quinta-feira, 25 de junho de 2015

O que é brincar?

Eu não gosto de brincar. PONTO.
Podem cair em cima opiniões de todos os psicólogos infantis do momento.
Chovam elas.
Admito que não consigo brincar às bonecas, inventar vozes miudinhas e histórias com personagens das mais variadas do universo infantil como pin & pons, pollys, barriguitas, nenucos, nancys, little pet shops...
Se me sinto culpada?? Não.
As crianças é que têm que brincar com estes seres inanimados e inventar as histórias.
Brincar ao tal do faz de conta e dar vida aos bonecos, ursos de peluche ou a uma folha em branco.
Imaginação precisa-se!

Fazer jogos de tabuleiro, ler histórias, fazer puzzles, costurar, fazer bolos, conta como brincar???
Se conta, afinal brinco.
Se não, olhem paciência!

Nunca consegui fazer os tais 15 minutos de tapete diários a fingir que os bonecos falam por mim.
Mas facilmente enchíamos o chão da sala de puzzles e jogos de dominó e separávamos animais de plástico por secções (selva; aquáticos; quinta).

Também posso afirmar que raramente estou sozinha em casa qualquer que seja a divisão.
As miúdas, agora mais a R, cobram a minha presença e acordam a perguntar onde vamos hoje ou o que vamos fazer.

Queixo-me dessa falta de minutos.
Mas gosto de as ter por perto.

Se há alturas em que a logística dos dias não permite sequer uma história ao deitar, noutros dias dá para abrir as caixas que escondem livros de instruções compridos e avisos para utilização sob vigilância com adultos.
A R andava há uns dias a perguntar quando é que íamos abrir a caixa para fazer coisas peganhentas.
Uma destas manhãs (de fim de semana) tivemos o KIT viscoso.
Lá está. Quando tenho tempo, sou mais para estas coisas. Ajudar, como adulta vigilante.
Isto é brincar?


No mesmo kit vinha a receita para plasticina caseira.
Foi uma manhã de instruções, misturas e aprendizagens.
E ainda temos uma fábrica de sabonetes e um kit ciência para estas férias!

Pode não ser brincar, mas estou por ali.


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