Eu previa que isto ía acontecer.
Ao dia 8 do advento ía desistindo.
Depois de virar o cartãozinho que ditava a tarefa de "escrever um postal para um amigo", seguiram-se vários minutos de desatino.
Não encontrava as moradas que precisava e tenho miúdas que não sabem analisar quando a minha cabeça está a trabalhar a mil e quando não é bom momento para martelar no mesmo!!! Quinhentas mil perguntas sucessivas e discussões sobre "o que escrevo"; "que postal escolho", transformam-me!
Já há muito que assumi falta de paciência, de treino e de traquejo para irmãzices.
Jurei para mim mesma que nunca mais me metia nisto.
Amuei.
Fiz birra, que também mereço.
Fartei-me e fugi para o quarto na esperança que isso realmente me deixasse em paz e na certeza porém de que não adiantaria de nada. (Qual mindfulness qual quê??).
Tinha sido um dia comprido. Muita gestão de emoções. Notícias desde as óptimas, quando soubemos que a família cresceu, às menos boas, que não interessam agora.
Seguiram-se TPC´s aparecidos do nada quase às onze da noite, o que não trouxe melhorias ao meu estado.
Irritações e muitos nervos à flor da pele. Cansaços de parte a parte.
Apesar de feriado parece não ter sobrado tempo. Daquele tempo sem nada. Desocupado.
O dia não acabou calmo e muito menos cedo.
Os postais ficaram na mesa, meios escritos.
Parece que levamos uma tareia que nem sabemos bem de onde veio.
Começo a achar que também é nossa tradição haver chatices por causa do calendário de advento!
Escusado será dizer que dia 9 ficou em branco...e dia 10 também.
Vou chamar-lhes "Dias Livres", como uma amiga (Fantástica ideia!!), que uma mãe também precisa de descanso!
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Coisas que só mães de ginastas entendem...
Os jantares são às 22h, muitos dias da semana.
Deixa de haver fins de semana livres para escapadelas e uma ponte passa a ser uma miragem.
Férias de Natal e/ou Páscoa só mesmo da escola.
O calendário é invadido de possíveis datas para Distritais, Nacionais, Exibições, Saraus e outras provas internas ou torneios que ainda se encaixam pelo meio.
Passa a fazer parte do vocabulário delas, esta frase:
E do nosso, outra parecida:
"Não dá, elas têm treino."
Acrescido a isto é todo um Universo que muda à nossa volta e que não vale a pena combater.
Sabemos o que são mãozotas e a felicidade que causam quando são prenda de aniversário.
E estamos conformadas em aceitar que passam a fazer parte da decoração da sala.
Passamos a dominar Circulares de Prova; Ordens de passagens, siglas e abreviaturas.
Na praia aproveitamos o pôr do sol para fotografar lindas silhuetas....desportivas.
Conhecemos outros usos para pranchas de bodyboard.
Quando encontram colegas da ginástica na rua não perdem tempo de treino.
A excitação em ter um maillot novo.
Qualquer superfície/monumento dá para stalders e pinos, quer seja um simples jardim ou o mais famoso dos sítios!
A ginástica está sempre presente, quer faça frio quer faça sol, ou os 2 juntos.
Arrastam toda a família para fazer figuras, em qualquer local.
Aprendemos a respirar só quando acabam os esquemas. Ou seja são quase 2 minutos sem ar.
Passamos a ter visão tipo lince para descobrir as nossas no meio do conjunto.
Conhecemos os pavilhões desportivos de lés a lés.
Doí-lhes todos os dias qualquer coisa.
Estalam todos os ossos do corpo
Estalam todos os ossos do corpo
Sabemos identificar roupa suja de magnésio.
A decoração das paredes do quarto é feita de Posters de Saraus.
Conhecemos a saga dos penteados.
Conhecemos a saga dos penteados.
Sempre que ouvimos uma música na rádio, ou duma banda sonora dum filme, ou quando toca o despertador identificam-nas desta forma
"Olha esta é a música do aquecimento, esta é do esquema de X...."
Passa a haver uma gaveta só para roupa de ginástica.
Pergunto mais vezes como correu o treino do que como correu a escola.
Resumindo:
Correção: My Daughter´s
E, não bastando, ainda fazem Dança Jazz....
E, não bastando, ainda fazem Dança Jazz....
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Mãe estafada
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Paixões
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Elas crescem e o Mundo também.
Ser mãe de adolescente no séc XXI é, não só mas também:
- Achar que umas Stan Smith são maças verdes (Granny Smith).
- Ouvir falar em New Balance e pensar que é uma nova série da TV.
- Pedir-lhe ajuda para saber como se faz alguma coisa no telemóvel.
- Lidar com preocupações do tipo "Não sei se vou ficar bem sem aparelho nos dentes".
- Ficar intrigada por saber que na escola foi escoltada à casa de banho, porque a professora referiu que havia casos de alunos que íam e depois não voltavam mais.
- Aceitar que filmes de vampiros são românticos.
- Perceber que estar ligado à rede é vital.
- Entender que entre adolescentes partilham 30 mil imagens totós a cada 2 segundos, mas se eu partilhar UMA única foto dela, arrisco-me a ouvir: "Oh Mãe, essa foto está horrível!".
- É saber que já não tenho corpinho para a levar ao colo para a cama quando adormece no sofá. Quando muito acordo-a e ainda a levo apoiada num braço, vá.
É todo um mundo novo!
- Achar que umas Stan Smith são maças verdes (Granny Smith).
- Ouvir falar em New Balance e pensar que é uma nova série da TV.
- Pedir-lhe ajuda para saber como se faz alguma coisa no telemóvel.
- Lidar com preocupações do tipo "Não sei se vou ficar bem sem aparelho nos dentes".
- Ficar intrigada por saber que na escola foi escoltada à casa de banho, porque a professora referiu que havia casos de alunos que íam e depois não voltavam mais.
- Aceitar que filmes de vampiros são românticos.
- Perceber que estar ligado à rede é vital.
- Entender que entre adolescentes partilham 30 mil imagens totós a cada 2 segundos, mas se eu partilhar UMA única foto dela, arrisco-me a ouvir: "Oh Mãe, essa foto está horrível!".
- É saber que já não tenho corpinho para a levar ao colo para a cama quando adormece no sofá. Quando muito acordo-a e ainda a levo apoiada num braço, vá.
É todo um mundo novo!
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Raspadinhas caseiras
Ontem fui buscar a R à escola, a meio do horário. Dores de barriga.
Já em casa vimos um vídeo das ideias incríveis que ensinava a fazer raspadinhas. Genial!
Nada como pôr mãos à obra para distrair dos enjoos.
Nem sempre sai tudo lindo e perfeito como nos vídeos de trabalhos manuais. Bem, pelo menos cá em casa...
Material;
- Detergente
- Pincéis e tintas acrílicas à escolha
- Uma taça para a mistura.
- Cartolinas
- Lápis, marcadores e moeda ou tampa de qualquer coisa conforme o tamanho do círculo a desenhar.
- Uma vela
Desenham-se círculos a lápis ou marcador.
Escreve-se dentro dos círculos a mensagem pretendida, de preferência caneta ou marcador.
Raspa-se a área do círculo com cera directamente da vela.
Junta-se um pouco de tinta na taça onde se colocou um pouco de detergente.
Tudo a olhómetro...
Um pouco disto e daquilo e um pouco de bom senso...
Coloca-se a tinta já misturada com o detergente de modo a pintar toda a área do círculo, e de forma a tapar a palavra lá escrita. Fazem-se quantos círculos quiserem. A R ficou logo aflita porque um já não estava redondinho, outro saiu por fora...
Pode enfeitar-se com brilhantes. Nós usamos purpurinas.
Depois usa-se o secador para uma secagem mais rápida, principalmente porque as crianças são impacientes! :)
Convém frisar que é diferente fazer isto sozinha ou acompanhada!
Sim porque a R já queria pintar sem escrever....depois já não se lembrava da vela...
Nada como método, que também se ensina e também se aprende.
O que os senhores não dizem é que se usarmos na velocidade máxima, a tinta "voa"...dança no papel e o círculo fica ainda mais imperfeito. O que também não dizem é o tempo que demora a secar....porque não é assim tão rápido... E depois de usar o secador vê-se o local por onde passou a cera, por isso não convém sair do círculo.
Ainda assim não esmorecemos. A R fez uma raspadinha para a irmã, com o título "Adoro-te porque és:" e em cada círculo escreveu uma característica. Fez também uns para as amigas com sabores de rebuçados, mas aí com o título "Raspar só um". É só dar largas à imaginação!
Não fica tal e qual como no vídeo, mas deu para ler o que lá estava!
Vamos fazer mais de certeza. E aperfeiçoar a técnica!
Já em casa vimos um vídeo das ideias incríveis que ensinava a fazer raspadinhas. Genial!
Nada como pôr mãos à obra para distrair dos enjoos.
Nem sempre sai tudo lindo e perfeito como nos vídeos de trabalhos manuais. Bem, pelo menos cá em casa...
Material;
- Detergente
- Pincéis e tintas acrílicas à escolha
- Uma taça para a mistura.
- Cartolinas
- Lápis, marcadores e moeda ou tampa de qualquer coisa conforme o tamanho do círculo a desenhar.
- Uma vela
Desenham-se círculos a lápis ou marcador.
Escreve-se dentro dos círculos a mensagem pretendida, de preferência caneta ou marcador.
Raspa-se a área do círculo com cera directamente da vela.
Junta-se um pouco de tinta na taça onde se colocou um pouco de detergente.
Tudo a olhómetro...
Um pouco disto e daquilo e um pouco de bom senso...
Coloca-se a tinta já misturada com o detergente de modo a pintar toda a área do círculo, e de forma a tapar a palavra lá escrita. Fazem-se quantos círculos quiserem. A R ficou logo aflita porque um já não estava redondinho, outro saiu por fora...
Pode enfeitar-se com brilhantes. Nós usamos purpurinas.
Depois usa-se o secador para uma secagem mais rápida, principalmente porque as crianças são impacientes! :)
Convém frisar que é diferente fazer isto sozinha ou acompanhada!
Sim porque a R já queria pintar sem escrever....depois já não se lembrava da vela...
Nada como método, que também se ensina e também se aprende.
O que os senhores não dizem é que se usarmos na velocidade máxima, a tinta "voa"...dança no papel e o círculo fica ainda mais imperfeito. O que também não dizem é o tempo que demora a secar....porque não é assim tão rápido... E depois de usar o secador vê-se o local por onde passou a cera, por isso não convém sair do círculo.
Ainda assim não esmorecemos. A R fez uma raspadinha para a irmã, com o título "Adoro-te porque és:" e em cada círculo escreveu uma característica. Fez também uns para as amigas com sabores de rebuçados, mas aí com o título "Raspar só um". É só dar largas à imaginação!
Não fica tal e qual como no vídeo, mas deu para ler o que lá estava!
Vamos fazer mais de certeza. E aperfeiçoar a técnica!
Mimos especiais
No meu aniversário a I deu-me uma caixa.
Eu soube logo que ía adorar, mesmo antes de a abrir.
Forrou-a em segredo e dedicou-a à Melhor mãe do Mundo. Calhou-me a mim, embora duvide disto.
Encheu-a com o que conhece de mim.
Deu-me um conjunto de post-its anti stress, com um "Inspira", seguido de contagem até 10, a terminar com um "Expira". Recomendou que o trouxesse na carteira...
Será assim tão evidente a falta de calma e paciência que me assiste?!
Abracei-a, de nó na garganta.
Um Adoro-te num balão, que era suposto ter a forma dum coração.
Um bloco para eu escrever.
Um saco que era suposto ter saquinhos de chá (mas não havia em casa). Passou a ser um saquinho aromático.
Uma foto com um momento nosso que ela nunca esqueceu. Deitadas na relva, em Espanha, num dia de Novembro muito frio e ventoso. Ela pensa que estava a dormir na relva e que a foto é de quando acordou. É essa a memória que tem. Mas não. Tinha dormido a sesta no carro, depois saímos para ver a paisagem e deitamos-nos na relva. Sei que nos rimos e corremos.
Acho que os presentes deviam ser todos assim.
Caixas tão cheias de tudo.
Pequenos grandes mimos.
Pensar no que faz os outros felizes.
Amor e não "coisas" caras.
Também recebi um telemóvel novo embrulhado dentro duma frigideira.
Mas também aqui porque o meu não dava para tirar fotografias, porque eu me queixava sempre disso...
(aqui para nós, que eles não sabem, chegava-me a caixa)
Acho que neste Natal vou adoptar esta ideia da minha teenager preferida.
Não há melhor presentes que estes pois não?!
Eu soube logo que ía adorar, mesmo antes de a abrir.
Forrou-a em segredo e dedicou-a à Melhor mãe do Mundo. Calhou-me a mim, embora duvide disto.
Encheu-a com o que conhece de mim.
Deu-me um conjunto de post-its anti stress, com um "Inspira", seguido de contagem até 10, a terminar com um "Expira". Recomendou que o trouxesse na carteira...
Será assim tão evidente a falta de calma e paciência que me assiste?!
Abracei-a, de nó na garganta.
Um Adoro-te num balão, que era suposto ter a forma dum coração.
Um bloco para eu escrever.
Um saco que era suposto ter saquinhos de chá (mas não havia em casa). Passou a ser um saquinho aromático.
Uma foto com um momento nosso que ela nunca esqueceu. Deitadas na relva, em Espanha, num dia de Novembro muito frio e ventoso. Ela pensa que estava a dormir na relva e que a foto é de quando acordou. É essa a memória que tem. Mas não. Tinha dormido a sesta no carro, depois saímos para ver a paisagem e deitamos-nos na relva. Sei que nos rimos e corremos.
Acho que os presentes deviam ser todos assim.
Caixas tão cheias de tudo.
Pequenos grandes mimos.
Pensar no que faz os outros felizes.
Amor e não "coisas" caras.
Também recebi um telemóvel novo embrulhado dentro duma frigideira.
Mas também aqui porque o meu não dava para tirar fotografias, porque eu me queixava sempre disso...
(aqui para nós, que eles não sabem, chegava-me a caixa)
Acho que neste Natal vou adoptar esta ideia da minha teenager preferida.
Não há melhor presentes que estes pois não?!
domingo, 13 de novembro de 2016
True Colors em todo o lado.
Cinema com a mais nova.
Ela nunca foi grande fã do grande ecrã. Andava a falar deste filme e ontem disse-lhe que íamos ver no Domingo. Ficou muito entusiasmada ao contrário de outras possíveis idas ao cinema, que tendencialmente tende a recusar. Estranhamente acordou a falar nisso. Fomos ver os Trolls na sessão da manhã.
Um filme cheio de cor e mensagens de amizade, e da busca da felicidade e de como esta está dentro de nós, bem mais perto do que pensamos.
O filme tem uma rica banda sonora. Apesar de termos visto a versão portuguesa, reconhecem-se alguns clássicos, como o famoso "Hello" do Lionel Richie.
O momento alto foi descobrir que a música True Colors faz parte da banda sonora, numa parte importante e decisiva da história. As cores verdadeiras estão por todo o lado.
Outro momento foi a música que a Raquel adora, Can´t stop this feelling.
Um final feliz como ela gosta.
Para recordar num lugar quentinho do nosso coração.
Ela nunca foi grande fã do grande ecrã. Andava a falar deste filme e ontem disse-lhe que íamos ver no Domingo. Ficou muito entusiasmada ao contrário de outras possíveis idas ao cinema, que tendencialmente tende a recusar. Estranhamente acordou a falar nisso. Fomos ver os Trolls na sessão da manhã.
Um filme cheio de cor e mensagens de amizade, e da busca da felicidade e de como esta está dentro de nós, bem mais perto do que pensamos.
(imagem da net)
O filme tem uma rica banda sonora. Apesar de termos visto a versão portuguesa, reconhecem-se alguns clássicos, como o famoso "Hello" do Lionel Richie.
O momento alto foi descobrir que a música True Colors faz parte da banda sonora, numa parte importante e decisiva da história. As cores verdadeiras estão por todo o lado.
Outro momento foi a música que a Raquel adora, Can´t stop this feelling.
Um final feliz como ela gosta.
Para recordar num lugar quentinho do nosso coração.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
É o meu dia, mas não sou Santa!
43.
Estranha-se o número, mas é mesmo só um depois dos 42, embora vá pesando.
E na sequência do arroz a cozer sem água...isto da idade traz alguns sinais. Será cansaço, será demência?! Normal não é de certeza!
Fui comprar guarda chuvas. Entrei na loja, dei uma vista de olhos, saí de lá com um saco e 35 euros gastos. E os guarda chuvas?!?! Nem sei se havia....
Ando a fazer fisioterapia num ombro que não roda como dantes. Faltei logo à 1ª sessão, e até estava marcado na agenda.
Ponho a descongelar frango no microondas. Depois ponho-me a pensar no que hei-de fazer para o jantar....e esqueço-me do frango.
Dizem que é normal. Sinais de vida, preenchida de Vida!
E este ano,
Saboreei ostras pela primeira vez.
Conheci sítios novos.
Acabei, às últimas horas de dia 31 outubro, um livro que ensina a destralhar. Calculo que seja algo promissor.
Descobri que as tâmaras vêm das palmeiras. (!!!!! Sim, não sabia!!!!)
Conheço-me melhor.
Sei que a paciência se perde.
Gosto cada vez mais de silêncio.
Consigo ver o copo meio cheio, meio vazio. Há dias em que transborda, outros em que o deixo cair.
Continuo a não ser capaz de adormecer a ver TV.
Há quem diga que com a idade se dorme menos, mas isso não me assiste. Ainda estou em fase de recuperação de sonos perdidos pela vida fora.
Um Pôr do Sol nunca me passará despercebido.
A praia será sempre a minha base e as minhas filhas o meu porto de abrigo.
As minhas flores são os "Cachinhos da Páscoa" e as ervilhas de cheiro.
Sou pessoa de gatos.
Não creio que o resto da minha vida venha a ser a melhor parte dela, porque há tanto já vivido, que não se repete nem substitui e que faz parte de mim e de quem sou hoje. O que vier, se for como até então, só pode ser bom. Basta-me cor e ter por perto gente que me faz bem. Isso, já são muitos motivos para sorrir.
Acho que isto resume tudo.
Devo estar algures no meio!
Estranha-se o número, mas é mesmo só um depois dos 42, embora vá pesando.
E na sequência do arroz a cozer sem água...isto da idade traz alguns sinais. Será cansaço, será demência?! Normal não é de certeza!
Fui comprar guarda chuvas. Entrei na loja, dei uma vista de olhos, saí de lá com um saco e 35 euros gastos. E os guarda chuvas?!?! Nem sei se havia....
Ando a fazer fisioterapia num ombro que não roda como dantes. Faltei logo à 1ª sessão, e até estava marcado na agenda.
Ponho a descongelar frango no microondas. Depois ponho-me a pensar no que hei-de fazer para o jantar....e esqueço-me do frango.
Dizem que é normal. Sinais de vida, preenchida de Vida!
E este ano,
Saboreei ostras pela primeira vez.
Conheci sítios novos.
Acabei, às últimas horas de dia 31 outubro, um livro que ensina a destralhar. Calculo que seja algo promissor.
Descobri que as tâmaras vêm das palmeiras. (!!!!! Sim, não sabia!!!!)
Conheço-me melhor.
Sei que a paciência se perde.
Gosto cada vez mais de silêncio.
Consigo ver o copo meio cheio, meio vazio. Há dias em que transborda, outros em que o deixo cair.
Continuo a não ser capaz de adormecer a ver TV.
Há quem diga que com a idade se dorme menos, mas isso não me assiste. Ainda estou em fase de recuperação de sonos perdidos pela vida fora.
Um Pôr do Sol nunca me passará despercebido.
A praia será sempre a minha base e as minhas filhas o meu porto de abrigo.
As minhas flores são os "Cachinhos da Páscoa" e as ervilhas de cheiro.
Sou pessoa de gatos.
Não creio que o resto da minha vida venha a ser a melhor parte dela, porque há tanto já vivido, que não se repete nem substitui e que faz parte de mim e de quem sou hoje. O que vier, se for como até então, só pode ser bom. Basta-me cor e ter por perto gente que me faz bem. Isso, já são muitos motivos para sorrir.
Acho que isto resume tudo.
Devo estar algures no meio!
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Curtas da R
* Na categoria Perita em Invenção de Expressões e rebaptizar partes do corpo:
"Falar pelos joelhos, ai não espera...falar pelos calcanhares!"
Andou lá perto, eram cotovelos!
* Na categoria Santa Inocência:
A caminho de Castanheira de Pêra o pai diz. Há aqui uns nomes de umas terras engraçados: Venda da Gaita e Pixa. Esperavam-se gargalhadas e comentários. Nada. Ouviu-se apenas um "A venda da gaita é giro..."
* Na categoria Ele Há Nomes Parecidos:
"Embrulha em película ardente!"
* Na categoria Nunca Ninguém Me Tinha Explicado:
Enquanto via os Jogos Olímpicos do Rio, falava-se em medalhas de Ouro, Prata e Bronze...ela perguntava várias vezes: "Ouro é 1º?"
Estranho é que ela própria já esteve em 1º, já ganhou medalhas e sim, eram douradas, mas não do tal metal precioso...
sábado, 22 de outubro de 2016
Odisseias em que uma mãe se mete
Sábados.
Uma odisseia.
Na minha agenda o lugar reservado aos Sábados é sempre o mais pequeno, mas estranhamente é onde tenho mais horários para registar.
Se podia ser um dia sem despertador? Podia, mas não, decidimos deixar isso só para o Domingo.
Ambas têm Dança
Ambas têm ginástica
A horas diferentes.
Pelo meio almoçam.
A horas diferentes.
Saem e entram em casa várias vezes.
A horas diferentes.
É preciso ir buscar e levar.
A horas diferentes.
Inacreditavelmente ainda dá para um café de esplanada, uma mini sesta e uma ou duas máquinas de roupa.
E hoje ainda deu para mais uma coisita logo pela manhã.
Às 10h15 estava na FNAC à espera do elenco "Massa Fresca".
Este acontecimento tinha-me passado ao lado mas a elas não.
Confesso que a primeira reacção foi Nem Pensar! Não temos agenda para famosos ao Sábado.
Mas mãe é mãe...
Quando a vi acordar num ápice e perguntar que horas eram percebi o que faria aqueles olhos ainda mais brilhantes.
Avisei-a que só íamos espreitar o tamanho da fila. Caso fosse pacífica ficávamos.
A fila não estava assustadora e ao avaliar o público expectante percebi que a mais velha também gostaria de ali estar mas já a tinha entregue a outros compromissos.
Faltaram alguns dos preferidos mas foi o qb para muitos sorrisos.
Uma das vilãs na série conquistou-a ao vivo, e a R ainda lhe disse que tinha que ir para a Dança...
A miúda passou a manhã a dizer "Obrigada" e nem cabia nela de contente.
Ainda me consegui lembrar de levar o CD para os autógrafos!
Só chegou meia hora atrasada à Dança.
Acho que ela fez como manda o livro da série e "Confiou na vida".
E a vida sorriu!
Uma odisseia.
Na minha agenda o lugar reservado aos Sábados é sempre o mais pequeno, mas estranhamente é onde tenho mais horários para registar.
Se podia ser um dia sem despertador? Podia, mas não, decidimos deixar isso só para o Domingo.
Ambas têm Dança
Ambas têm ginástica
A horas diferentes.
Pelo meio almoçam.
A horas diferentes.
Saem e entram em casa várias vezes.
A horas diferentes.
É preciso ir buscar e levar.
A horas diferentes.
Inacreditavelmente ainda dá para um café de esplanada, uma mini sesta e uma ou duas máquinas de roupa.
E hoje ainda deu para mais uma coisita logo pela manhã.
Às 10h15 estava na FNAC à espera do elenco "Massa Fresca".
Este acontecimento tinha-me passado ao lado mas a elas não.
Confesso que a primeira reacção foi Nem Pensar! Não temos agenda para famosos ao Sábado.
Mas mãe é mãe...
Quando a vi acordar num ápice e perguntar que horas eram percebi o que faria aqueles olhos ainda mais brilhantes.
Avisei-a que só íamos espreitar o tamanho da fila. Caso fosse pacífica ficávamos.
A fila não estava assustadora e ao avaliar o público expectante percebi que a mais velha também gostaria de ali estar mas já a tinha entregue a outros compromissos.
Faltaram alguns dos preferidos mas foi o qb para muitos sorrisos.
Uma das vilãs na série conquistou-a ao vivo, e a R ainda lhe disse que tinha que ir para a Dança...
A miúda passou a manhã a dizer "Obrigada" e nem cabia nela de contente.
Ainda me consegui lembrar de levar o CD para os autógrafos!
Só chegou meia hora atrasada à Dança.
Acho que ela fez como manda o livro da série e "Confiou na vida".
E a vida sorriu!
domingo, 16 de outubro de 2016
Se me saísse o euromilhões...
No carro com a R, nem sei bem de onde começou a conversa.
Perguntei-lhe o que faria se lhe saísse o euromilhões.
"Se me saísse o euromilhões primeiro comprava-te a casa dos teus sonhos, depois fazia uma viagem."
E para onde viajavas?
Disney de Orlando.
Nova Yorque, Austrália, Brasil.
Aquela selva onde vocês estiveram....a Amazónia.
Onde fica o Central Park?
Fomos enumerando Países ou sítios que gostávamos de visitar e acrescentei A Muralha da China.
Ela disse que achava que ía ter medo, porque é muito grande.
Perguntou se dava para dar a volta toda. Quanto tempo demoraria. Se calhar uma semana inteira!
Isto do IR e do fascínio por lugares novos é contagioso!
(acho que abdico da casa dos meus sonhos para IR e IR e IR)
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Dá que pensar...
A I não ganhou peso nos primeiros 9 dias de vida.
Até aos 2 anos chorava muito tempo seguido nem ninguém entender o porquê sendo muito difícil fazê-la sair daquele estado. Uma destas vezes veio a vizinha do andar de baixo ver se estava tudo bem.
A fritar croquetes, e enquanto segurava a R ao colo por estar rabugenta (ainda nem andava), salpicou-lhe óleo para a testa. Levei-a às urgências com várias marcas redondas de queimaduras. Felizmente não deixaram cicatriz
Certo dia, a segurar a R no escorrega do parque infantil, fiz-lhe um arranhão na cara com a unha. Ainda hoje tem a marca.
Num espaço de 2 semanas a R deu entrada nas urgências com, 1: golpe na cabeça, resultante de pancada na esquina duma parede da sala depois de ter dado um encontrão ao pai. 2: Lábio aberto por ter batido com a boca num DVD depois de estar a disputá-lo com a irmã.
Esqueci-me de levar a I à segunda dose da vacina do HPV no mês correto. Embora tenha sido eu a telefonar para o Centro de Saúde para me informar sobre o assunto ouvi logo em tom reprovador "A menina tem a vacina em atraso".
Uma vez comeram as duas sopa meia azeda. Só me apercebi depois.
Saí directamente da escola para o Centro de Saúde para um curativo duma ferida no joelho da I. A enfermeira disse-lhe "Também tens aqui uma nódoa negra" e ela respondeu "Acho que é sujo. Já não tomo banho há alguns dias".
A I tinha uma pigmentação escura na dentição de leite. Muita gente pensava que era falta de higiene.
Num internamento da I, aos 4 anos, tive que me impor e dizer que não deixava que lhe retirassem uma sonda que lhe tinham enfiado no nariz a muito custo algumas horas antes e ainda ouvi da enfermeira de serviço da noite" Prefere ver a sua filha a sofrer?".
Não, não preferia....mas sabia o que ela tinha passado para pôr a sonda e os médicos tinham feito ela prometer que não a arrancava de modo a que pudessem tirar-lhe as talas de madeira dos braços. Pedi antes se podiam dar-lhe alguma coisa para as dores e manter a sonda...
Já fui "acusada" de me recusar a fazer o historial clínico da minha filha I, também num episódio de urgência. Aliás o que levou ao internamento...
A minha filha gritava de dores. Tinha tido alta na véspera, altura em que contei tudo. Foi medicada e foram registadas várias informações clínicas. Se havia quem tivesse historial mais completo era o hospital....
Descobri que a R já se punha em pé quando a vi na cadeira da papa muito contente de pé a bater palminhas. Estava sem cinto.
Há momentos em que me salta a tampa, perco a paciência e berro com elas.
Já tive discussões à frente delas.
Quantas vezes as quedas maiores que elas deram foram mesmo debaixo do nosso nariz? Quantas vezes desviámos o olhar 2 segundos e foi quando se magoaram?
Ao analisarmos a vida de cada um de nós ao pormenor, não existirão muitas situações destas?!
Será que aos olhos de outros que não me conhecem seria considerada negligente?
Eu sei que a partir do dia em que nasceram o meu coração passou a bater do lado de fora. Sei que não há amor igual. Sei que não faria nada que as magoasse intencionalmente. Sei que faria tudo ao meu alcance para as proteger. Eu sei. Quem me conhece de perto sabe.
Mas quem visse apenas factos, do lado de fora, saberia?
Ouvi os casos recentes na comunicação social (confesso que não vi a reportagem) sobre como no Reino Unido retiram facilmente as crianças aos pais, e opiniões diversas sobre ser exagerado, revoltante, desumano, ou até compreensível face a factos e evidências, e não estando na posse de informações suficientes para tirar conclusões, como mãe que sou só me dá para pensar...
Cada cenário visto fora dum determinado contexto pode parecer diferente do que é.
Olhando para a lista atrás, sem explicações, só encarando os factos nus e crus, o impacto seria certamente outro.
Em muitos casos haverá uma explicação lógica. Noutros de facto não.
E é neste limiar, que se torna difícil agir...
Cada vez mais acho que cada caso é um caso, e que em todos se deviam considerar pais e crianças, como seres reais num mundo real e não no papel. Ouvir, ver e analisar, antes de tomar medidas drásticas, que venham a ser mais prejudiciais que vantajosas para qualquer das partes.
Deve ser difícil, pode parecer demasiado utópico, mas seria essencial!
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Alturas
Ela andava ansiosa por ter 1m40, altura mínima necessária para fazer os percursos do Skygarden, no Jardim Botânico de Coimbra. Nunca a tinham deixado fazer nem sequer o mais fácil.
Li que está prestes a fechar e nem queria acreditar que a miúda não ía conseguir fazer aquilo. Dava-lhe o fanico.
Ainda lhe faltam uns bons cm para ter a altura exigida, mas na companhia dum adulto ela poderia ir.
(Porque não me disseram isto antes!!!??? Cá para mim era pelo ar franzino da rapariga.)
Foi o delírio!
Aproveitamos o Domingo quentinho e ala. Rumo ao Botânico e às copas das árvores.
A irmã foi a companhia nas alturas, já que tem bem mais que a altura mínima e para ela não era novidade já que até a festa dos 10 anos da I foi no Skygarden e a R andava ansiosa desde essa altura.... já passaram quase 4 anos! A I teve que ter paciência e repetir os percursos que já conhecia e ir esperando pela irmã ou seguir na frente e ajudar na chegada às plataformas das árvores.
A R convenceu os senhores a deixá-la fazer o percurso mais difícil, porque mostrou-se ágil, destemida e desenrascada.
(é para o que lhe interessa, certo?! )
Nas zonas mais aéreas e com menos apoios, precisou de concentração acrescida mas foi ultrapassando cada obstáculo cheia de coragem.
Só não fez o grande slide porque não tem peso suficiente...e quanto a isso nada a fazer...se bem que ela ainda achou que podia levar umas pedras nos bolsos.
Pode ser que o Skygarden não feche.
Até porque ainda não foi desta que experimentei e palpita-me que havia quem quisesse repetir!
Saíram-me umas corajosas estas miúdas!
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Real Life?
Um jogo de tabuleiro que nos leva pelas várias escolhas da vida, ao ritmo da sorte.
Numa fase inicial temos que escolher ir para a Universidade ou ter uma carreira profissional logo de imediato. Na primeira o salário chega mais tarde, na segunda começamos logo a ganhar dinheiro. Em ambos os caminhos podemos escolher a profissão, mas o leque de opções varia conforme a decisão inicial de frequentar ou não o ensino superior.
Chegam as oportunidades de comprar casa, e há que ponderar qual comprar face aos empréstimos contraídos ou ao dinheiro que temos amealhado. Surgem as opções de fazer seguros, de saúde, para a casa, para o carro.
Pelo meio vão entrando despesas extra ....aniversários dos amigos, despesas com a saúde, reparações de avarias, inundações da casa, obras, festas dos filhos...ou vamos tendo recompensas, por reciclar, por ajudar os sem abrigo, por fazer voluntariado....
À medida que se avança no jogo é possível casar, ter filhos, sendo eles gémeos, rapaz ou rapariga, ou adoptar.
Pelo meio o jogo vai oferecendo alternativas, podem-se escolher caminhos mais rápidos, frequentar a escola à noite, investir em negócios, embora se perceba que nem tudo é controlado por nós.
Descobrimos este jogo numa casa de férias alugada a uns ingleses e como tal está em Inglês. Na altura as miúdas tinham uns 6 e 10 anos e depois dumas explicações iniciais e de várias jogadas em família lá íam jogando sozinhas a dominar o inglês, nem que fosse pela repetição das instruções ou com a ajuda das imagens. Achavam piada à semelhança com a vida.
Mais tarde procurei na net e acabei por lhes oferecer o "Life", também em inglês.
Há dias estivemos a jogar.
Ambas escolheram o caminho da Universidade. É engraçado ver que tipo de casa escolhem, a profissão, se dão valor ao ordenado, se escolhem ter seguros ou arriscam, se preferem ter meninas ou meninos. No jogo fui optando por coisas diferentes do que é a minha vida. Fui logo trabalhar, escolhi uma vivenda, decidi ter filhos rapazes.
Quando chegou a minha vez de casar, elas perguntaram-me "E queres casar com um homem ou com uma mulher?"
Rimos.
Mas na verdade a pergunta nem teria surgido se os tempos não fossem outros.
O jogo termina com a idade da reforma a chegar e a entrada num lar, embora se possa escolher qual. Ganha o jogo quem tiver mais dinheiro amealhado, somando o valor das propriedades e descontando os empréstimos e as dívidas.
A I concluiu que assim não tinha piada: Independentemente da vida que escolhemos todos no jogo têm o mesmo fim. E quando chegamos ao fim, o que interessa o que temos?
Real life?!
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Isto foi Lousã.
Dia 5 dum Outubro à Verão. Feriado a meio da semana.
O programa era uma caminhada com Geocashing para que tivesse mais pontos de interesse.
Antes da primeira cache o GPS ficou sem pilhas. Ainda não tínhamos feito 1km sequer.
Se já havia queixas de dores nos pés, comichões, abelhões em voos rasantes e ouriços que picam, a tendência seria para piorar...
As muitas pedras no caminho não ajudavam por aí além.
Houve pausas para refrescar, para acalmar a fome e a sede e só porque sim.
O percurso levou-nos por uma ponte de madeira junto a uma cascata e o piso mais suave pela cama de folhas secas foi diminuindo as variadas queixas.
O jogo simples de ver quem encontra primeiro as marcas que indicam a direção do caminho tornou-se o grande motor que as levou até ao final em largas passadas. Difícil era acompanhá-las!
Não encontramos cache nenhuma mas o balanço foi de umas horas bem passadas depois de quase 10km nas pernas.
Isto foi Lousã. Com sítios novos aqui tão perto.
O programa era uma caminhada com Geocashing para que tivesse mais pontos de interesse.
Antes da primeira cache o GPS ficou sem pilhas. Ainda não tínhamos feito 1km sequer.
Se já havia queixas de dores nos pés, comichões, abelhões em voos rasantes e ouriços que picam, a tendência seria para piorar...
As muitas pedras no caminho não ajudavam por aí além.
Houve pausas para refrescar, para acalmar a fome e a sede e só porque sim.
O percurso levou-nos por uma ponte de madeira junto a uma cascata e o piso mais suave pela cama de folhas secas foi diminuindo as variadas queixas.
O jogo simples de ver quem encontra primeiro as marcas que indicam a direção do caminho tornou-se o grande motor que as levou até ao final em largas passadas. Difícil era acompanhá-las!
Não encontramos cache nenhuma mas o balanço foi de umas horas bem passadas depois de quase 10km nas pernas.
Isto foi Lousã. Com sítios novos aqui tão perto.
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