terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A professora primária

Esta noite sonhei com a minha professora primária.
Só tive uma naqueles quatro anos.
A Irmã Catarina.
Sonhei com um fim.
Um fim que, em sonhos, se diz dar vida.

Acordei a lembrar momentos felizes.
Acordei com vontade de lhe agradecer tantas memórias que me fazem sorrir...

O dia em que recebi uns rebuçados porque fiz uma leitura de um texto muito bem.
O dia em que senti que o sol queimava a pele numa experiência que fizemos com uma lupa.
O dia em que fizemos esculturas em gesso.
Às vezes ela faltava e deixava o quadro cheio de trabalhos e tarefas.
Os campeonatos de tabuada rapazes vs raparigas.
Chamava-me Sofia porque havia outra Cláudia. Sófia às vezes, por brincadeira e dizia sempre que era a capital da Bulgária. Eu achava piada.

E é por tantas destas memórias que "A professora primária" nos marca para sempre.
Podemos vir a ter mais uma série de professores pela vida fora, e apesar de muitos ficarem na memória, serão raros os que ficarão no mesmo pé de igualdade.
Lembro-me do nome completo dela. Da cara. Do cabelo. De onde era.
Usava óculos e um fio com uma cruz.
Hoje apetecia-me abraça-la e dizer que a tenho sempre num cantinho especial do meu coração.
Tenho saudades do carinho com que nos sorria, do olhar que abraçava.
Hoje queria dizer-lhe que fui feliz naquela escola.
Obrigada Irmã Catarina por ter lá estado enquanto eu crescia.

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