terça-feira, 16 de setembro de 2014

Arranque!


O sono teima em organizar-se.
O corpo resiste à entrada nas rotinas.
A mente não acompanha o passo acelerado e ansioso da rentrée escolar.
O dia parece reduzir-se a meia dúzia de horas de tempo útil.

Dava-me bem com o deitar cedo e cedo erguer.
Sinto que me desligo como os geradores na selva. No máximo às 22h.
Sinais do fuso horário ou da falta de altitude.
Talvez seja do cinzento das caras, da ausência de cor ou de sorrisos espontâneos.

Ouvi alguém dizer em tempos que o "regresso consegue ser avassalador".
Não encontro melhor palavra para este regresso.

A minha unha do pé, pisada num dos melhores trilhos que já fiz, acusa a falta do chinelo de dedo.
Está lá para me ir trazendo num ligeiro latejar momentos de Peru que me saltam dos poros.
Sei que ainda não absorvi tudo. Falta-me cimentar e organizar o que tanto me deslumbrou.
Ainda não me sinto cá de alma.

Estou em processo de adaptação. Guardei as botas de caminhada.
Regressei ao nível do mar. Ao atlântico.
Voltei a usar relógio.

Ontem para uma e hoje para outra foi o arranque de mais um ano letivo.
Dia de acordares sem despertador depois de adormeceres com borboletas na barriga.
A R resolveu a questão da melhor forma: "Mãe tenho que ir dormir rápido que assim a noite passa mais depressa e quando acordar já é escola". 
Acompanho-as nas ansiedades, no sono perturbado e nos despertares madrugadores.

Logo no 1º dia esqueci-me da lancheira da R.
Começa bem!

Prestes a entrar no ritmo alucinante de dias preenchidos.
Ontem foi só o ensaio geral.


Um feliz 2014/2015!
Bons regressos

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