A malha dos meus filtros é cada vez mais apertada. Olhar por e para mim e ser dona do meu nariz tem muito que se lhe diga. Está nas minhas mãos decidir o que (ou quem) me afecta, nesta busca de equilíbrio e paz interior, e ignorar o que me faz comichão (a lembrar anúncios do fenistil).
Com tudo o que acontece cresço. Tento aprender a relativizar, mas reconheço a dificuldade.
Sinto-me mais capaz de avaliar o que me faz falta, o que me faz bem ou do que posso abdicar sem medos. Sei, no entanto, reconhecer outros medos que não me deixam abdicar de outro tanto.
2016 não foi um ano para esquecer, embora à escala Mundial tenha contribuído para várias páginas nos manuais de História, das quais a Humanidade haverá de se interrogar. Teve de certeza boas notícias, das que raramente fazem capa de jornal ou abertura de telejornal.
No meu
Como manda a minha tradição fiz o meu TOP12, a forma deliciosa de resumir o ano e descobrir que escolher só 12 momentos é muito difícil!
Representar cores nacionais. Mont St-Michel. Um fim de tarde não planeado. Provar ostras.
Um Algarve novo. Gaivotas, um dos meus sons preferidos. A minha caixa. O último dia do ano.
Ao ano de 2017 não peço nada, mas peço a mim própria para não me esquecer de:
Passear, nem que seja na vizinhança e a pé
Descansar
Gerir melhor o tempo
Relevar o insignificante
Inspirar fundo e expirar na correta proporção
Rir mais
Pequenos almoços demorados, servidos em louça colorida e flores frescas na mesa.
Ver as cores do amanhecer
Ler
Serenidade
Aceitar
Destralhar
Keep it simple.
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