sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mãe Fada....mas pouco!



Tenho uma dúvida.
A partir de que dente deixa de haver fadas?
Há o primeiro dente que cai. A magia do momento.
Cá em casa já caíram 2 primeiros dentes. 2 de cima, 2 de baixo...
E depois desses vieram muitos mais....
À I já não caiem dentes.
Perdi a conta de em quantos dentes caídos vai a R. Ela também.
Ela já sabe que a Fada nem com muitos pozinhos traria moedas e livros pesados para debaixo da almofada...
Eu pensava que as Fadas cessavam funções depois dos incisivos...mas já vamos nos pré molares.

Mas eu sou uma Fada desleixada...
Se tivesse nascido para ser Fada usaria pozinhos de perlim pim pim para bem mais do que pôr presentes debaixo das almofadas.

Eu como Mãe Fada me confesso.

Há dentes espalhados pelas gavetas da casa....por muito sinistro que isto possa soar...mas é suposto as Fadas levarem os dentes com elas, e de madrugada não há muita paciência para guardar tudo em caixinhas devidamente etiquetadas.
Receio que só com testes de ADN vou distinguir o 1º dente de cada uma...e não há nada de mágico nisto!
Já perdi um dente que andava guardado na carteira assim tipo lembrete. Não resultou.
Já me esqueci de recolher o dente e trocar por uma moeda ou livro e tive que mentir e dizer que a fada nessa noite se calhar tinha tido muito trabalho....e isto na fase em que a Fada era verdadeira!
(shame on me)

Mas também ninguém tem culpa que os dentes comecem a abanar de manhã e nem esperem pelo dia seguinte para cair! Nem uma Fada do mais trabalhador que exista consegue um 100%!

A R chegou a ter 2 dentes em espera para a Fada.
E agora a história repetiu-se.
30/12 caiu um. Guardei-o na casa de banho.
Este Domingo caiu outro. Ela guardou-o na mesinha de cabeceira.
Volta e meia ouço a pergunta "Mãe, achas que posso pôr o dente hoje?!"....
Normalmente a pergunta chega tarde e a más horas.
Tomara que a culpa fosse mesmo da Fada...
Assim é mesmo só minha.

Ontem, perguntei se ela queria pôr o dente debaixo da almofada. Só um.
De olhinhos a brilhar tirou o da mesinha de cabeceira, embrulhadinho num pedaço de papel.
Disse-me: "Diz à fada para não deitar o papel fora, ok? E para não se esquecer..."

Eram 2 e tal da manhã quando acordei e me lembrei que tinha uma tarefa extra para esta noite.
Mãe - Fada.
Retirei o papel, coloquei um pequeno presente.

De manhã, ela não acordou mais cedo com a excitação de ver o que a fada deixou.
Aliás, nem se lembrou. Eu, a mãe, também não.

É quase hora de almoço.
O mais certo é que a empregada ao fazer as camas, tenha achado alguma estranheza no que estava debaixo da almofada e tenha guardado num sítio qualquer, apenas lógico para ela.

E logo desta vez, que a Mãe - Fada não se esqueceu....


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