domingo, 20 de agosto de 2017

Dias com pouco


Nem sempre me lembro como pode ser tão simples fazer crianças felizes.
Hoje o dia acordou quente. Nós acordamos tarde. O calor trouxe preguiça e pouca energia, ao que a mim diz respeito.
Fecharam-se as janelas. Os vidros estavam mornos ao toque.
E se ontem fomos à praia e aos prometidos insufláveis no mar, hoje, sendo domingo, adivinhava uma enchente que não me apetecia enfrentar. E ainda são alguns km para lá e outros tantos para cá.
Falei em piscina que depois não cumpri.
Dormitei uma sesta.
A mais velha passeou com amigas.
A mais nova aboborou pela casa, cedendo às tecnologias, às quais hoje agradeci existirem. Não leu, não pintou, não brincou. Comeu gomas.
Fizemos uma baba de camelo. Nada mais.

Há dias que terminam com pouco, em que sinto que não plantei memórias.
Não o aproveitamos apesar de esperarmos toda a semana por dias livres.
Hoje sei que a desiludi. Sei que ela esperava que eu falasse em IR. Sei que ela ansiava por mergulhos.
Faltou-me energia. Faltou quem puxasse por mim.
Tinha na mente acabar de arrumar coisas em casa mas ficou tudo na mesma.
Latejava na minha cabeça que arrumar não era a prioridade, que era suposto estar presente. Presente e paciente. Mas não estive.
Não houve uma ideia gira, uma atividade simples, nada que partisse de mim.
Maldito calor exagerado.

Podia ter ido só às traseiras de balde ou alguidar.
Nem sempre me lembro como pode ser tão simples fazer crianças felizes...

Foto: Em Estrasburgo, nas traseiras do apartamento. Com amigos.

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