melão, melancia, fruta variada".
E o cartaz mais estranho que vi este ano na beira da estrada alentejana: "Há Cereja do Fundão" seguido a menos de 3 metros de outro "Há galinhas, perú e patos"....mas estes sem referência à origem.
Havia também um sobreiro que além do tradicional número pintado a branco chamava-se Noddy! Aliás, este sobreiro Noddy estava acompanhado por outros também com nomes que agora não me chegam à memória.
Voltei a usar alpercatas. Sim, era assim que lhes chamava e aqui diz que está correta a designação, apesar de agora as da moda serem alpergatas. Cheguei a ter, em tempos idos, umas de cada cor e era tão baratinho e confortável...dava sempre a sensação de verão, férias e praia! Sou fã.


Enquanto o pai da casa vai ao volante, vou pensando se trouxe tudo (tenho sempre aquela sensação que me esqueci de alguma coisa que me vai fazer muita falta), as meninas vão entretidas a jogar cartas, a ouvir músicas, cantarolar, dormitar, implicar uma com a outra.....afinal há tempo para tudo.
"Quanto tempo falta para chegar!?"  é já a pergunta da praxe em viagens com mais de 15 minutos, mas que desta vez ouvi menos, já que a novidade da autocaravana, tornou a viagem parte integrante da aventura. Recomendo!
Fomos de mapa, daqueles de papel!
Mais para o fim lá recorremos ao GPS, já que com o escurecer escapou-se-nos uma placa antes de Sines e dado que havia falta de mais umas quantas placas que teriam sido de grande ajuda, demos umas voltas a mais....

(Alguém me explica o que se passa com o cromossoma Y e o eterno problema de parar para perguntar a um autóctone e portanto potencial portador de informação preciosa, a direção para algum lado?! Lá paramos, após uma curta troca de ideias...mas perguntei eu....e ainda assim, seguimos o GPS....)

A procura do primeiro parque para pernoitar, fez-nos fazer mais uns Km do que o previsto.
Saltamos o jantar.
Chegamos finalmente.
De repente lembrei-me do que me esqueci!
O vinagre balsâmico.
Não deve ser grave.

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