Quando fiquei grávida a primeira vez, fui comprando livros e revistas, para futuras mães, com dicas, conselhos, partilhas, etc...
Comecei por um que já não tenho. Talvez o tenha emprestado a alguém que estava à espera.
"O que se espera enquanto se está à espera".
Depois da fase de espera, e da fase de ler sobre o choro, cólicas, sopas e papas, passei a outros títulos.
Sentia-me sozinha neste meu papel de mãe.
Achava que só eu me sentia "devorada", "desleixada", em tentativas de ser "mãe responsável", de ter filhas " positivas", filhas de "bem com a vida", com "autoestima"....
Era atraída por livros com títulos sugestivos que me davam a certeza que eu não seria a única.
Os títulos foram mudando, talvez acompanhando o meu estado de espírito e a idade das meninas.
Acho que não li nenhum deles até ao fim.
Aliás li o primeiro, afinal se ainda estava à espera tinha todo o tempo do mundo.....
Nas férias com miúdas desisti de levar livros.
Só lia nas horas da sesta, isto se não dormisse também!
Quando deixaram as sestas eu deixei os livros. 7 olhos não bastam! Não dá para desviar a atenção e ler mais que duas linhas seguidas, principalmente na praia ou na piscina.
Depois, convenhamos, não vamos ler livros com estes títulos à frente das crianças.
Não queremos que pensem que afinal andamos à deriva, à procura de instruções em algum lado.
Quando comprei o "Transforme o seu filho até sexta", havia o similar "Transforme o seu marido até sexta". Na altura, ainda fui desafiada pelo marido a comprar esse...Se resultasse com ele, eu sabia que estava no bom caminho com as crianças. Preferi não tentar....
Dica: Não comprar o livro a uma quinta!
Agora quando penso "Porque não fazem o que eu digo?!" "Porque não me ouvem?!", está na altura de voltar ao livro "Como falar para as crianças ouvirem ....." .....e passar do capítulo I. Este livro sugere a leitura de um capítulo, fase de testes e ir avançando aos poucos, apontando os resultados verificados. Eu chego a testar uma ou duas vezes, e dou-lhe até o mérito da aplicabilidade prática.
Como não o posso ter na mesinha de cabeceira, senão ainda as
Estou quase a adquirir um novo volume, que até agora me passava ao lado nas prateleiras
"Como lidar com o seu adolescente" ou similar.
Pensava eu que estes tempos estavam longe....
Não tenho ainda nenhuma adolescente, mas estou mais perto do que pensava....
Por experiência o melhor é começar já!
Antes que a dolescência passe e eu não avance do capítulo 1!
"Meu filho, meu tesouro" de Benjamin Spock.... ou qualquer coisa do género! Uma autêntica Bíblia; e como bíblia, escrito há muitos anos atrás. Foi-me aconselhado por um pai que tem quase idade para ser meu pai... Socorri-me dele algumas vezes... Sei lá se alguma vez me ajudou verdadeiramente. Acho que funcionou mais como reconforto, o ombro amigo que às vezes precisamos. Mas tinha um capítulo que me marcou e relembro várias vezes o título... Acho que todos os dias?! "Aos seis anos eles adoram os pais!". Acho que este foi o alento para que chegassem os 6 anos e chegaram! E foi mesmo verdade! É tão bom sentirmos essa admiração destas inigualáveis criaturas!
ResponderEliminarMas não vos digo qual é próximo capítulo do livro... Nunca li. É o medo de acordar e o sonho acabar!
Bj
Estão tão crescidos....
ResponderEliminarParece que ainda ontem andava a ler sobre a introdução dos legumes na sopa....