Alice.
A do país das maravilhas.
No espaço de uma semana, respirei Alice.
(talvez sejam sinais....dos que só eu percebo, ou apenas os queira ver e entender como tais...guardo-os por isso, aconchegados)
Comecei por ser transportada para o mundo da Alice, mas com gente real e felizmente não precisei de cair por um buraco. Conheci pessoas extraordinárias e um sítio mágico. Adorei pequenos pormenores.
Depois outra Alice apareceu num cartaz.
Esta foi a 1ª ida ao teatro à noite para as meninas, o que fez toda a diferença na excitação com que encararam esta aventura. "Às 9h30?!?!? Da noite?!?!??!"
Peça com muitas mensagens misturadas com apontamentos humorísticos que arrancavam gargalhadas às meninas, depois de algum suspense (para a mais nova, receio diria) inicial.
A I percebeu que havia mensagens para retirar, embora algo confusas.
A R gostou mais de umas personagens do que outras. Dizia algumas falas no final. E gostou.
Relembramos várias vezes o famoso "Cortem-lhe a cabeça!".
Expliquei-lhes que as mensagens passavam por:
o tempo. ter tempo. desperdiçar. aproveitar.
realidade ou sonho
esquecer ou lembrar
escolher o sonho ou o real
tomar decisões
Havia frases, como:
"Ás vezes de uma má escolha sai uma bela história"
E a famosa pergunta, "Quem és tu?"
E então eu própria percebi que nunca tinha realmente pensado nesta história....nunca lhe tinha retirado tanto sentido....mesmo tendo visto o filme.
Nunca li o livro.
Não era das minhas séries de desenhos animados preferidas, embora ainda tenha bem na memória a voz da mãe que chamava a menina que só fazia disparates e conversava com coelhos de relógio de corda, que destruíam canteiros de flores, enquanto se servia chá às senhoras bem postas, no jardim.
Algo que me diz que o vou ler agora.
Há horas para tudo. Nada acontece por acaso.
De repente, tudo faz sentido. Ou só sou eu que quero que faça...
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